03 - A Mudança

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**Jasmine**

**Jasmine**

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**Asalam**

5 anos depois

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5 anos depois.

Jasmine, cadê você? – praticamente gritei pela garota.

— Ela está se escondendo novamente? – Normani perguntou-me saindo de dentro da casa e eu assenti.

Iríamos cear na casa de Asalam, nosso "velho" amigo. Havia conhecido ele dias depois de chegar a Azohá, há cinco anos, e ele havia se mostrado ser um homem de boa conduta, e por isso nos aproximamos. O único problema de nossa amizade, era que ele demonstrava que queria algo a mais comigo, e isso estava totalmente fora de cogitação para mim.

— Mamãe, me acha!

Ouvi a voz da garota vinda de trás de um arbusto. Sorri e balancei a cabeça negativamente. Andei em direção ao arbusto e ela estava lá, agachada tentando se esconder mesmo sabendo que eu estava a vendo.

Lhe peguei no colo e fiz cócegas na menina que gargalhava se contorcendo em meus braços. Normani estava de braços cruzados nos olhando enquanto esboçava um sorriso largo.

— Quer dizer que a senhorita Jasmine estava sujando o vestido que eu fiz com tanto carinho? – Normani dizia fingindo seriedade.

Pus Jasmine no chão e ela correu e abraçou as pernas de Normani, pois ela sabia que a negra não resistia.

— Desculpa, tia Mani.

Sorri para a interação das duas. Eu havia virado praticamente outra pessoa, pelo menos em sentimentos. Nunca cogitaria ser mãe, não tão repentinamente. Ter encontrado Jasmine, Normani e Arín foi uma das melhores coisas que já havia me acontecido, eu os amava. Eu sentia muita falta de meus pais e meus amigos em Washington, havia dias em que eu me emocionava ao me recordar deles, ao pensar em como eles estariam, ou se ao menos cogitavam que eu estou viva e bem.

Ali em Abbadie, vilarejo onde eu vivia, todos achavam que eu era viúva. Ninguém poderia sequer cogitar que Jasmine na verdade não era minha filha de sangue, e nem tampouco que eu gostava de mulheres, pois na verdade nem Normani e nem Arín sabiam. Havia ouvido por "alto" como é visto o relacionamento homossexual por ali, pois a população era muito religiosa. Os homossexuais e prostitutas se refugiavam em uma periferia distante, onde estariam devidamente protegidos dos ataques das pessoas revoltadas com a condição ou escolha de vida alheia.

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