Ana Narrando:
Acordei às 5 da manhã e depois não consegui mais dormir. Sentia uma agonia no peito, gastura e vontade de chorar. Tentei enfiar na minha cabeça que eu nunca estive nessa situação e isso justificava o que eu estava sentindo. Ouvi um barulho de choro e corri para o quarto. Fiquei acalmando o Noah até ele dormir de novo. Fiquei olhando para ele e acabei apagando pedindo à Deus que tudo desse certo. Levantei no susto com meu celular tocando, atendi sem nem ver quem era.
LIGAÇÃO ON
Eu: Alô?- recebi de resposta o silêncio.- Alô? nada ainda.- Você não tem mais nada pra fazer, não?- me irritei.
Xxx: Sou eu, Ana, o Menor.- disse baixo.
Eu: Aconteceu alguma coisa? Cadê o Henrique?- o coração já estava quase saindo pela boca.
Menor: Ele foi baleado e a gente tá aqui no hospital perto do morro. Tem um vapor na tua porta esperando pra te trazer.- comecei a chorar.- Vai ficar tudo bem, viu?
Eu: Uhum.- falei e finalizei a chamada.
LIGAÇÃO OFF
Eu estava sentindo, eu pedi para ele não ir, puta merda. Troquei de roupa rápido, fiz o mesmo no Noah, peguei a bolsa dele coloquei o necessário e desci. Cheguei no hospital desesperada procurando o Menor por todo lado.
Achei ele sentado com a cabeça entre as mãos.
Eu: O médico já veio falar algo?- sentei ao seu lado.
Menor: Não mas acho que daqui a pouco ele vem.- sorriu sem mostrar os dentes. - Fala tu, menor. - olhou e riu para o Noah que estendeu os bracinho indo para o colo do tio.
Xxx: Familiares de Henrique Verdelho?- vi um homem com prancheta na mão.
Eu/Menor: Aqui.- dissemos ao mesmo tempo levantando.
Dr: O paciente já está no quarto, apenas fizemos a cirurgia de remoção da bala. Nenhuma área comprometedora chegou perto de ser atingida. As visitas começaram em 15 minutos. - senti que cem quilos foram tirados das minhas costas.
Eu: Obrigada, doutor.- ele sorriu.
Dr: Apenas fiz meu trabalho.
Menor: Ele já tá acordado?
Dr: Não, pensamos que a cirurgia seria bem mais complicada por isso administramos uma dose generosa de anestesia. Provavelmente ele só irá acordar amanhã. Com licença, tenho que ir. - nos despedimos do médico e ele se foi.
Menor: Graças a Deus deu tudo certo, tava com medo mas esqueci que vazo ruim não quebra fácil. - riu - Dei um tapa nele e esperamos para ver ele.
...................................................................................
Comecei a chorar quando vi ele na cama desacordado com um monte de fio no braço, abracei ele e beijei sua boca com cuidado.
👇Coloquei o Noah perto do pai dele que acabou dormindo também e fiquei conversando com o Menor. Combinei com a mãe dele pra ela cuidar do meu bebê enquanto dormi essa noite com o Henrique. Ajeitei o sofá do quarto e deitei bem mais tranquila do que horas atrás. Despertei com alguém resmungando. Abri os olhos e vi ele querendo arrancar os fios do braço. Sorri.
Eu: Ei, tá louco? Não faz isso. - fui até ele. Nunca mais me dê um susto desse, da próxima vez termino de te matar.- fui o abraçar mas ele se afastou.
Coringa: Quem é você?
VOCÊ ESTÁ LENDO
complexo do alemão
FanfictionSou Ana, tenho 18 anos, moro desde que nasci no Morro Do Alemão. Sou Henrique mais conhecido por Coringa ou melhor O Dono Do Morro Do Alemão tenho 21 anos, comando o morro desde que meu pai morreu. Adaptada e recriada.