Primeiro Dia

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Gente quero dizer que vou colocar alguns nomes dos personagens das obras originais no decorrer da fic, porém nem todos serão como na série e nos filmes. Boa leitura e espero que gostem.

...

• pov. Rafaella •

Acordei com meu celular despertando loucamente debaixo do meu travesseiro, o peguei vendo as horas que marcavam seis e quinze da manhã. Me levantei, fui até o banheiro e fiz minha higiene matinal, voltei pro quarto e peguei a primeira roupa que vi no guarda-roupa e vesti. Sim, eu acordava com um péssimo humor. E hoje não estaria diferente, talvez até pior, havia acabado de mudar para uma cidade que eu não conhecia ninguém, iria para uma escola nova, aliás, a novidade iria ser eu, e eu odiava ser o centro das atenções.

...

- Bom dia meu amor. minha mãe disse animada quando me sentei à mesa com ela.

- Menos pra mim.

- Nossa filha, nem hoje que você vai para uma escola nova pode melhorar o humor um pouco?

- Mamãe só você acorda animadas, você e a Manu, as únicas.

- Tá com saudade dela né?

- Muita, como vou viver sem minha melhor amiga?

- Ela pode vir te visitar.

- Até porque é a mesma coisa né mãe? falei frustada.

- Toma seu café se não você vai se atrasar para o seu primeiro dia de aula. ela disse e eu revirei os olhos e comecei a comer.

- Deveríamos ter ficado em Washigton.

- Minha filha você sabe que eu quis que a gente se mudasse para tentarmos recomeçar, eu não digo esquecer o seu pai, isso é impossível, mas aquele lugar não estava mais nos fazendo bem, principalmente você minha filha, tem um tempo que venho te observando e você não parece ser aquela minha menina, minha Rafaella. ela disse e eu desviei meu olhar do seu.

- Eu continuo a mesma mamãe.

- Tem certeza? Cadê aquela menina que vivia cantando animada pela casa, aquela menina palhaça que me fazia rir todos os dias, eu e seu pai, aquela menina meia atrapalhada, que saia pra se divertir com seus amigos, aos poucos você foi se fechando no meu mundinho minha filha, claro, continua com seu jeitinho doce, mas algo em você mudou e eu tenho certeza que tinha a ver com o Henry. ela falou por fim e meus olhos se arregalaram num impulso.

- C-claro que não mãe, o Henry não tem nada a ver com o que se passa dentro de mim. Na verdade tinha tinha sim.

- Não sei porque você me omite a verdade, mas espero que saiba que eu sou sua mãe e você pode confiar em mim, quando quiser desabafar eu estarei aqui.

- Eu tô bem. falei tentando convencer mais a mim mesma do que à ela.

- A perda do seu pai foi doloroso, eu sei, esses sentimentos que você vem guardando pra si, devem tá doendo, mas a gente tem que saber enxergar as coisas boas da vida, sempre existe um novo olhar, um novo caminho, uma nova maneira, um novo jeito de recomeçar, sempre tem uma saída minha filha.

- Certas perdas nos tornam mais inteiros. falei a frase que li uma vez, fazia sentido na minha vida.

Me levantei levando o prato e a xícara até a pia e fui ao banheiro lavar minha boca, peguei minha mochila e voltei pra sala.

- Vamos?

Minha mãe era enfermeira e ela conseguiu um trabalho em uma clínica. Fomos o caminho todo conversando sobre alguns pontos da cidade. Mystic Falls era bonita, não podia mentir. Uns 15 minutos depois, minha mãe parou o carro na esquina que dava acesso à minha escola, a clínica ficava mais à frente.

- Tchau meu amor, boa sorte no seu primeiro dia de aula. disse me dando um beijo na testa.

- Tchau mãe, bom trabalho, te vejo à noite?

- Sim.

- Tá bom, beijo.

- Beijo.

Sai do carro e ela deu partida no mesmo. Atravessei a rua e andei mais um pouco até chegar no colégio Mystic Falls, sim, a escola tinha o nome da cidade, criatividade zero.

...

Eu odiava ser o centro das atenções e naquele momento eu estava sendo, assim que coloquei o pé no pátio da escola vários olhares se voltaram pra mim. Continuei andando sem me importar ou tentando, até sentir um corpo batendo contra mim quase me jogando no chão.

- Ei tá cega? perguntei nervosa.

- Olha me desculpa, meu amigo me empurrou, não tive a intenção de te machucar. ela se explicou.

- Tudo bem, desculpa a grosseria, é que eu estou uma pilha de nervos.

- Sem problemas, muito prazer Lessie.

- Prazer, Rafaella.

- Novata né? Se prepare, na primeira semana você vai ser assunto nessa escola.

- Odeio.

- Vem cá, deixa eu lhe apresentar meus amigos. disse me puxando até um grupo de pessoas que me olharam no mesmo momento.

- Gente, essa aqui é a Rafaella, a aluna nova, Rafa... posso te chamar assim? perguntou.

- É o meu apelido. respondi sendo óbvia e ela me deu sorriso de lado.

- Rafa, esses são Caroline, Elena, Bonnie, Emma, Damon, Stefan, Andrew e Josh.

- Oi gente, prazer. falei simpática.

- Prazer Rafaella. todos disseram juntos.

- E que prazer. Damon disse e levou um tapa de Elena. Revirei os olhos.

- Ignora o Damon, que às vezes ele é desnecessário, só a Elena aguenta ele. Caroline disse.

- Ah claro, falou a namorada do irmão dele. ironizou.

- São irmãos, mas o Stefan não é igual o Damon.

- Pois é, temos que concordar.

- Ah bruxinha Bennett você me ama que eu sei. disse sarcástico.

- Bruxinha? questionei.

- Ele me chama assim, apelido carinhoso. disse forçando um sorriso pro mesmo.

- De onde você é Rafa? Emma me perguntou.

- Washington. respondi.

- E por que quis se mudar pra cá? Elena me questionou.

- Na verdade eu não queria, mas vim pela minha mãe, tentar recomeçar. disse as duas últimas palavras entre aspas.

Ficamos conversando mais um pouco e acabei me enturmando, quer dizer, acho que Elena não tinha ido muito com a minha cara acho que por causa de Damon, se ela soubesse que a última coisa que tô procurando é homem. Tinha gostado muito de Lessie, ela era muito extrovertida, Caroline e Emma também eram adoráveis, Bonnie era mais fechada na dela, mas as poucas palavras que trocamos, foi educada e gentil.

Talvez não seria um bicho de sete cabeças conviver com pessoas diferentes. Manteria um pouco das esperanças.

...

Gostaram do capítulo amores? Vem Gizelly, o que será desse encontro?

Meu Anjo da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora