Fecho a porta do quarto de hóspedes atrás de mim e finalmente consigo liberar o restante das lágrimas que eu impedi que saíssem.
Eu tentei, juro que tentei permanecer firme para lutar pelo meu casamento.
Fico mal por mim, pois eu o amo, mas sinto-me ainda pior pelo nosso pequeno que terá que crescer sem uma família unida e estável.
Pego meu celular e ligo para a minha mãe.
— Oi minha filha, o que aconteceu para você estar me ligando a essa hora?
— Mãe eu poderia passar a noite aí?
— Claro que sim meu amor, mas o que foi que aconteceu?
— Não aconteceu nada, eu só gostaria de ficar com vocês essa noite.
— Claro meu amor, que horas você vem? Henry irá te trazer?
— Não, eu vou dirigindo mesmo e eu só vou arrumar as minhas coisas e já já eu chego aí.
— Tudo bem então! Estaremos te esperando.
— Até já mãe!
— Até meu amor!
Desligo o telefone, saio do quarto de hóspede e vou até o quarto de Matthew. Pego uma mala que está em cima de seu guarda - roupa e coloco algumas coisas dele dentro da mala.
Em um curto período de tempo, decidi que será melhor eu ficar na casa dos meus pais até eu conseguir arrumar um cantinho para mim e meu pequeno, e eu irei para lá hoje. Eu não irei aguentar ficar sobre o mesmo teto que Henry.
Termino de arrumar as coisas de Matthew, saio de seu quarto com a mala e a deixo no corredor. Vou para o quarto de Henry e bato na porta para verificar se ele ainda está acordado.
— Pode entrar! — ouço-o dizer e assim eu faço.
— Desculpa incomodar, mas eu preciso pegar as minhas coisas. — digo e o mesmo se levanta da cama.
— Claro! Fica a vontade. — diz e vou para o closet, pego uma mala para mim e começo a colocar algumas das minhas coisas dentro dela.
— Para onde você vai? — vejo Henry parado na porta.
— Para a casa dos meus pais. — continuo organizando a mala.
— A essa hora? — pergunta olhando o horário em seu celular.
— Sim! — respondo e fecho minha mala colocando-a sobre o chão.
— Mas por quê? — pergunta.
— Por quê o quê? — retorno a pergunta.
— Por quê você vai para a casa dos seus pais? Você não disse que ficaria aqui até encontrar outro lugar? — pergunta se aproximando de mim.
— Mudei de ideia! Será melhor para nós dois se for para a casa dos meus pais.
Seguro a alça da mala e passo por Henry.
— Tem certeza? — pergunta e me viro para o mesmo.
— Sim! É o melhor a se fazer. — respondo e vou em direção a porta, pego a mala de Matthew e desço com as duas, não sei como, mas consegui descer com elas.
Pego minha bolsa, coloco meu tênis e pego a chave do meu carro. Vou até a porta abrindo a mesma e antes de sair ouço Henry me chamar.
— Sarah! — chama e me viro.
— Está tarde, fica essa noite. — diz se aproximando.
— Prefiro ir agora! — digo me distanciando.
— Então, deixa pelo menos eu te levar até lá. — ele vai até o chaveiro e pega a chave de seu carro.
— Não há necessidade! Eu sei dirigir e eu sei o que caminho. — sim, eu sei que fui um pouco grossa, mas eu preciso sair daqui logo.
— Tudo bem então! — ele diz cabisbaixo e respiro fundo.
— Até mais! — digo e saio de casa fechando a porta logo em seguida.
Me encaminho até o meu carro, entro no mesmo e sigo em direção à casa dos meus pais.
Cerca de vinte minutos depois, finalmente chego a casa deles e quando desço do carro, encontro os três me esperando do lado de fora, John, minha mãe e meu pai.
Ao vê-los sinto uma imensa vontade de chorar e quanto mais eu me aproximo deles, a vontade de chorar se intensifica ainda mais.
— Matthew está dormindo? — pergunto.
— Sim! Ele está dormindo feito um anjinho no seu antigo quarto. — John responde e quando eu já não consigo mais lutar contra as lágrimas, permito que elas caem.
Sem entender e sem fazer nenhuma pergunta eles se aproximam de mim e me abraçam.
Eu não fazia ideia do quanto eu sentia falta do abraço em família deles e de estar perto deles.
Ficamos alguns minutos assim, até eu me acalmar e eles desfazerem o abraço.
— Vamos entrar meu amor, aqui fora está frio. — minha mãe segura em minhas mãos, enquanto meu pai e John vão até o meu carro para pegar as malas.
Entramos dentro de casa em total silêncio, mas não vou negar que vez em quando eu via os olhares curiosos deles sobre mim, mas em nenhum momento eles me perguntaram algo.
— Suba e descanse um pouco chata. — diz John e acabo sorrindo.
— Eu vou subir um pouco então. — digo e eles apenas concordam. Começo a subir as escadas e ouço o meu pai me chamar.
— Minha pequena! — diz e me viro para trás novamente. — Não se esqueça que a gente te ama muito e não importa o que tenha acontecido, estaremos aqui para você e para o nosso pequeno anjinho. — diz e eu sorrio com lágrimas nos olhos.
— Obrigada, por tudo e eu também amo muito vocês. — digo e eles sorriem.
— Boa noite meu amor! — diz minha mãe.
— Boa noite pirralha! — diz John.
— Boa noite! — digo e continuo a subir. Vou para o meu quarto e ao abrir a porta vejo meu anjinho dormindo sereno sobre a minha cama.
Vou até ele e lhe deposito um beijo em sua testa.
— Mamãe! Você está aqui? — pergunta se levantando e esfregando os seus olhinhos.
— Estou sim meu amor! — digo e me deito ao seu lado o abraçando. — Agora pode voltar a dormir tá, a mamãe não vai sair daqui. — o mesmo sorri me dando um beijo na bochecha e logo volta a dormir.
Observando Matthew dormindo , me questiono:
E agora? O que será de nós daqui pra frente? Será que eu irei conseguir ser mãe solo e ser uma boa mãe para o meu pequeno?
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Planos de Deus (Livro 2)
Romance🔴 HISTÓRIA EM ANDAMENTO Após um acidente, Henry perde sua memória e com ela todo o seu amor por Sarah, porém Sarah não desistirá de seu amor por Henry. Será que o amor será capaz de enfrentar essa barreira? " O Amor, Tudo sofre, tudo crê, tudo e...