***
Acordei cedo com os raios de sol a espreitar sobre a persianas do quarto. Deviam ser umas 7h da manhã. Tomei de novo um banho antes de ir trabalhar para que fosse bem desperta. Vesti uma roupa confortável e desci até à cozinha. Peguei no meu "pequeno-almoço portátil" e antes de sair de casa fui até ao quarto de Niall. A porta branca encontrava-se encostada e com o minímo de barulho entrei lentamente. Tive quase medo de o encontrar a vestir ou coisa parecida e tudo parecer muito constrangedor, mas isso não aconteceu.
Ele ainda dormia profundamente e de modo a não o acordar deixei um bilhete'zinho em cima da mesa de cabeceira a desejar-lhe os Bons Dias e a dizer que já tinha saído.
***
Fui até à livraria, e abri tudo como sempre, a D. Maura não tinha o hábito de demorar muito para me vir ajudar, no entanto já era metódico ela sair rapidamente de novo, para ir a reuniões com os fornecedores. Segundo sei o negócio dela está em expansão e fico feliz por ela por ter conseguido isso.
Peguei no meu velho telemóvel e vi as horas. Era meio dia e nem Niall, nem a Dona Maura ainda tinham aqui aparecido o que de certa forma era estranho.
Uma mensagem ainda por ler dava sinal do ecrã do pequeno aparelho. Era de Niall.
«Benedith, hoje vou passar o dia com a minha mãe. Vemos-nos mais logo! :-D»
Respondi-lhe de seguida «Tudo bem! Divirtam-se! :-)»
O dia foi rápido a passar, e como o tempo estava escuro devido às nuvens carregadas que insistiam em aparecer agora ao final do dia decidi sair 10 mim. mais cedo, já que não havia ninguém por ali a passar.
Desliguei as luzes, liguei o alarme da livraria e de seguida fechei a porta. Saí determinada daquele edifício em resolver um assunto pendente desde a noite noite anterior e que me deixou cheia de insónias. Eu de certa forma sinto que magoei o Harry e isso por muito que eu não queira incomoda-me e sinto-me na obrigação de lhe pedir desculpa, além de que preciso de saber se ele está chateado comigo ou não.
Resolvo então ir à pastelaria em frente, onde ele nas férias costuma fazer alguns turnos de vez em quando. Resolvi ir à pastelaria em frente, ele de certeza que está lá a trabalhar. Entrei e cheirava-me a pão quente, era ótimo! Procurei pelo rapaz dos caracóis, e não o vi, por isso perguntei a uma das senhoras, a Barbara. Ela parece ser das mais simpáticas que trabalha aqui. Ela acabou por me dizer que o Harry tinha ido para casa à cerca de hora e meia.
Eu: Tão cedo? Quer dizer, ele costuma sair mais tarde, não é?
Barbara: Sim querida, o Harry, hoje não andava nos seus melhores dias! Estava com a cabeça no ar e mandei-o para casa... - Ela sorriu-me docemente. - Sabe-se lá o que se passa naquela cabeça! Talvez seja do tempo!
Eu: Hum... Obrigada então. - Agradeci e saí. Espero mesmo que como a dona Bárbara disse o Harry se encontre em casa neste momento. Se não for esse o caso não sei mais onde poderei encontrá-lo.
A casa do Harry já me era conhecida de umas poucas vezes que o tinha lá visto entrar e foi para lá que me dirigi quando saí da pastelaria. Toquei à campainha e meti-me o máximo para dentro possível do pequeno coberto da entrada da casa devido à chuva e ao vento frio que se pôs. Amaldiçoo-me mentalmente por não ter trazido um guarda-chuva, esta situação é fustrante! O meu cabelo pinga, a minha pele está molhada, as calças estão pegadas às pernas, e a camisola branca que vesti hoje de manhã está de uma maneira quase transparente a ver-se a minha roupa interior. Felizmente tenho um casaco comigo que o visto rapidamente, apesar de também ele estar num estado muito mau.
Esperei mais um pouco e logo me veio abrir um senhora, com mais ou menos os seus 45 anos, penso, pelo menos parecia. A senhora rapidamente me cede passagem e entro. Ela era realmente bonita e parecida no sorriso com o Harry, por isso calculei que fosse a mãe.
Eu: Desculpe, eu sou a Benedith! - Sorri e cumprimentei-a.
Mãe do Harry: Olá Benedith! Eu sou a Anne a mãe do Harry! - Sorri muito, como é costume do filho também, pelo menos quando está bem disposto.
Eu: Eu vinha dar uma palavrinha ao Harry se fosse possível...
Anne: Claro! Vou chamá-lo! Fica à vontade.
Agradeço-a enquanto ela entra num compartimento qualquer da casa.
Espero um pouco e depois a senhora voltou com uma figura alta atrás. Harry.
Eu: Olá... - Disse meia nervosa, mas tentei ser agradável.
Harry: Que queres? - Ele estalou. Eu queria rolar os olhos neste momento devido à sua arrogância, mas é melhor não o fazer por educação à mãe e porque ele tem o direito de estar aborrecido comigo.
Anne: Harold! - Chamou-o à atenção!
Harry: Mãe! - Ripostou ele em defesa, como se quisesse que ela dali fosse. - Importas-te?
Anne: Eu vou deixar-vos a sós. Qualquer coisa, estou na cozinha. - Agradeço-lhe a sua amabilidade e ela sorri-me de volta.
Quando finalmente ficamos os dois a sós eu sinto-me na obrigação de lhe dar uma explicação pela razão de eu estar aqui.
Eu: Harry, eu sei que ontem foi tudo um pouco inesperado no final da noite. Mas quando vi o Niall fiquei realmente muito feliz, porque ele é meu amigo. Eu não quero que fiques chateado comigo ou que interpretes mal a noite de ontem.
Harry: Sim, ok. O recado está dado, mas vieste aqui perder o teu tempo. - Ele di-lo de uma forma rude e que me magoa.
Eu: Mas Harry, estou a ser sincera, adorei o jantar de ontem. Ao contrário do que pensas eu gostei muito de te ter conhecido melhor e do tempo que passámos juntos.
Harry: Que bom para ti. De certeza que quando viste o Niall não pensaste da mesma forma já que vocês são tão próximos. - Ele encolhe os ombros em forma de gozo. Não compreendo como é que deixo que ele ainda me humilhe desta forma, porque é realmente o que ele está a fazer. Eu estou a desculpar-me por uma coisa, que sejamos sinceros, nem é pecado nenhum muito menos na situação em que estamos, e ele está literalmente a ignorar-me.
Ele é um grande idiota e parvalhão e eu detesto-o! Inúmeros adjectivos "simpáticos" correm sobre a minha pequena cabeça para definir Harry neste momento! Ele é tão irritante e parece um fedelho da primária com estas atitudes! Se eu não tivesse sido a causadora desta porcaria toda de certeza que já não estava aqui a olhar para a cara dele!
«Mas foste!» Lembrou-me o meu subconsciente. Oh, e eu também te odeio!
Eu: Não entendo porque dás tanta importância ao facto de eu me dar bem com o Niall. - Faço-me de desentendida, mas no fundo sei que esta afirmação o vai por na merd* porque ele não me vai dar uma resposta suficientemente válida. De qualquer forma ele não pode.
Harry: Eu não me importo! - Cruza os braços e ignora-me completamente virando-me costa e senta-se no sofá, quase deitado e com os pés na mesa de centro.
Instintivamente vou para mais perto dele. A casa não é minha e não me sinto à vontade para falar demasiado alto para ele.
Eu: Não parece... Ficas sempre tão mal humurado cada vez que no Niall. Eu vi, ontem como estavas a vir para casa, via-se claramente que estavas chateado com alguma coisa! E se realmente não te importasses tu não estavas a ter estas atitudes infantis e estavas a falar comigo normalmente! - Isto claro se um de nós fosse normal, porque não parecemos!
Ele levantou-se e veio na minha direção, ficando perto. Demasiado perto.
Harry: Eu estou a ter atitudes infantis...? - Ele sorriu convencido. Eu conseguia sentir a sua respiração em mim e eu estava a perder a minha.
Eu: Hum.. S-sim.. Sim... - Gaguejei. E depois recompus-me. - Sim, tu estás.
***
Olá!!!
Aqui está um novo capítulo! Espero que tenham gostado!
Estou a pensar ainda hoje à tarde publicar um novo capítulo! Querem?
Por favor, votem, comentem, e partilhem a fic!
Obrigada por tudo a quem me está a acompanhar!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Choices I - A |H.S.| Fanfiction (ACABADA)
Fanfiction"Nunca lhe confessei abertamente o meu amor, mas, se é verdade que os olhos "falam", até um idiota teria percebido que eu estava perdidamente apaixonado" - O Morro dos Vendavais de Emily Brontë