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Ana Narrando:

Ana,Ana, se concentra, há umas horas atrás ele estava gritando com você. Me levantei rapidamente mesmo meu corpo querendo fazer o contrário.

Eu: Tá ficando tarde, vou pôr o Noah pra dormir, boa noite.- falei e já virei de costas tentando fugir mas uma mão segurou meu braço.

Coringa: Espera, pô. Deixa o moleque dormir comigo.- pediu e eu ri.

Eu: Tá louco, né? Quer esmagar meu filho? Até eu que já sou acostumada vou pra cima dele de vez em quando.

Coringa: Dorme vocês dois comigo então. - estreitei os olhos pra ele.- Eu quero passar o tempo que puder com ele, já basta os primeiros meses dele que eu perdi.- cruzou os braços, me senti culpada.

Eu: Vou dar um banho nele e depois vou pro seu quarto.- disse e comecei a subir a escada antes que pensasse sobre as consequências dessa noite e desistisse.

De banho tomado e devidamente de pijama, peguei a manta que o Noah gostava de dormir e fui para o quarto do ogro. Bati antes de entrar. Ele estava esparramado na cama, com a tv ligada e o ar condicionado no dez pelo que pareceu.

Eu: Que frio, como você tá aguentando? Aumenta isso.- falei pulando na cama com meu filho no colo e cobrindo nós dois.

Coringa: É que eu sou muito quente, tá ligada novinha?- riu sacana mas pegou o controle e mudou a temperatura.

Eu: Idiota, obrigada.

Coringa: Vem pro pai, filho.- estendeu os braços para o Noah que pulou no colo dele sem hesitar. Pois é, carregamos por nove meses essas criaturas para depois elas nos trocarem pelo doador de esperma. Após muito tempo bagunçando na cama, o Noah começou a chorar com fome e sono. Peguei ele, ajeitei no meu colo, coloquei meu peito na boquinha dele e comecei a fazer cafuné. Em dois minutos ele já estava dormindo.

Coringa: Quem me dera dormir assim todas as noites.- rimos.

Botei ele na cama e me ajeitei também.

Eu: Boa noite, Coringa.- suspirei.

Coringa: Ou, dá boa noite direito, gata. quando abri os olhos ele selou nossos lábios, pediu espaço com a língua e eu dei. Já tava com muita vontade de fazer isso mesmo e tinha esquecido como aquele cachorro beijava bem, terminamos com selinhos.- Agora sim boa noite - me deu um beijo na bochecha e eu fui dormir sorrindo.

Passamos o resto daquela semana dormindo junto e se agarrando também. Nada demais, só um beijo aqui e outro ali, quando o senhor Noah deixava. Eu realmente não sei como me sinto sobre essas mudanças, conversei muito com a Gaby e ela só me disse para não se apegar porque o coringa não é flor que se cheire. Hoje era sexta e tinha baile. Queria ir mas agora sou mãe e tenho responsabilidades.

Gaby: Cheguei, piranha.- gritou entrando no quarto.- Oi, neném da dinda.- falou com o Noah que estava mamando e ele sorriu.- Vai pro bailão hoje, né?- começou a dançar funk sem música e eu ri.

Eu: Claro que não, né Gaby. Tenho um filho

Gaby: Não, amiga. Deixa ele com a mãe do Menor, você sabe que ela adora ele.- fez voz de choro.- E nem venha me dizer que não confia nela porque você confia sim.- se sentou do meu lado.- Por favor, amiga. Não me deixa sozinha.- uniu as mãos como se estivesse em oração.

Eu: Você ainda paga por tudo que me obriga a fazer.- ela levantou e começou a pular, revirei os olhos.

Passamos praticamente a tarde toda procurando uma roupa para mim, no final optamos por um vestido vermelho de veludo curto. Quando ela foi embora se arrumar, aproveitei que o Noah dormia e fui tomar meu banho. Enquanto estava no banheiro o coringa finalmente apareceu em casa depois de passar o dia fora. Perguntou se eu ia, com quem o Noah ia ficar e se eu queria carona. Como recusei a última, quando voltei para o quarto o cheiro dele estava por todo ambiente, tomou outro banho de perfume, só pode. Vesti uma lingerie preta de renda, sequei meu cabelo, fiz uma make básica caprichando no iluminador, coloquei o vestido e calcei o salto. Dei a décima conferida na bolsa do Noah para ver se não faltava nada e não faltava. Ouvi uma buzina lá embaixo, peguei a bolsa, botei o Noah que ainda dormia no colo e desci. Passamos na casa da Dona Carla e partimos pro baile. Ao chegarmos o Menor colocou cada uma de um lado e começou a cantar "chefe é chefe, né pai", rimos e entramos naquele formigueiro de gente. Estava muito lotado porque hoje quem ia tocar era Renan da Penha então fomos para aquela espécie de camarote.

Menor: Realmente chefe é chefe, né pai?- riu alto. Olhei na direção que ele apontava e encontrei o Coringa com duas meninas no colo dando um beijo triplo soltei a mão da Gaby já que eles estavam indo de encontro aos três e eu fui para o bar.

CORINGA NARRANDO:

Eu: Hoje eu me acabo, pai.- fiz toque com um parceiro logo em seguida parti pro bar. Peguei meu combo e percebi várias novinhas já me rondando, hoje eu caprichei mesmo, tomei até banho de perfume.

Depois de uma cotinha a Milena chegou em mim, ou era Micaela? Perguntei pra ela com quem veio e a mesma apontou pra amiguinha, não perdi tempo, já peguei a outra e coloquei no meu colo também. Peguei na nuca das duas e uni nossas bocas. Hoje era sem lei, semana que vem tinha missão e hoje poderia ser meu último baile, iria aproveitar.

Menor: Que isso, patrão? Deixa umas pros outros também.- o puto chegou gritando me fazendo parar o beijo. Fiz toque com ele, levantei fazendo elas saírem do meu colo e abracei a Gaby.

Eu: Meninas, vocês beijam pra caralho. Aproveitem o baile.- falei com elas e virei as costas.

Gaby: Você é tão ridículo.- disse rindo enquanto íamos no bar.

Eu: E gostoso também, gatinha.- puxei uma mexa do cabelo dela.

Menor: Ei, caralho, tira a mão do cabelo da minha mulher.- deu um tapa no meu braço.

Eu: Tá arriado até o estepe, né parceiro? gastei ele.

Menor: Pois é, quero ver quando for tua vez, mano.

Eu: Coringa se apaixonando? Jamais.- peguei meu copo de vodka com catuaba e um lança.

PK já tinha começado a tocar quando avistei aquela raba maravilhosa que me enlouquecia. Gostosa pra porra.

Eu: Oi, minha gata.- disse em seu ouvido a puxando pela cintura.

Ana: Me erra, Henrique.- se soltou de mim.
Chamou pelo meu nome tô fudido

Eu: Companhia melhor que a minha você não vai achar.- tentei pegar em seu rosto mas ela afastou minha mão.

Ana: Qualquer companhia é melhor que a sua.- me deu as costas.

Fiquei muito puto mas deixei passar, não ia estragar meu baile por causa disso. Depois de beijar muito e botar algumas pra mamar decidi ir pra casa, rapidinho ia amanhecer. Procurei a louca pelo camarote pra oferecer carona mas não achei, quando estava descendo vi uma cena belíssima. Ela beijando um playba. Cheguei perto dos dois e comecei a bater palma. Eles olharam pra mim, encarei o menino e ele pareceu que cagou nas calças. Me trocar por um Zé desses... Saí de lá e embiquei pra casa mais puto do que eu já tava.

complexo do alemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora