Capítulo 4

54 8 7
                                    

— O que foi que aconteceu que todos os rapazes foram parar no hospital? — pergunta Lina assim que entro na minha sala

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— O que foi que aconteceu que todos os rapazes foram parar no hospital? — pergunta Lina assim que entro na minha sala. 

— Resolveram brincar de porrada na cara um do outro! — respondo e Mari começa a rir. 

— Eu sei que é um assunto sério, mas foi muito engraçado ver que todos, com exceção do Lucas, estavam com os olhos roxos ou com o nariz torto. Parecia cena de filme de comédia. — Mari continua rindo e acabo rindo também. 

— Eu concordo, o pior foi que o Lucas só ficou sentado assistindo toda a cena. — Lina comenta e acaba rindo também. 

— Mas qual foi o motivo da briga deles? — Mari me pergunta. 

— Ontem Henry me pediu o divórcio e hoje de madrugada eu o vi beijando outra mulher dentro da nossa casa. — respondo e sinto um enorme aperto no coração por lembrar da cena. 

— Ainda bem então que os meninos bateram nele, se não eu mesma teria feito isso. — Lina soca a minha mesa. 

— Eu estou cansada sabe?! Estou cansada de tentar ser forte a todo momento, estou cansada de tudo isso, estou cansada de sempre pisar em ovos com o Henry e de ele sempre me lembrar que não me ama e que não está feliz estando casado comigo. Eu sei que ele não se lembra de mim, que o eu antigo dele voltou, que não é ele que me diz tudo isso, mas eu estou cansada e ao mesmo tempo eu não quero deixá - lo, eu... — sinto meus olhos se encherem de lágrimas. — ... eu não quero desistir dele, mas eu só estou cansada de toda essa situação. — Mari e Lina vem em minha direção e me abraçam e então depois de muito tempo lutando, permito que as lágrimas deslizem por minha face. 

Alguns minutos depois, decido ir para a minha sala fazer o que eu sou paga pra fazer e seis horas depois, finalmente eu poderei ir para a minha casa. 

Passo pela creche e descubro que Henry já havia buscado Mathew e sigo direto pra casa. Assim que estaciono o carro na garagem de casa, aporta da sala se abre e meu menino vem correndo em minha direção. 

— Aí que abraço gostoso. — digo assim que pego Mathew no colo e o mesmo me abraça apertado. 

— Mamãe! — o mesmo desfaz o abraço e me encara. 

— Oi meu amor?! 

— Por que tem um moço todo de preto na sala de trabalho do papai? — pergunta. 

— Eu não sei meu amor! — respondo. — Vamos entrar e a mamãe vai tentar descobrir. — entro em casa com Mathew, deixo ele assistindo na sala de televisão e vou para o escritório de Henry. 

Abro a porta e dou de cara com um homem que desconheço sentado na cadeira em frente a mesa. 

— Senhora Carter? — pergunta o homem se levantando e vindo em minha direção. 

— Isso mesmo! — respondo. 

— Eu sou Dean Calvert, advogado do senhor Henry Johnson. — ele estende sua mão e eu aperto a mesma. 

— Advogado? — pergunto não entendo o motivo do mesmo estar aqui. 

— Sim! O senhor Henry entrou com um pedido de divórcio e eu represento ele. — responde e abre sua maleta. 

— Como? — sinto minhas pernas ficarem bambas e me sento na primeira cadeira que vejo. 

— Cerca de dois dias atrás, o senhor Henry entrou em contato e marcou uma reunião. Nos reunimos durante o horário de almoço dele e ele entrou com um pedido de divórcio. — diz e me entrega alguns papéis. — Ele entrou com um pedido de divórcio consensual alegando que a senhora está ciente da decisão dele. 

— Ele me disse na noite passada. — viro a folha e bem no final, logo em baixo, no canto superior da folha eu encontro a assinatura de Henry.

— Ele está de acordo com a guarda compartilhada do filho de vocês e a decisão dele foi de deixar a casa pra você poder morar com o seu filho. — o advogado de Henry coloca uma caneta na mesa. — É só assinar aqui. — diz me mostrando onde eu devo assinar. 

— Eu não vou assinar! — coloco os papéis em cima da mesa e me levanto. 

— Senhora Carter, se não assinar agora essa situação terá que ser levada até um juiz. — ele me olha com um de esperança. 

— Eu já disse que não vou assinar senhor Calvert e diga para o seu cliente que no dia em que nos casamos prometemos ser fiel um ao outro, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, até que a morte nos separe. Eu vou lutar pelo meu casamento e não vou assinar esse papel. — digo e vou em direção a porta abrindo a mesma. — Agora se o senhor me dá licença, eu tenho um filho pra cuidar. — o mesmo me olha, arruma suas coisas e vai embora. 

Vou até Mathew que está deitado no sofá assistindo desenho e lhe abraço.

— Meu amor, já é hora de desligar o desenho e tomar o seu banhosinho. — digo me levantando do sofá e pegando o controle da televisão. 

— Ah não mamãe, eu estou com pleguicinha de tomar banho. — diz com uma carinha do gato de botas e sorrio para o mesmo. 

— Nem vem com essa carinha de gato de botas. Vamos tomar banho senhor Cascãozinho. — pego ele em meu colo e subo as escadas indo em direção ao quarto. 

Coloco ele no chão, arrumo as suas roupas e levo ele para a banheira. Por sorte dona Maria já havia enchido a banheira. 

Esfrego Mathew e aproveito para lavar o seu cabelo. Permito que ele fique brincando um pouco mais na banheira com seus brinquedos e a porta do banheiro é aberta bruscamente e Mathew me olha assustado. Logo Henry entra no banheiro com uma cara de poucos amigos. 

— Ai que susto papai! —nosso pequeno encara Henry. 

— Desculpa meu amor! — Henry vai até Mathew e deposita um beijo na cabeça dele. — Por que você não assinou o papel do divórcio? — pergunta me olhando com raiva. 

— Henry, esse não é um assunto para ser discutido na frente de nosso filho. — encaro ele e ele suaviza sua expressão facial. — Vamos se trocar meu amor?! — pego a toalha e enrolo Mathew na mesma, pego - o no colo e o levo para o quarto.

Coloco o pijama no meu pequeno e enquanto ele fica no seu quarto desenhando, eu e Henry fomos até o nosso discutir sobre o divórcio.

— Por que você não assinou o papel ? — pergunta após fechar a porta.

Me sento na cama calmamente e o encaro.

— Porque eu não quis! — respondo e Henry respira fundo.

— E por que não? — pergunta me encarando.

— Porque no dia que nos casamos, prometemos ficar juntos até que a morte nos separe. Então meu querido... — me levanto e ando em sua direção, parando alguns centímetros em sua frente. — ... o nosso casamento não vai acabar tão simples assim. — termino de falar e Henry se afasta de mim.

— Quantas vezes eu preciso te dizer Sarah? Eu não te amo e acredito que nunca te amei. — diz com certa frieza na voz.

— Mas eu te amo e eu vou lutar pelo nosso casamento! — Henry me encara, respira fundo e vai até o closet.

— Onde você vai? — pergunto após o mesmo sair com uma roupa diferente.

— Eu vou sair! — ele pega seu perfume e borrifa em seu pescoço.

— Mas... onde ? — pergunto e ele revira os olhos.

— Não é da sua conta! — responde ríspido e sai do quarto batendo a porta em seguida.

— Eu também te amo meu amor! — sussurro pra mim mesma e entro no banheiro para tomar banho.

Planos de Deus  (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora