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Coringa Narrando:

Saí do banheiro e já dei de cara com aquele talarico colado nela de novo, se fuder também. Sentei na mesa mais puto que antes se isso era possível.

K9: Qual foi?- me cutucou.- Gozou não?- riu.

Eu: Pode tratar de arranjar um sub novo, o Playboy já era, vai rodar daqui a pouquinho. - ele nada disse, só deu um gole na sua cerveja.

Continuei bebendo meu whiskey na minha, se eu olhasse pra trás ele tava fudido. Comecei a balançar a perna impaciente. Olhava fixamente pro chão em minha frente até ele ficar com uma forma de peitos.

Eu: Fala tu.- encarei a Marcelinha que mascava chiclete parecendo uma vaca.

Marcelinha: Ah chefe, quando a gente vai repetir aquela dose?

Eu: Qual aquela que tu não conseguiu nem me fazer gozar?- ri sarcástico.

Marcelinha: Mas se você der uma segunda chance...- ela deixou a frase morrer no ar olhando atrás de mim.

Nessa hora senti unhas passando por minha nuca e descendo pelo meu peitoral. Olhei pra baixo, conheceria aquelas mãozinhas a quilômetros.

Ana: Se você não cortar agora o papo com essa piranha ou ficar rendendo pra outra, saiba que vou passar a noite toda quicando igual ontem mas com certeza não vai ser em cima do seu pau.- deu um beijo na minha bochecha e saiu rebolando entrando dentro da casa.

Eu senti meu corpo se arrepiar só de pensar ela sentando em outro, isso não ia acontecer nem por cima do meu cadáver. Morria mas antes deixaria cada vapor meu pra impedir. A ideia de ir pegar minha arma fica melhor a cada minuto. Voltei a realidade com dedos estralando na minha frente.

Marcelinha: Coringa...- levantei a mão não deixando nem ela terminar.

Eu: Fica longe de mim, demônio.- peguei meu copo, levantei e saí em direção a churrasqueira.

Ana Narrando:

Meu coração bate acelerado contra o peito. O medo dele tacar o foda-se e continuar conversando com ela quase me dominando. Eu que traí ele e agora estou exigindo algo mas ao mesmo tempo penso que ele já errou feio comigo também.

Xxx: Ei.- Camilla me sacudiu.- Tava vendo a hora de sair fumaça da sua cabeça, tá pensando em que?

Eu: É uma longa história.- suspirei.

Camilla: Ainda bem que tô com tempo então. - rimos.

Pegamos carne, refrigerante e o Noah. Subimos e ficamos no quarto que eu estou dormindo.
Contei tudo a ela.

Camilla: Acho que o Playboy tá certo, finalmente fez alguma coisa além de me fazer passar raiva.- riu.

Eu: Me conta agora de você, namora o K9?

Camilla: Não mesmo. A gente meio que se gosta.

Eu: Acha que vai me enganar com esse papinho? Desde quando ele ia te carregar pra cima e pra baixo se só meio que gostasse de você?

Camilla: Tá, a gente já namorou por 6 anos. -  empalideci na hora.

Eu: 6 anos?-perguntei boquiaberta e ela riu.

Camilla: Sim. Quando a gente começou ele tinha nove anos e eu quatro, minha mãe falava que era super fofinho ele morrendo de ciúmes de mim quando eu ia brincar com os outros meninos.- riu.- E sim, eu aceitei mesmo um namoro com só quatro anos. Mas ele só me beijou a primeira vez quando eu tinha uns oito. Terminamos quando ele completou quinze, foi nessa idade que ele começou a se envolver de verdade com o movimento. Isso não é nem metade da história.

complexo do alemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora