O direito

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A luz cegante que jimin viu ao acordar, talvez o tenha aborrecido, mas ao perceber que esse era o menor de seus problemas, a dor nas pernas eram pior que ele pensava ou sentia em primeiro momento. Tentou se levantar mas so conseguiu ficar sentada, mesmo sua perna não estando em um gesso, ainda era meio complicado encostar o pé no chão. Em seu braço avia uma agulha conectada a um pouco de soro, então era assim que sua madre o avisara sobre o mundo e seus males.

Voltou a deitar e suspirou se lembrando do que avia acontecido, o homem possivelmente iria pagar uma multa e ser solto, isso era o que o aborrecia, por sorte ele soube desviar dos ataques e correr ate a porta, talvez seu estado estaria pior se ele não tivesse gritado a plenos pulmões, e isso poderia ter acontecido a qual quer um se aquele homem não fosse preso ou se quer tratado do jeito certo.

Engoliu seco assim que a porta abriu mostrando a enfermeira que tinha a mesma cara de insatisfação a todos os pacientes, ela com certeza não gostava de seu próprio trabalho,e repudiava pessoas e suas doenças incuráveis que nunca deixava ela simplesmente ficar sentada no térreo com seu cigarro, uma vida horrível, para um ser horrível de coração.

- que bom que acordou – ela nem se quer olhou nos olhos do outro, para ela seria bem mais fácil se ele não estivesse acordado, não deveria sorrir ou ligar para a dor da agulha que ela aplicaria no outro – esta sentindo alguma dor ? – perguntou pegando a agulha e tirando o saquinho simplesmente fazendo perguntas teóricas e rápidas para que o outro não respondesse em tempo e não fosse culpa dela sua vergonha ou uma simples trava de língua baseada do importuno.

- so sinto dores nas pernas, talvez por que alguém me chutou – falo em um tom baixo, mas ao mesmo tempo serio e direto ao ponto para que ela não fosse tão fingida a esse ponto.

- isso e bom – pegou a fixa do outro lendo o peso – 64 kg – falou alto e mediu na agulha o tanto de remédio que poderia ser aplicado a ele e andou ate ele, ate sua braço e se arrumou ali.

- alguém apareceu aqui pra me visitar ?- perguntou o retórico torcendo para eles não ligarem para o numero que avia na sua ficha, isso daria um pouco de dor de cabeça.

- bom, a uma hora, dois meninos deram entrada para achar você, mas já que estava sendo estabilizado, eles esperaram, literalmente acabaram de sair – pensou um pouco e olhou nos olhos escuros de jimin, com o mínimo de animo que achou dentro de si – Min Yoongi e Jung Hoseok eram os nomes, me lembro por que um tinha uma parte da blusa com um pouco de sangue, por ter te ajudado no acidente – aplicou e deixou o liquido sair, colocando um algodão em cima logo após – afinal o que aconteceu ?- perguntou novamente, mas agora o ar de duvida estava presente, não mais ironia.

- homofobia – ele arrumou as costas e suspirou com a dor um pouco mais psicológica que o normal.

- nos ligamos para o numero anexado na sua ficha – ela avisou e a mulher juntou as sobrancelhas em desconfiança – você e padre ?- perguntou oque era obvio.

- não – ele riu um pouquinho – eu só fui criado em um convento, meio que foi estranho – tentou explicar – ela disse que viria ou não ?- foi direto ao ponto e a mulher engoliu seco.

- ela surtou um pouco, e que iria dar entrada no hospital quando chegasse na cidade – avisou e jimin quis correr daquele lugar – se sentir algo e so apertar o botão atrás da maca – ela se levantou e pegou a ficha saindo novamente.

Ele suspirou e se olhou pelo pequeno espelho a frente de si, avia um curativo perto da sua sobrancelha esquerda, um ralado na sua bochecha e seus lábios agora aviam parado de sangrar e agora so parecia bem, mas ele se sentia inferior mais que ninguém. Tentava se convencer que avia feito o Maximo para não ser machucado, mas não foi o bastante, e o monstro ali não era ele, e sim o homem que avia o atacado por um motivo idiota e sem justificativa.

Bad (Bitch)Onde histórias criam vida. Descubra agora