POV Benedith
- Uma coisa que aprendi ao longo destes últimos tempos é que nunca devemos afeiçoar-nos muito a uma coisa ou uma pessoa, nomeadamente não devemos depender dela para dar continuidade à nossa vida.
Pode ser um pouco pérfido pensar desta forma, um pouco injusto, talvez mesmo ingrato, mas não é assim tão mau quando temos as razões necessárias para o provar. Vejamos:
Não é que eu sinta raiva, tristeza ou até esteja zangada por sonhar com ele quase todas as noites, por temer o que lhe possa acontecer, por sentir falta dos seus abraços e das suas graçolas ao final do dia, por ouvir a sua voz na minha cabeça cada vez que ouço uma música, não é ter medo de gritar o nome dele, é só saudade e ela sim assusta-me e causa um vazio em mim, como um poço quando seca.
Uma saudade que nasceu devido a uma afeição, a uma dependência. E agora volto de novo a repetir: Nunca devemos afeiçoar-nos muito a uma coisa ou uma pessoa, nomeadamente não devemos depender dela para dar continuidade à nossa vida;
Bebo o resto final do meu batido de framboesa e chocolate branco e fico a brincar no final com a palhinha às voltas dentro do copo de plástico vazio.
Olho para o telemóvel para confirmar que não tenho nada. Enviei uma mensagem a pedir desculpas a Dylan e ele não respondeu, mas eu não me sinto assim tão preocupada com isso como acho que devia sentir. Para ser franca preferia muito mais agora receber uma mensagem de Harry a dizer pelo menos que está bem.
Às vezes penso que podia "fechar os olhos" a muitas coisas, correr até ele e dizer que estávamos bem, mas depois a razão chama-me à atenção e não consigo ceder aos meus desejos. Admito que às vezes ela chateia-me, mas eu não consigo deixar de não lhe "tapar os ouvidos".
Deixo o meu dinheiro em cima da mesa onde estive sentada durante pelo menos uma hora e vinte minutos e levanto-me sentindo as minhas pernas dormentes de ter estado tanto tempo sentada.
Vou até à casa-de-banho antes de sair para ter tempo de dar um jeito ao cabelo. Volto a retirar o telemóvel da minha bolsa e decidida e sem medos acciono o contacto do Harry para lhe mandar uma mensagem.
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Choices I - A |H.S.| Fanfiction (ACABADA)
Fanfiction"Nunca lhe confessei abertamente o meu amor, mas, se é verdade que os olhos "falam", até um idiota teria percebido que eu estava perdidamente apaixonado" - O Morro dos Vendavais de Emily Brontë