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Ana Narrando:

Saímos do banheiro e eles já tinham ido embora, Henrique era uma desgraça mesmo. Fiquei arrumando as coisas com a Gaby enquanto ele ia dar banho no Noah e colocar ele para dormir. Arrumamos só por cima mesmo já que amanhã tinha o chá e ia sujar tudo de novo.

Subimos, eu estava mortinha.

Menor: É foda, meu parceiro. Tão dormindo na sua casa, reclama que o chuveiro deixa a água quente demais e ainda vem pegar roupa tua. Vou começar a cobrar a diária a partir de agora.- estava de braços cruzados na porta do quarto.

Coringa: Fala baixo, filho da puta. Vai acordar o Noah.- jogou uma almofada nele que jogou de volta e os dois já começaram a rir parecendo duas crianças.

Eu: Tá na hora de dormir, crianças.- peguei a almofada da mão do Henrique que ia jogar ela novamente no Menor.

Menor: E não esqueçam, pra transar é mais caro. - fez sinal de dinheiro com a mão.

Rimos e cada casal entrou no seu quarto. Fui direto para o banheiro tomar banho mas não demorei muito. Realmente aquela água dava para depenar galinha. Saí procurei um baby doll fresquinho na mala e vesti. Afastei o Noah com cuidado para o lado da parede e deitei em cima do Henrique.

Eu: Às vezes você fica pesando "Meu Deus, foi eu que fiz esse ser humaninho?"- olhei para ele que ria.

Coringa: Fumou um beck que horas, filha? Mó briza.

Eu: Deixa de ser idiota.- dei um tapa nele. Também não falo mais nada com você.- cruzei os braços.

Coringa: Ô, amor da minha vida.- me abraçou forte.- Foi a gente mesmo que fez esse molequinho e olha o tamanho que ele já tá.

Eu: Tô com medo.- falei já começando a chorar.

Coringa: Medo de que, Ana?

Eu: De não ser o suficiente pra vocês. Mal aprendi a ser mãe e olha eu aqui já com outro bebê na barriga. Será que vou dar conta? E se os dois começarem a chorar ao mesmo tempo? Eu tô com medo e a gente nem tá junto. - chorei, chorei como se não houvesse amanhã.

Já tinha um tempo que eu vinha com isso na cabeça. Vou ser mãe de duas crianças, DUAS. Se eu achava complicado só com o Noah imagina agora. Esse sentimento de impotência é horrível e não consigo me desfazer dele.

Coringa: Ana, olha pra mim.- segurou meu rosto.- Você é uma mãe maravilhosa e tenho certeza que também vai ser pra esse bebê que tá vindo. Vai ser mais difícil? Vai, sem
dúvidas mas nós conseguimos. E que eu saiba nunca estivemos separados, não de verdade. Você é minha mulher, a mãe dos meus filhos e sempre vai tá no meu coração. A macumba que você fez pegou com força mesmo, gatinha.- riu.- Se os dois chorarem ao mesmo tempo ótimo, eu pego um e você o outro. Vou estar do seu lado pra tudo, eu te amo.- passou a mão tentando limpar minhas lágrimas mas não adiantava.- Ana, eu falei isso tudo pra você parar de chorar e não chorar mais, cara.

Eu: É por...porque você nunca é carinhoso comigo..go.- respondi soluçando. Eu não conseguia parar mas agora não era de aflição e sim de felicidade. Amo tanto ele e nossos filhos, as vezes acho que o coração vai explodir.

Coringa: Para que eu sempre sou carinhoso. - revirou os olhos, ele sabia que não era.- Vem, vou colocar meu outro neném pra dormir. - me puxou e ficamos de conchinha enquanto ele fazia carinho no meu braço, ou pelo menos tentava.- Eu não sei ser carinhoso, nunca precisei ser mas por você eu tento. Faço qualquer coisa por você.- beijou minha bochecha.- Sou todo errado mas por vocês eu faço as coisas certo.

Eu: Te amo muito.- disse parando de chorar começando a ficar com sono.

Coringa: Te amo mais, nossa família vai dar certo.- me apertou mais.

complexo do alemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora