Ana Narrando:
Já fazia quase um mês que o Henrique estava internado. Pois é, nos filmes os atores que são feitos de peneira saem do hospital no dia seguinte mas na vida real é diferente. Não fui vê-lo mais, não acho que ele queira contato com uma estranha nesse momento difícil e estressante de recuperação. Mandei a mãe do Menor levar o Noah as vezes pra ver o pai, ele tem um relacionamento com o Henrique pra cobrar, eu não.
O morro tinha amanhecido agitado e eufórico, o chefe volta hoje. Vai ter uma social aqui na casa dele, até tentei fugir mas com a Gaby não teve conversa, tive que ficar, droga. Vesti uma camiseta da Adidas e um short, peguei meu tênis e coloquei aproveitei e coloquei meu relógio.
👇terminei de dar os últimos retoques na make, peguei meu baby e fui pro banheiro, dei banho nele peguei um conjunto da Nike e um bonezinho que ele ganhou da Gaby.
👇Meu neném é tão preguiçoso que acabou dormindo assim que saiu do banho. Peguei ele no colo e desci. Escutei fogos quando estava na escada. Ele abraçava todos ou acenava. Um dos fogos fez um barulhão, deve ter dado problema, o Noah se assustou e começou a chorar. Subi com ele de volta, o acalmei, esperei a zuada diminuir e desci. Quando fui entregar o Noah pra ele senti uma enorme vontade de abraça-lo, tava com muita saudade mas não posso. Talvez isso tenha acontecido como aviso que nós dois não éramos pra ser mesmo.
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A festa foi tranquila, fora as drogas que rolavam soltas. Fiquei todo o tempo conversando com a Gaby, ela acha que está grávida, fiquei muito feliz por minha amiga, amanhã vamos na farmácia comprar alguns testes pra confirmar. Depois dela ir embora, coloquei o meu neném pra dormir e fui pegar minhas coisas no quarto do Coringa, enquanto
ele tava no hospital continuei dormindo na cama dele, talvez tentando enganar a mim mesma achando que tudo ia voltar a ser como antes. Despertei dos meu pensamentos com a porta sendo aberta bruscamente.Coringa: Esse não é meu quarto?-perguntou com voz de bebado e entrou trocando os pés.
Eu: É sim, só vim pegar umas coisas minhas que tavam aqui.- ele me olhou com cara de confuso.
Coringa: A gente namorava? - neguei. Como vou explicar o que a gente tinha pra ele? - Por que você não foi no hospital me ver?
Eu: Porque você não lembra de mim e eu não queria forçar a barra.
Coringa: Que nada, cara. Mulher bonita é sempre bem-vinda, principalmente se for gostosa, com todo respeito. - olhou pra minha bunda. - Quer dizer, com respeito nenhum, você é quase minha mulher, posso te chamar de gostosa. - riu.
Eu: Você precisa de um banho e dormir, só tá falando besteira. Boa noite. - fui em direção à porta mas ele segurou meu braço.
Coringa: Não tô bem, me dá banho?- fez bico.
Eu: Não, vou pro quarto de hóspedes. Boa noite.- puxei minha mão e ele segurou mais forte.
Coringa: É sério, mina. Não tô conseguindo ficar em pé, tudo roda.- fechou os olhos e sentou no chão.
Eu: Você ainda me paga, Henrique- ajudei ele a levantar e coloquei um dos seus braços em volta do meu pescoço.
Fomos pro banheiro coloquei ele sentado no vaso sanitário e fui no chuveiro regular a temperatura.Coringa: Caralho, que tontura- falou quase gritando.
Eu: para de grita porra se o Noah acordar vc que vai ficar com ele, ninguém mandou vc ficar bebendo até não aguenta mais - ri mas parei assim que virei pra frente, ele tava pelado, tinha até esquecido o quanto ele era bem dotado.- Avisar é bom, colega.- tapei minha visão com as mãos.
Coringa: Se a gente tem um filho com certeza você já viu tudo isso aqui, olha o drama. - passou cambaleando por mim.
Eu: Mas não sou obrigada a estar vendo essa cena sem necessidade.
Coringa: Deve ter sentado pra porra na piroca do pai e agora tá falando isso.- gargalhou e eu fiquei mortinha de vergonha.
Eu: Termina logo o banho, vou ver como o Noah tá por enquanto.- falei já saindo do banheiro.
Meu neném estava super pleno dormindo no berço de boca aberta, devia tá mega cansado da farra com o pai.
Quando voltei para o quarto do Henrique ele já estava de cueca secando o cabelo com a toalha, não sei qual quarto tinha o mais gostoso.
Coringa: Pô, a baba tá caindo.- riu.
Eu: Ih, me erra, garoto!- daqui a pouco realmente iria cair - Já tá de banho tomado, bebê. Boa noite.- acenei.
Coringa: Boa noite, Aninha.- olhei espantada pra ele.- Que foi?
Eu: Você me chamava assim antes do ...- a frase morreu.
Coringa: Queria muito lembrar de tu e do meu filho. Desculpa.- assenti e saí. não queria falar sobre isso, ainda me doía.
Fui pro quarto de hóspedes, vesti meu baby doll, deitei, trouxe meu neném pra perto de mim e fechei os olhos. Fiquei pensando em tudo até o sono me dominar.
Acordei no outro dia com pernas entrelaçadas nas minhas, um aperto na cintura e uma respiração na minha nuca. Que merda é essa?
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complexo do alemão
FanfictionSou Ana, tenho 18 anos, moro desde que nasci no Morro Do Alemão. Sou Henrique mais conhecido por Coringa ou melhor O Dono Do Morro Do Alemão tenho 21 anos, comando o morro desde que meu pai morreu. Adaptada e recriada.