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Acordei com o irritante do meu despertador a tocar, o levantei-me a muito custo e fui tipo "Zombie" até à casa de banho onde tomei um banho rápido, vesti-me, de uma forma prática, uma calças de ganga justas, umas sapatilhas e uma camisola simples apenas com a palavra "Strong" na frente. Um pouco ironico na verdade já que é uma coisa que nunca vou ser.
Peguei na minha pequena mala, num pão com queijo e pus-me a fazer caminho até à livraria.
A Dona Maura, já lá estava quando cheguei e aguardava-me com um sorriso acolhedor.
D.Maura- Bom dia, minha querida!
Eu- Bom dia.... - Disse calmamente e fiz o melhor sorriso que lhe conseguia dar.
Fui pousar as minhas coisas e fui para trás do balcão. A D.Maura deu-me algumas tarefas para eu fazer, enquanto ela ia passar o dia fora, numa reunião qualquer.
Começei por desempacotar livros novos que tinham chegado e começei a meter nas prateleiras. Tratei com muito cuidado, todos um por um, afinal os livros são grandes amigos nossos, eles percebem-nos, eles dizem o que queremos ou não ouvir.
Foi uma manhã calma, sem muitos clientes, para ai uns 4/5 se não me engano.
Fechei a livraria por um pouco e fui almoçar a casa, e depois voltei ao trabalho. Sentei-me num dos sofás e começei a ler um livro dos novos, vistos que não aparecia ninguém.
Era umas 16h da tarde quando senti a presença de alguém a entrar na livraria, mas sem reparar quem era fui ao correr para trás do balcão.
Xxx- Olá! - Disse sorridente.
Olhei para cima pela primeira vez, para ver um bonito rapaz loiro à minha frente, era magro e mais ou menos da minha altura,
Eu- Hum... Olá.
Xxx- Sabes se a Maura está?
Eu- Oh, não, não está.... - Disse num tom calmo e baixo.
Xxx- E sabes se demora muito...?
Encolhi os ombros e voltei a a desviar a minha cabeça para o livro de notas que tinha à minha frente e fingi estar a fazer alguma coisa importante.
Xxx- Acho que vou esperar ali, naquele sofá! - Disse tentando ser simpático à minha completa antipatia. Decido não responder, mas sinceramente a sua decisão estava a mexer comigo.
"Verdade?? Vais mesmo ficar aí? Não podias voltar mais tarde?" - Latejavam pensamentos uns atrás dos outros na minha cabeça.
Nunca olhei diretamente para o rapaz durante todo o tempo que ele lá esteve, apenas espreitava às vezes. Ele era realmente bonito... Mas quem é ele e o que faz aqui?
Quero perguntar-lhe tudo o que me vem à cabeça, mas não o faço, apesar de o seu olhar me transmitir calma e confiança.Ele continua sentado a abanar freneticamente a perna esquerda e a roer as unhas da mão direita (um vicio que também tenho desde pequena). Por fim ele decide ouvir música, coloca uns phones nos ouvidos e parece-me que escolhe a música no seu IPhone, ou entao talvez esteja a falar com a namorada ou assim.
Despois de duas horas à espera ele decide dar uma vista de olhos pelos livros que estão nas estantes atrás de si e pega exatamente no livro que eu estava a ler.
Xxx: Muito bom, não é?
Eu: O quê?
Xxx: O livro. - Aceno com a cabeça afirmativamente com a cabeça e ele dá-me um sorriso.
Eu sabia que ele se estava a sentir incomodado e que aquele sorriso de certeza que era forçado, grande parte da culpa era minha, porque não estava a ajudar em nada com a minha atitude.
Eu- Olha vais ter de sair, tenho que fechar a loja. - Disse um pouco de uma maneira rude.
Xxx- Oh, claro, desculpa, eu não.... - Ele estava atrapalhado.
Ele saiu para fora da loja e eu limitei-me a pegar nas minhas coisas, desligar as luzes e fechar a porta. O rapaz encontrava-se encostado à parede do edifício, em breve ia chover.
Eu- Olha lá... tu por acaso.... - Um "Não-estou-a-perceber-nada!" na cara dele era obvio. - Não queres tomar um café?
A reacção dele era de espanto ao inicio, mas logo mudou para um sereno "sim".
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Olá!!
Aqui está o segundo capítulo!
Espero que tenham gostado! Não se esqueçam de votar e comentem o que acharam!
Amanhã volto a publicar!
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Choices I - A |H.S.| Fanfiction (ACABADA)
Fanfiction"Nunca lhe confessei abertamente o meu amor, mas, se é verdade que os olhos "falam", até um idiota teria percebido que eu estava perdidamente apaixonado" - O Morro dos Vendavais de Emily Brontë