ENTRE MUNDOS

15 - O Banho Místico

E aí, meus amores! A paciência está em dias? Kkkk

Não demorei muito pra voltar, né? Precisava de tempo para finalizar o capítulo e ele finalmente está aqui.

Felizmente à espera acabou, vamos para mais um! Votem e comentem muito... e preparem a mente pra esse capítulo ;)

Boa leitura!

•

A noite logo chegou, e com ela uma ansiedade qual eu não ao menos sabia explicar. Era uma situação um tanto estranha dividir o quarto com a rainha, mas mesmo em meio a aquela situação fora do que era corriqueiro, continuei a me portar da mesma forma de sempre, ou seja, como uma mera empregada.

Padre Charles fez questão de anunciar a majestade que a ceia seria servida, e a nós servos, nos ordenou que fôssemos ao cômodo dos fundos, onde alguns de seus próprios empregados faziam suas refeições, mas antes mesmo que nós pudéssemos nos direcionar para onde foi nos mandado, Karla pronunciou-se.

— Kitae, Jauregui, vocês sentarão a mesa conosco por essa noite.

Suas palavras me pegaram completamente em surpresa, pois eu realmente não imaginava que ela pudesse fazer um convite como aquele. Mas além de minha surpresa, o padre veio a se superar, pois proferiu em completa incredulidade:

— Majestade... são servos.

— Estão entre os mais eficientes. – disse Karla retrucando a fala com tons pejorativos daquele padre. – mexam-se, vamos cear!

E assim, sem mais objeções e em completo silêncio fomos a sala de refeições daquele rancho, enquanto os outros guardas da rainha se direcionaram para o cômodo dos fundos.

A mesa estava farta, desde as melhores comidas até as melhores bebidas. Fazia tempo que eu não via tanta fartura em um único lugar. Sentei no lado oposto da mesa, ficando de frente para Karla que havia cedido à cabeceira ao anfitrião.

Aquele momento era um dos mais estanhos quais eu estava vivendo. Sentada à mesa com a rainha, e sendo servida por outros empregados quais eram designados a exercer a mesma função que a minha, enquanto aquele padre nos olhava em completo desdém. Sentia-me desconfortável, não por conta de Karla que aparentava estar tranquila - até porque foi a mesma que sugeriu aquilo - mas por aquele homem estava visivelmente insatisfeito ao estar compartilhando sua ceia com pessoas inferiores a si.

— Sabem ao menos usar os talheres? – disse o homem enquanto bebericava de sua sopa.

Toda sua falta de respeito para conosco estava indo além, eu e Kitae estávamos retraídos em vista a aquele momento embaraçoso. Eu sabia me portar devidamente em quaisquer situação, mas aquilo não queria dizer que eu era obrigada a ouvir certos absurdos enquanto estava sentada à mesa a convite da maior autoridade existente, por isso, com toda minha petulância e conforto por saber que aquele homem estava longe do patamar de Karla para que pudesse me condenar por alguma palavra minha, me pronunciei.

— Alteza, a senhora terá que me perdoar. – falei olhando para Karla que de início não entendeu o que eu pretendia, mas eu realmente não detinha de tanta paciência para suportar aquele homem tentando a todo custo nos inferiorizar. – senhor padre, sabemos sim usar os talheres, aqui não há nenhuma pessoa sem cérebro. Tenho etiqueta sim, obrigada. Pelo o que pude observar, quem não tem conhecimento algum sobre é o senhor, que está usando uma colher de sobremesa para comer sopa. – logo em seguida, apontei para a colher qual ele deveria estar usando. – a correta é esta. Espero tê-lo ajudado.