Capítulo 46

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POV Benedith

Às vezes decides que precisas de um momento para refletir, para pensar na vida e em tudo o que ela te tem transformado, em tudo o que aconteceu para tu estares agora neste momento a «pensar» e a «refletir».

Tu pensas e pensas, tu lutas contra as tuas escolhas (choices), as acertadas ou as desejadas? Elas nem sempre são as mesmas. E tu pensas, para no final chegares sempre à conclusão que não querias. Aquela que aos olhos dos outros parece errada e aos teus olhos é certa, mas eu também não tenho ninguém para me julgar em relação à minhas escolhas, eu não tenho uns pais presentes, eu nunca tive desde o dia em que eles decidiram que as drogas se tornaram muito mais importante que eu.

Arranjei um porto de abrigo. Os meus amigos são o meu porto de abrigo e bem Harry, ele torna tudo diferente. Tudo diferente de uma forma louca, mas boa. Eu não me quero afastar dele, por mais que eu saiba, que sinta que nos estamos a usar um ao outro, nós somos assim e eu encontro-me a concordar mentalmente que não me importo que ele me use, não da forma como ele tem feito até agora. Somos um só, sem a palavra "namorados" no meio e é isso que nos distingue dos outros.

Existe sempre uma altura da tua vida em que entendes que não precisas de ser feliz à custa de uma palavra que caracteriza uma pessoa e o que ela tem contigo, só precisas da pessoa pois ela é que te vai fazer feliz. Estes ultimos dias tem-me ajudado a entender a perspetiva do Harry e admito que ela não é tão assustadora como assumia que era.

Meti as ultimas peças de roupa para dentro da mala e tentei fechá-la, o que estava a ser bastante difícil!  

Eu: Harry, preciso de ajuda! - Gritei do meu quarto de modo a que ele me ouvisse da cozinha. Sim, eu já estou em casa, vim buscar juntamente com Harry as minhas coisas para a Universidade. Dentro de três dias as aulas começam e eu não sei se ei de estar feliz ou não, por um lado fico triste por deixar a minha casa para trás e algumas das minhas coisas, mas feliz porque finalmente me vou afastar de muitos dos meus problemas e eu acho que mereço isso. E é obvio que é sempre reconfortante saber que vou ter perto de mim as pessoas que eu mais amo no mundo. 

Ouvi o som das botas pesadas de Harry no corredor e sorri quando o vi entrar no quarto e ele logo deu uma gargalhada divertido ao ver-me sentada em cima da grande mala de viagem.

Harry: O que é que estás a fazer aí em cima tontinha?

Eu: Isto está demasiado cheio para que eu consiga fechar... - Expliquei e sai de cima da mala dando-lhe espaço para ele a fechar por mim.

Harry: Não sei para que levas tanta coisa, tu não vais para o outro lado do mundo, apenas vais para a universidade que é relativamente perto de tua casa.

Começo a medir as distâncias de Holmes Chapel a Oxford e ele realmente está certo, não são 2h10mim. de auto-estrada que me irão impedir de vir a casa se precisar de algo realmente urgente, no entanto não tenho intenções de voltar cá tão cedo, eu assim espero.

Eu: Sim, mas eu prefiro ter tudo pronto, fico mais descansada e lembra-te que este é o meu primeiro ano e eu estou super nervosa!

Harry: Não te preocupes... - Ele puxou-me contra ele e bati no seu peito. - Vai tudo correr bem minha caloira preferida... - Ele roçou os nossos narizes enquanto a sua mão segurava a minha cara e ele logo juntou os nossos lábios num delicado beijo. - Estás pronta?

Eu: Sim, estou! - Sorri e ele ajudou-me a levar as malas até ao carro e metemo-las no porta-bagagens, quer dizer o Harry meteu, ele é demasiado teimoso para me deixar fazer tal coisa. Os seus musculos das costas e dos braços contraiam-se e mostravam o quanto ele é perfeito.

Ele sorri-me depois de terminar o que estava a fazer e abre-me a porta do seu carro no lado do pendura para que eu pudesse entrar.

Sinto-me nervosa e exitada ao mesmo tempo, eu sempre sonhei com este momento de ir para a Universidade, uma boa universidade e agora que aconteceu eu mal consigo acreditar. Foi à relativamente pouco tempo que a D. Maura me disse que eu tinha conseguido entrar na Universidade e no curso que queria, eu senti-me tão orgulhosa de mim! Tenho saudades dela e dos seus abraços, custou-me tanto despedir-me dela antes de vir. Eu estarei-lhe eternamente grata pela ajuda que ela me deu quando os meus pais me abandonaram, eu era uma criança perdida sem ela e embora eu sempre tenha tido medo de mostrar a amizade e carinho que sentia por ela, eu sempre a admirei muito.

Choices I - A |H.S.| Fanfiction (ACABADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora