Louis aconselha-e a ir até à casa-de-banho e é o que faço. Deixo o meu casaco com ele por causa do imenso calor que estou a sentir aqui dentro e depois vou à procura duma placa que diga WC. Quando entro espreito em tocas as cabines qual é a que está menos imunda e sem vomitado de raparigas que beberam até se gregarem. Acabo por desistir e apenas dirijo-me a um dos lavatórios das mãos e passo as minhas mãos por água que depois pouso sobre as minhas bochechas quentes. O frio sobre a minha pele acalma-me supreendentemente.
Fico durante um tempo parada a olhar para o teto do espaço enquanto tento que todas as minhas ideias fiquem um pouco mais organizadas. Quando vejo pessoas a entrar na casa-de-banho decido que já estive ali demasiado tempo e saio rezando para que não apeteça aos rapazes ficar por aqui por muito mais tempo. Estou farta de aqui estar, mas também não quero ser egoísta e estragar-lhes a noite.
Ao tentar fazer o caminho de volta para sair do corredor das casas-de-banho esbarro contra umas quantas pessoas bebadas e o cheiro delas dá-me naúseas.
Xx: Benedith? - Uma voz chama-me e eu congelo automaticamente. O meu corpo fica parado e pondero se devo continuar em frente ou enfrentá-lo. Eu sei que vai ser muito pior se eu o ignorar, mas eu não quero mesmo olhar para a cara dele. - Benedith, eu falei para ti. - Sinto a mão dele no meu braço e estremeço.
Respiro fundo e tento ganhar coragem para me virar. Quando os meus olhos vão ao encontro dos dele sinto-me uma pequena pedra em relação a um rochedo e apetece-me fugir. O Jason olha-me fixamente nos olhos e vejo os dele raiados de sangue. Ele está bebâdo, completamente podre de bebâdo e drogado, no entanto não me parece tão assustador como nos outros dias que o via na escola, ou isso ou eu ganhei mais coragem para o enfrentar esta noite.
Endireito imediatamente os meus ombros e a minha cabeça para me sentir mais forte em relação a ele e ganho coragem para falar. Ele dá um passo em frente na minha direção.
Eu: O que foi? - Cruzo os braços tentando ser firme. Estou farta de lhe oferecer a minha parte fraca!
Jason: Ui ui ui... Estamos muito rabugentas hoje... - A mão dele vai até à nuca da minha cabeça e os seus dedos entrelaçam-se nos meus cabelos. Ele puxa a minha cabeça para trás. - Eu não estou a gostar desse teu tom... - Sinto a sua respiração por detrás da minha orelha.
Eu: O que é que estás a pensar fazer? - Não sei porque lhe estou a fazer esta pergunta porque eu concerteza não vou querer ouvir a resposta.
Jason: Queres mesmo saber? - Ele ri-se na minha orelha.
Eu: Não me toques... Larga-me. - Tento afastá-lo e ele agarra-me de forma violenta nos braços e empurra-me com força contra a parede que está atrás de mim. Mordo a língua para poder aguentar o gemido de dor.
Jason: Ai, ai Benedith... Tu já devias saber que tu não mandas em mim. Eu faço o que quero ouviste?, e não és tu que me vais impedir... - Ele começa a beijar-me à força por todo o meu rosto, enquanto as suas mãos prendem o meu corpo contra a parede e me impem de fugir dali.
Eu: Pára, seu... Agh! - Digo empurrando-o e batendo-lhe, mas sem sucesso, pois a minha força é mínima em relação à dele. Sentia um completo nojo ao sentir a boca molhada dele no meu maxilar. Cerro os meus lábios com força para evitar que ele me toque nos lábios e é quando sinto algo salgado a chegar-me à boca. Quando dou por mim sinto pequenas e involuntárias lágrimas a escapar-me dos olhos. Eu quero tanto, tanto que isto acabe! Eu quero desaparecer!
Jason: Calma... Eu só me quero divertir um pouco...! - Ele diz e leva as suas mãos por de dentro das minhas calças apalpando-me o rabo. Fico sem respiração nesse momento e apetece-me chorar ainda mais. Continuo a afastá-lo de mim com todas as forças que consigo arranjar e grito o que lhe irrita e lhe faz dar-me uma chapada. Começo a tremer de medo dele, a apetece-me chorar devido à dor, não só física, mas a dor interior que me mata aos poucos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Choices I - A |H.S.| Fanfiction (ACABADA)
Fanfiction"Nunca lhe confessei abertamente o meu amor, mas, se é verdade que os olhos "falam", até um idiota teria percebido que eu estava perdidamente apaixonado" - O Morro dos Vendavais de Emily Brontë