Serva humana

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Uma humana.

Como ela veio parar aqui?!

Ainda não acredito.

Já se passaram três dias. Ela ainda não acordou.

A queda a deixou incosiente.

Foi um grande alvoroço. Todos queriam vê-la. Eu virei notícia por invocar uma humana.

Mas eu não gostei nada disso.

Uma garota?! Eu havia pedido servo forte e feroz. Não delicado e sensível!

Eu ainda não havia lhe visto desde a Cerimônia.

Resolvi dar uma olhada nela.

A colocaram em meu quarto. Durante este tempo dormi no quarto de Ethan.   O quarto dele era um dos poucos que havia um colchão extra.

A garota não teve fraturas o que foi surpreendente, visto que ela caiu do céu! 

Seu corpo era bonito. Usava uma roupa completamente  estranha. 

Se vestia como um homem mas com roupas cortadas: Uma calça pequena até a coxa, uma blusa sem mangas e com decote.

Sua roupa apesar de estranha era bem sensual.

Mas o mais bonito era seu rosto.

Sua pele bronzeada destacava seus cabelos castanhos que caiam em ondas sobre suas costas. Seus cílios eram grandes, e mesmo com os olhos fechados pude ver que eram grandes. Ela chegou aqui com uma adaga e uma espada. Por precaução eu guardei longe dela.

Me ajoelhei ao seu lado na cama e fiquei lhe olhando um pouco mais.

Sem perceber acabei dormindo. 

Quando acordei ela não estava lá. 

Saltei do chão e a procurei por toda parte.

Quando passei pelo pátio da academia vi um alvoroço ao redor de uma das árvores.

Era ela.

A humana estava em cima da árvore.  Em pé num dos galhos.

Corri ao vê-la.

--O quê faz aí em cima?! Vai cair!-- Gritei.

Quase todos estavam ali.

Ela ainda estava sem capa.  Pude ver seu corpo de outro ângulo, mas não conseguia ver seus olhos.

--Onde estou? Quem são vocês? 

--Calma, desce. Vamos conversar com calma. 

--CALMA?? --Ela estava histérica. --Eu acordo num lugar estranho com um cara me olhando, como quer que eu fique calma?!

Eu comecei a ficar estressado. 

--Como ousa falar assim com seu mestre sua selvagem ingrata !?

--Selvagem ingrata?

A expressão de assustada foi tomada pela raiva.

Ela saltou da árvore e caiu em pé no chão. 

--Você me chamou de quê?

Fiquei com medo. Gelei.

Sua atitude me surpreendeu. Não era comportamento de uma dama.

--Você  tem cara de filhinho de papai... acha que é melhor que todo mundo. -- A cada frase sua e dava um passo para trás. -- deixa eu te falar uma coisa, não tenho mestre. Não obedeço ninguém além de mim mesma.

--Olhos castanhos... --foi tudo que eu disse. 

Ela corou. Pude ver.

--Não se aproxime.

E saiu sem dizer mais nada.

Amor entre mundos (Readaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora