16 - A Tempestade

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A previsão do tempo diz que o céu fechoooou

Fala a verdade, nem deu tempo de sentir saudades, né?!

Vamos para mais um? Espero que curtam esse capítulo! Mas antes, vocês sentem que estão realmente preparados(as)? ;)

Boa leitura!

Retornei para minha casa sentindo-me com um misto de sentimentos. Desde que havia ido parar naquele vilarejo, me deparar em fazer trabalhos para uma rainha, não cogitei nem por segundo que alguém além de minha família fosse ter conhecimento sobre minha sexualidade. Chegava a ser desesperador, ao mesmo tempo que era um alívio dela estar a par daquilo mas mesmo assim relevar e deixar-me viver.

Adentrei minha residência e logo fui dar atenção a minha filha, que precisava de minha presença visto a minha ausência durante todo o dia. Normani e Arín estavam ali a cear, nos cumprimentamos, e nem por um segundo eles me olharam torto, por talvez eu estar conseguindo demonstrar uma calma diante a aquela descoberta da rainha.

— Sente-se conosco, Lauren. Venha cear! – disse Arín gentilmente.

— Nesse momento estou sem apetite, talvez mais tarde eu me alimente. – avisei puxando um assento para me acomodar juntamente a eles, mesmo não me servindo da refeição que estava disponível à mesa.

Como Jasmine já havia se alimentado, pedi para que ela fosse para nosso quarto, afim de me deixar a sós com seus tios, e assim ela gentilmente o fez.

— Há algo errado? – Normani questionou em uma evidente linha tênue de desconfiança.

Fiquei em silêncio por alguns instantes, preparando-me psicologicamente para lhes contar a verdade. Meus familiares precisavam estar a par daquele assunto sobre mim, até mesmo visto que eu jamais os esconderia.

— A rainha descobriu sobre mim... sobre eu ser...

— O quê? Meu Deus! Precisamos ir embora daqui imediatamente! – disse Arín levantando-se de seu assento completamente atônito com a informação que lhe foi dada, logo depois ele se aproximou de mim, me analisando por completo. – aconteceu algo? Está inteira?

— Ei, calma! Estou inteira, ela não me fez nada. – tentei lhe acalmar daquele surto repentino.

Eu o compreendia. Em todo aquele tempo que estávamos em Iffihen, tratei de esconder principalmente aquele fato da rainha, e justamente ela havia descoberto. Ela definitivamente era a última pessoa qual poderia saber de tal coisa, e lá estava eu, lhes contanto justamente o que tanto ocultávamos.

— Como assim, Lauren? Ela vai mandá-la para a forca, depois irá jogar seu corpo numa fogueira em meio a praça! Precisamos ir embora, agora! – Arín ainda em seu estado de torpor proferia as palavras apressadas.

Chegava a ser até um pouco cômico. Eu tentando parecer calma o suficiente em lhes dizer aquilo, Arín em meio a um desespero sobre o que poderia acontecer comigo, e Normani apenas me analisando de todas as formas possíveis. A mulher era afiada até demais para não estranhar meu comportamento singelo.

— Não se desespere. Ela prometeu não me fazer mal algum desde que eu seja fiel ao seu reinado. Ela reconhece o meu valor... – falei.

— O que está dizendo? Isso é verdade? Não consigo acreditar! — Arín continuou a questionar como se o que eu estivesse a lhe dizer não entrasse em sua mente.

— Sim, é verdade. Para ser sincera, ela sabe de mim há muito tempo e isso só veio à tona hoje. De forma quase que misteriosa, ela reconhece que de alguma forma precisa de mim, viva. Prometeu-me deixar viver, se eu permanecer a me esconder, da forma qual eu já estava fazendo. No final das contas, tudo irá permanecer da mesma forma. – fingi dar de ombros para aquilo, quando por dentro não parava de perguntar por uma resposta plausível para o que de fato estava acontecendo.

ENTRE MUNDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora