12 - O Duelo

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Finalmente os refrescos, né mores?

Realmente não sei quando irei atualizar, mas tudo no seu devido tempo! Espero que aproveitem bastante porque esse cap tá massa!

Votem e comentem bastante! 🤩

Boa leitura!

O dia seguinte havia chegado e com ele uma ansiedade incomum que me corroía a carne. Aquele dia em específico, guardava surpresas quais eu sentia uma tremenda ansiedade sobre.

Era o dia do duelo. Eu não fazia ideia de como aquilo se sucederia, pois sentia-me receosa de como aquilo poderia acabar. Eu era uma louca imprudente em ameaçar aquela mulher tão explicitamente, quando na verdade minhas chances contra si eram mínimas. A única coisa que eu torcia internamente era que ela não cumprisse com sua alegação de que me mataria no final das contas.

Não havia me arriscado a ao menos comentar com os meus familiares sobre aquela maluquice qual eu havia entrado, ou então certamente os mesmos iriam querer sair de Azohá sem pensar duas vezes. Desde que havia colocado os pés naquele vilarejo, eles sabiam que eu não era lá a pessoa favorita da rainha, então um duelo contra ela certamente seria a pior imprudência de minha vida.

Mas não havia mais como fugir.

Nossa batalha já estava marcada, seria pela tarde, um pouco antes do sol se pôr. Naquele momento em específico, encontrava-me no castelo. Era manhã de um dia lindo e ensolarado, mas não tanto para morrer, é claro.

Estava em pé, dentro do enorme e nada modesto quarto da rainha, aguardando-a sair de seu banho, que como ela mesmo alegou, não precisaria de minha ajuda, já que o mesmo era comum.

Ela como sempre, demorava eras em sua higiene pessoal, afinal, a mulher detinha de tal regalia, ao contrário de seus servos, pobres e reles mortais. Já estava cansando de tanto ficar em pé feito uma estátua enquanto a aguardava. Haviam ali algumas cadeiras envoltas sua mesa de trabalho. Pensei por uns instantes em acomodar-me em uma delas, mas no mesmo instante olhei para sua cama. Curiosa, devia admitir.

Fiquei alguns segundos observando o móvel. Era de fato uma cama muito grande, de madeira, com um trançado de tiras de couro que sustentava o colchão que certamente era preenchido de penas. Passei levemente a mão pelo tecido macio que cobria o colchão e o apertei de leve, constatando que ali era devidamente confortável.

Claro! Como não seria, afinal?

Sabia que poderia ser errado, mas fazia tanto tempo que não sabia o que era uma cama macia, que naquele momento sentia absorta somente por estar próxima a uma. Arrisquei-me em apenas tentar sentar-me sobre ela, porém antes mesmo de encostar ao menos um centímetro de meu corpo no colchão voltei a postura ereta ao ouvir aquela voz... não muito amigável.

— Não ouse! – disse entredentes a mulher já fora de seu banheiro.

— Me desculpe...

— Nem mesmo o príncipe consorte Abdam um dia ousou a uma insolência como essa, e a senhorita que é apenas uma serva, com toda sua petulância tem a coragem de atrever-se a desejar estar na cama de sua rainha. – a mulher segurava a tolha firmemente contra seu corpo ainda levemente úmido. Seu olhar em minha direção era de poucos amigos.

Era óbvio que ela odiaria me ver fazendo tal coisa. Apenas não imaginei que ela me pegaria no flagra. Mais uma situação constrangedora que eu mesmo me colocava. Ótimo!

Mas, como o marido dela nunca havia se deitado em sua própria cama? Eles não dormiam juntos? Que coisa mais estranha!

— Desculpe novamente, alteza. Foi uma curiosidade, admito. Não cheguei a tocar em sua cama. – menti torcendo internamente para que ela não houvesse visto que eu havia sim feito aquilo.

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