11 - Ensinamentos

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Demorei? Não muito, né?!

A grande maioria dos capítulos de Entre Mundos já estão parcialmente escritos. Não posso simplesmente soltar todos de uma vez porque sempre tem alguns ajustes a fazer aqui e ali, e também algumas viradas de cenas que ainda não estão prontas. Mas, de antemão, deixo-lhes a par de que tentarei não me demorar nas atualizações.

Então, é isso! Fico no aguardo para saber o que estão achando do enredo, dos personagens, enfim, de tudo!

Boa leitura!

Felizmente, aquela noite Karla não precisou de minha ajuda para mais nenhuma atividade, ou obrigou-se a não precisar. Sinceramente, achei aquilo ótimo, afinal, pude tirar uma boa noite de sono em um dos quartos que ficava no mesmo corredor que o seu, para facilitar o contato se ela viesse a precisar de mim.

No dia seguinte, fui informada que Karla também não precisaria de minha ajuda para a realização de sua higiene pessoal. Era estranho, porém considerável, visto que eu havia sido uma verdadeira insolente na noite anterior. Sentia calafrios por dentro só em imaginar o que ela pudesse pensar sobre o meu comportamento extremamente orgulhoso, mas mesmo assim não me deixava de sair de minha razão.

Eu tinha alma de cientista, afinal, era uma. Era um tanto até prepotente, por mais que ali, naquele novo mundo não valesse de absolutamente nada. De certa forma, tentaria a todo custo me libertar daquelas amarras que me faziam ir além dos limites daquele lugar. Ela era a maior autoridade ali, era um fato inquestionável, visto que era uma rainha. Eu não poderia nem em mil anos desafiá-la, por mais que para aquilo, teria de permitir todo resquício de tirania de sua parte para comigo.

Aquela hora em específico, ajudava outros servos com os afazeres em geral do palácio, já que era um tanto hiperativa demais para apenas focar no meu próprio descanso enquanto a rainha não se dispusera a solicitar por minha presença. Eu tinha fome de aprendizado, a todo momento sentia a necessidade em desvendar coisas novas, por mais que lavar pratos não estivesse em minha lista de prioridades.

— Lauren...

— Oi, Zoey! Está tudo bem? – questionei a loira que acabara de entrar na cozinha do palácio.

Ela aparentava estar um pouco envergonhada, ou sentia outros sentimentos que para mim eram quase que impossível distinguir. Sentia-me preocupada com ela, pois realmente deveria ser um tanto difícil ser quem era em tempos como aquele, diante a pessoas de mente tão retrógrada.

— Sim. A rainha está a fazer sua primeira refeição. Aconselho a ficar ao lado dela, já que está no posto de sua serva pessoal.

— Ah, obrigada! – ela apenas fez um aceno positivo com a cabeça e já ia se retirar, mas antes que isso acontecesse chamei sua atenção: – Zoey, podemos conversar... depois?

Tentei manter uma certa discrição, já que ali haviam varios outros servos no recinto que não poderiam sequer achar minha forma de se portar estranha.

— Claro! – foi a única coisa que ela respondeu, a meio a um sorriso acanhado antes de sair.

Afinal, tudo poderia estar bem. Definitivamente não queria perder sua amizade devido à aquele... incidente.

Sem me delongar, direcionei-me ao encontro da rainha e logo a avistei, sozinha a mesa fazendo sua refeição matinal. Haviam alguns servos ali a distância, a sua mercê para quando bem precisasse. Caminhei até ficar, digamos, alguns metros de si, uma distância segura, diga-se de passagem. Entrei em seu campo de visão, e fiquei ali parada, apenas aguardando por qualquer ordem sua.

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