Capítulo 8

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Aproximadamente um mês se passou desde o dia em que Henry ficou com ciúmes, no dia seguinte Eliza me ligou de manhã cedo antes de eu ir para a empresa se despedindo pois ela irá voltar para o Brasil. Mesmo com tudo oque aconteceu entre nós, eu aprendi a amá-la e irei sentir falta dela.

Após deixar Matthew na escolinha, fui direto para empresa e por algum motivo Henry está de mau humor, na verdade, no decorrer das semanas ele voltou a ser um completo babaca comigo, me tratando com ignorância e sendo totalmente seco comigo. 

Chego na minha salinha e assim que bato o olho na mesa, vejo alguns papéis. O que mais me chama atenção é "Ação de Divórcio Consensual", ler esse papel me destruiu por dentro, mas como estou no meu local de serviço resolvi deixar pra conversar sobre isso em casa para aproveitar já Matthew irá dormir na casa dos meus pais. 

Tento não deixar que isso me afete e que afete o meu dia, mas é algo um pouco que impossível de evitar.

Guardo minhas coisas no meu armário, pego a agenda do dia de Henry e vou para a sala do mesmo. 

— Bom dia! — digo assim que entro em sua sala.

— Você já assinou os papéis que deixei em cima de sua mesa? — pergunta totalmente frio. 

Eu acho incrível a capacidade que Henry tem de mudar seu humor literalmente da noite pro dia.

— Em casa nós conversamos sobre isso! — mantenho a postura e o mesmo me encara. — Então senhor Henry, hoje a sua agenda estará livre o dia inteiro. — digo e  nem ao menos ele me olha.

— Ok! Pode se retirar. — diz com sua atenção totalmente voltada para a tela de seu computador.

— Com licença! — saio de sua sala e volto para a minha.

O restante do dia foi péssimo para mim. Eu sou uma pessoa que sabe manter o pessoal separado do profissional, mas eu também sou humana e no decorrer do dia, em algumas ocasiões, eu não consegui manter o foco por conta do pedido de Henry enviado em forma de papel.

Hoje Matthew iria para a casa de meus pais, o que facilita muito para que eu e Henry possamos conversar sem que o nosso pequeno ouça todo esse b.o.

Assim que chego em casa já vou logo tomar um banho e preparar o meu psicológico para ter essa conversa com Henry. 

Saio do banheiro e vejo Henry também de roupa trocada sentado na cama com os dois envelopes que sugiro ser o papéis do pedido de divórcio.

— Sarah! — o mesmo me chama assim que passo por ele. 

— Não! — respondo sem nem ao menos olhá-lo porque eu sei que no momento que eu olhar em seus olhos e ver ser é verdade ou não o seu pedido, eu irei cair em lágrimas.

— Mas que merda! — esbraveja e eu me viro encarando o mesmo. — É pedir demais pra que você assine essa porcaria de papel? — ele se levanta da cama com brutalidade e joga os envelopes no chão. 

Respiro fundo, BEM FUNDO mesmo para não gritar e ficar no mesmo nível que ele, porque se não a conversa vai ficar muito feia.

— Qual é o seu problema Henry? — pergunto e o mesmo continua me olhando com raiva no olhar. — Até ontem nós dois estávamos super bem, por quê que hoje do nada você decidiu voltar com esse assunto sem cabimento? — o mesmo me encara feio.

— Eu só quero que você assine a droga desses papéis. — diz respirando fundo. 

Por fora eu tento me manter calma o tempo todo, mas só Deus sabe o quanto eu estou por dentro.

— E por quê? Por quê você quer tanto que nos divorciemos? — sinto um nó em minha garganta e uma enorme vontade de chorar.

— Porque eu não te amo! — responde como se fosse óbvio. 

— Mas que droga Henry! — não consigo me controlar e acabo elevando a voz. — Você só tem essa desculpinha esfarrapada pra me dar? — pergunto e acabo rindo de nervoso. 

O mesmo me encara e novamente respira fundo, ele se senta na cama e mesmo que minhas pernas estão super bambas eu permaneço de pé o encarando também.

— Você não entende? — pergunta com a voz calma dessa vez. 

— Não entendo o que? — respondo com outra pergunta. 

— Eu não consigo Sarah viver sobre o mesmo teto que você, eu não consigo amar você, eu não consigo te ver como minha esposa. — diz e sinto um aperto enorme no peito e uma imensa vontade de chorar, mas engulo o choro. 

— Você não consegue ou você não quer? — pergunto e o mesmo se levanta recolhendo os envelopes do chão.

— Eu não quero e jamais irei querer, então por favor, só assina essas porcaria de papéis. — diz estendendo os envelopes para mim.

Muitos irão me chamar de covarde pelo oque irei fazer logo a seguir, mas tudo bem.

— Você... — me aproximo dele. — ... realmente não me ama? — pergunto na esperança dele não concordar e dizer que sim, que ele me ama.

— Sim! Eu não te amo. — responde com convicção, mas ainda assim eu preciso ter total certeza.

— Você tem certeza que é isso que você realmente quer? — pergunto e o mesmo me olha. — Olha nos meus olhos e me responde. — digo e seguro em seu rosto fazendo com que ele me olhe.

— Sim! Eu quero o divórcio. — responde me olhando diretamente nos olhos.

Ouvi-lo dizer essas quatro palavras, foi como se o meu mundo desabasse.
















Planos de Deus  (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora