33 | Just with you

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Zayn Malik

Alguma coisa desconexa saiu de meus lábios quando meu olhos levemente se abriram.

O quarto estava escuro e uma atmosfera boa passeava pelo local, mesmo com uma dor de cabeça gritante em minha cabeça, tudo estava tão tranquilo e tão aconchegante.

Finalmente abri por completo meus olhos, tendo a visão somente de alguns objetos sobre a cômoda por conta da luz de fora do quarto, que passava entre a fresta de baixo da porta.

— Lee — falei meio sonolento ao ser puxado por duas mãos fortes, aproximando mais nossos corpos — está dormindo?

— Uhum — murmurou contra meu pescoço e eu sorri, gostando da sensação de ter nossos corpos tão próximos.

A parte consciente de meu cérebro se acendeu e eu me sentei na cama, vendo Payne se revirar para o outro lado e tentar dormir novamente.

— O que aconteceu? — perguntei meio incerto.

— Como assim? Quando? — sua voz era rouca e pouco interessada — Zayn… — falou choroso, fazendo um bico nos lábios — volta a deitar, por favor.

Não pude negar e me deitei de uma forma que conseguisse olhá-lo nos olhos. Liam me surpreendeu quando entrelaçou nossos dedos por debaixo de coberta e voltou a alinhar sua cabeça no travesseiro, pretendendo dormir novamente.

— Por que está me olhando assim? — perguntou depois de alguns segundos em silêncio, ainda com os olhos fechados.

— Assim como? — desviei o olhar e Payne sorriu, suspirando e finalmente abrindo os olhos e me fazendo esquadrinhar os pequenos detalhes de seu rosto, que apareciam vagamente por conta da escuridão.

— “O que aconteceu” — repetiu — quando?

— Quando eu cheguei aqui ontem — engoli em seco — e-eu não me lembro muito bem, minha cabeça dói — apoiei a palma da mão na testa e Liam me olhou tristemente.

— Ah, bem — coçou levemente a garganta, separando sua mão da minha e me fazendo sentir um pequeno vazio por não tê-la ali — Você parecia triste, disse que estava chateado por eu ter voltado com a Maya — confessou e eu engoli em seco, com medo do que poderia ter acontecido — Então eu disse que nós não estávamos juntos de novo e que ela tinha ido embora… aí você chorou um pouco mais e me contou sobre sua “aposta com você mesmo”.

Fodeu.

Minha boca começou a secar e meu coração a errar as batidas.

— Liam eu sinto mui-

— Mas teve uma coisa que eu não te disse ontem — interrompeu — Eu também sinto.

— S-sente o que? — perguntei aflito.

— O coração palpitando, a sensação indecifrável no estômago… uma parte de mim também se vai quando estamos longe, Zayn. — seus olhos me fitavam com convicção e eu tinha quase certeza de que poderia desmaiar ali mesmo.

— Você… você sente o mesmo. — afirmei mais para mim do que para ele, que sorriu — e você não está com a Maya. E-e não se importa com as minhas intenções bobas do início…

— Eu não disse isso — se referiu a última parte e segurou novamente minha mão — mas e-eu quero você. Quero poder ficar com você e-e te ver sempre que sentir saudades. E me desculpe se eu estou sendo grudento mas-

Nao o deixei terminar, selei nossos lábios com certa pressa e saudade, fazendo o moreno arfar antes de corresponder o beijo.

Eu o beijei porque eu sentia o mesmo. Eu sinto o mesmo. E acho que não tenho medo de admitir isso para quem quiser ouvir…

Aprofundei o beijo, sentindo um leve gosto de tequila, por conta do álcool que eu havia ingerido.

Continuamos nos beijando, até que o espaço nos faltasse e, de algum jeito, eu acabasse deitando por cima de Payne, colocando meu peso sobre meus braços e desfrutando cada momento em que nossos lábios estavam juntos.

Mas, então, novamente a voz da consciência falou mais alto e eu cortei nosso beijo, fazendo Liam procurar levemente por meus lábios até se dar conta que minha cabeça estava longe o suficiente, abrindo os olhos.

— Babe, já deve ser de manhã. Seus pais devem estar em casa — murmurei enquanto passava levemente meu nariz sobre o dele.

— Espere — disse baixo e pegou seu celular de baixo do travesseiro, olhando o mesmo em seguida — Zee, são 4:30 da madrugada… — me mostrou a tela e eu sorri — Acho que temos algum tempo antes de eles acordarem.

— Hm, interessante — dei um leve selinho em seus lábios, sentindo falta dos mesmos assim que me afastei — O que vamos fazer? Voce tem alguns jogos de tabuleiros ou… — brinquei, mas Payne não riu e cruzou suas pernas ao redor de meu corpo, selando nossas bocas novamente.

— o que você está fazendo comigo? — sussurrou depois de algum tempo, me fazendo sorrir levemente.

— Como assim? — sussurrei de volta.

— nada — descartou — eu só… não sei.

— Eu quero ficar com você — ponderei levemente, deixando outro selinho em seus lábios — apenas com você… e entendo que você esteja se descobrindo, não vou te cobrar nada mas… Quero que saiba, James, que eu sou seu — finalmente confessei, sentindo um alívio sair de minhas costas.

— E eu sou seu, Malik — respondeu de volta, aprofundando um beijo um pouco mais quente e necessitado.

Passeei com minha língua pela boca de Payne, apreciando cada segundo e massageando levemente sua cintura com minha mão direita.

As mãos dele subiram por meu tronco, passeando levemente pelas minhas costas e parando na barra da minha camisa, onde o mesmo subiu levemente, gesticulando que queria tirá-la.

— V-voce tem certeza? — perguntei meio gaguejando por conta da excitação que eu já estava sentida apenas pelas mãos de Liam passeando pelo meu corpo.

— Eu tenho certeza — respondeu suspirando e sorrindo levemente.

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