10 - Desafios

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Bom pessoal, vou esclarecer aqui alguns pontos do enredo que percebi que muitos estão em dúvida. A história se passa na era medieval, não há como saber o tempo exato que se passa, porém alguns, ou muitos aspectos serão mudados, devido que essa era tinha lá suas peculiaridades que vejo que não agregam. Possa ser que se passem situações, ou até mesmo objetos que naquele tempo ainda não existia.

Lembrem-se, se trata de uma ficção, onde tudo é possível, conforme minha criatividade permitir.

Agora, vamos deixar de falação e vamos para o capítulo!

Votem e deixem seus comentários! 😊

Boa leitura!

Raiva é um sentimento que nos acompanha por toda a vida. É comum e saudável não abafa-la, embora existam meios de fazê-lo para não afetar as pessoas ao nosso redor ou prejudicar a nós mesmos. Se bem administrada, a raiva pode até mesmo trazer benefícios para nossas vidas. Como, por exemplo, utilizar uma situação que lhe causou grande indignação como motivação para mudá-la ou mudar a sua vida. É uma forma de transformar um sentimento negativo em energia positiva.

A raiva é um de nossos muitos mecanismos de proteção. Quando me sentia injustiçada, a raiva surgia para me colocar em uma posição de ação. Em outras palavras, era uma resposta intensa a uma ameaça. Não que eu fosse responder aquilo de maneira agressiva, visto que não condiz com minha personalidade, porém aquela mulher me deixava a ponto de arrancar os seus cabelos.

Todas as situações quais eu passava por conta dela, me encorajava a procurar soluções para problemas que me perturbava uma vez que a motivação recém-adquirida é superior a insegurança e a vergonha. Acreditava estar em certo perigo devido à suas explícitas desconfianças, e o mais lógico a se fazer era procurar uma defesa. Mostrar-lhe o contrário do que ela via.

Quando cheguei em casa, era noite, um pouco mais tarde do que estava habituada. A afobação dominava meu corpo, o cansaço físico e psicológico era nítido. Meus familiares já haviam feito a ceia, e não os julgava, afinal, não mereciam esperar tanto para alimentar-se.

Arín não encontrava-se em casa, e não me dei ao luxo de questionar Normani onde o homem estaria, já que não queria trazer novamente um clima ruim. Esperava muito ter uma conversa civilizada com ele, pois tudo que eu não precisava naquele momento era a preocupação de que ele não fosse me aceitar da maneira que eu era.

— Mãe, quero conhecer a rainha. Ela é como as princesas das histórias que você me conta? Como ela é? – Jasmine perguntou-me após ouvir a conversa que eu estava tendo com Normani sobre aquela mulher.

Era óbvio que eu me permitia a extravasar em palavras toda minha indignação para com o tratamento injusto que ela me direcionava. A mulher me detestava, era algo inquestionável.

— Não, filha. Melhor não conhecê-la. Ela é apenas uma senhora, uma velhinha de 84 anos, ranzinza e chata que nos dar beliscões quando não atendemos a seus pedidos. Uma anciã que vive com uma xícara de chá nas mãos trêmulas nos falando absurdos e me trata com imbecilidade.

Falei tais coisas afim de tirar da mente de Jasmine a ideia desconexa de conhecer aquela rainha. Em alguns aspectos, de fato menti. Não a isentava da verdade, pois aquela mulher era uma verdadeira tirana. Tinha ciência de alguns de seus costumes, mas o constrangimento sobre o seu banho foi gritante. Nunca havia passado por tal situação em toda minha vida. Naquele momento eu realmente não sabia onde me jogar, mas, não podia negar, internamente, é claro, que se tratava de uma mulher explicitamente linda.

ENTRE MUNDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora