Ana Narrando:
Não, não e não. O Noah pegou no sono de novo, coloquei ele na cama deitado com o maior cuidado e me deitei ao lado dele deixando o desespero tomar de conta.
O travesseiro começou a ficar molhado mas eu não queria parar. Minha vida virou de ponta cabeça. Não posso mais voltar para minha nova vida, não posso mais afastar meu filho disso tudo, não posso mais nem escolher onde vou ficar... Por que eu entrei naquele avião, meu Deus? Eu sei que é errado esconder o Noah do pai mas o Coringa praticamente ameaçou a vida dele. Respirei fundo e dei fim à minha crise. Tenho que ser forte por ele. Levantei, tirei o vestido e pôs um baby doll. Adormeci pedindo à Deus que esse novo rumo que a minha vida tomou tenha sido o certo. Acordei no outro dia com uma puta dor de cabeça, olhei pro lado e não encontrei o Noah. Preciso nem falar que me desesperei, né? Desci às escadas correndo, fui na cozinha e não tinha ninguém mas ouvi um barulho na área da piscina.
Estava o Coringa pleno segurando meu filho na parte coberta da piscina como se fosse normal tirar o bebê de sua mãe sem avisa-lá. Suspirei e fui até ele.
Eu: Não faz mais isso.- peguei ele no colo e beijei sua testa.- Quando for pegar ele avisa pelo menos.
Coringa: Do mesmo jeito que você avisou meses atrás quando tirou ele do país?- riu debochado.
Eu: Só avisa antes, por favor, tá? Eu fico preocupada.
Coringa: Suave, Ana. A gente bate aquele papo depois do almoço pode ser?- balancei a cabeça confirmando enquanto me afastava. Ana?- virei meu rosto para trás.- Ficou mó gostosa com esse shortinho.- foi aí que percebi o pijama deixando minha bunda um pouco de fora. Revirei os olhos e entrei.
Minutos depois:
Abri devagar a porta do quarto da gaby com Menor e a mesma ainda dormia, toda tortinha. Sentei na cama, dei outra mamada para o Noah que pegou no sono de novo. Coloquei ele na cama e me deitei também já que ainda eram 8 da manhã.
Xxx: Ô maluca.- acordei com alguém me balançando, abri os olhos lentamente e avistei o Coringa.- Papo reto, vocês só dormem e comem.- olhei pro lado e sorri vendo que o Noahzinho ainda dormia.
Eu: Daqui a pouquinho ele acorda.- levantei para ir ao banheiro.
Coringa: Certo, enquanto isso eu aproveito a visão.- virei para ele que estava deitado no meu lugar olhando descaradamente para minha bunda. Peguei uma almofada no chão, taquei nele e corri pro banheiro.
Quando saí o Coringa estava deitado de lado observando o Noah dormir.
Eu: Gato demais, né?- ele pareceu sair do transe e olhou para mim.
Coringa: Meu filho, né pô?- sorriu sacana, gato para porra também esse demônio.- Senta aqui pra gente bater o papo.- bateu do lado dele da cama. Me sentei suspirando.- Tuas coisas já tão arrumadas pra levar pra minha goma?
Eu: Você acha mesmo necessário a gente se mudar pra sua casa?
Coringa: Claro, quero tá presente na vida do meu filho.
Eu: Coringa eu sinto muito mais não posso ir morar na sua casa - ele me olhou com a cara fechada
Coringa: por que não pode tá maluca? - falou bravo
Eu: eu não vou incomodar a sua mãe morando lá ainda mais com um bebê que acorda de madrugada chorando - falei e ele riu
Coringa: não se preocupar com isso porque não moro mais na casa da minha mãe agora moro sozinho na minha casa não tem mais desculpa vc vai ir e pronto porra - falou e eu assenti não posso ficar na casas dos outros também né
Coringa: por que tu não me contou da gravidez?
Eu: Se lembra da última vez que vim aqui? Era uma social na tua casa.- ele balançou a cabeça confirmando.- Então, você falou um monte de merda. Disse que se uma menina aparecesse com um filho teu na barriga mandaria abortar e se ela não quisesse você não ia assumir. E pra mim abortar não era opção, já que você não ia aceitar meu filho mesmo pra que saber da existência dele?- suspirei ao terminar de falar, me senti leve.
Coringa Narrando:
Caralho, ela tinha levado a sério tudo que falei naquele dia.
Eu: Ana, sendo puro contigo, eu disse aquilo porque todo mês aparece um filho meu na barriga de uma puta, tinha que arranjar um jeito de assustar elas pra ralarem. Mas tu, uma mina firmeza, óbvio que eu não ia negar minhas responsabilidades, sou sujeito homem. Até porque não tinha nenhuma vantagem em você engravidar de mim, um favelado todo errado na vida, tá ligada?
Ana: Tô me sentindo boba agora.- mordeu o lábio, delícia.
Eu: Que nada, te assustei também com aquela fita toda, relaxa.- ri.
Ana: Eu posso te pedir uma coisa?
Eu: Fala tu.
Ana: Tenta não levar mulheres pra sua casa enquanto a gente tiver lá, sei que não temos nada mas não quero o Noah em um ambiente assim.- falou mexendo nas mãos, olha as neurose.
Eu: Não levo foda minha pra casa não, tenho um quartinho na boca pra...- fui interrompido por um choro fino, mó escandaloso o moleque.
Ana: Ô meu neném, calma, mamãe tá aqui. falou manhosa pegando ele no colo. Tirou a teta pra fora, enfiou na boca dele que chupou com força, na larica desde novo é foda.
Ana: Para de olhar pra o meu peito.- jogou uma almofada em mim.
Eu: Tô olhando pro meu filho, queridona. - mentira, tava era pensando na sorte que o menor tinha de tá com a boca onde eu queria tá, filho da mãe.
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complexo do alemão
FanfictionSou Ana, tenho 18 anos, moro desde que nasci no Morro Do Alemão. Sou Henrique mais conhecido por Coringa ou melhor O Dono Do Morro Do Alemão tenho 21 anos, comando o morro desde que meu pai morreu. Adaptada e recriada.