Capítulo 2

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Sakura:

- Eu não entendo. Que verdade é essa?

- Sakura, você já sabe que não somos seus pais biológicos.

- Sim, meus pais eram seus amigos mas sofreram um acidente e vocês cuidaram de mim.

- É sobre isso que queremos falar querida. Seus pais estão vivos, pelo menos esperamos que estejam, e foram eles quem te entregaram aos nossos cuidados.

Fico confusa com a fala de minha mãe.

- Como assim?

- Sakura, seu nome é Sakura Haruno. Você é filha de de Kizashi e Mebuki Haruno. Rei e rainha do reino de Hanami.

Fico paralisada. Olhando para o homem de cabelos brancos que me criou a vida inteira. Minha mãe se levanta e vai até um quadro tirando ele da parede. Atrás dele estar um cofre que eu nunca imaginei que existia. Ela abre o cofre e tira de lá um baú de madeira com ramo de flores entalhados na madeira escura. Ela me entrega e eu apoio ele no meu colo.

- O reino de Hanami sofreu um golpe quando você tinha apenas um ano, seus pais decidiram se sacrificar e fazer tudo que podiam para defender seu lar, mas eles não poderiam coloca-la em perigo, você era a coisa mais preciosa que eles tinham.

- Eu e Tsunade estamos passando em uma cidade vizinha quando mandaram nos buscar. Na calada da noite eles te entregaram para nós, para que ficasse segura e fosse criada como eles sonhavam em cria-la.

- Eles nos deram esse baú para quando você perguntasse sobre eles ou quando fôssemos contar a verdade. A chave sempre esteve com você.

- Não sabemos o conteúdo do baú, nunca abrimos ele, não nos pertence.

- Recebemos um convite para um aniversário. O aniversário do Príncipe Naruto, sabemos que se fôssemos teríamos que levá-la e todos suspeitariam quando a visse. E também, você já tem 17 anos, tem direito de saber a verdade. Achamos que era o momento certo, e não queríamos que você soubesse por outras pessoas.

Paro para absorver tudo isso.

- Ok.

- Seus pais te amavam muito Sakura. Você sempre foi o maior tesouro deles, sua mãe não saía de perto de você dois segundos e vivia sorrindo pro nada apenas por ter você. Querida, queria que tivesse noção de como é parecida com ela.

- Kizashi também não ficava muito atrás, ele ficava bobo com qualquer coisa que você fizesse. Um sorriso, um barulho, bater palminhas, qualquer coisa.

Eles sorriem tristes com essas lembrança.

- O quê aconteceu?

- O general convenceu os soldados a tomarem o reino a força, tocaram fogo nas casas, deixaram os portões trancados, atacaram a população e o Palácio. Foi tão terrível. Não tivemos notícias de seus pais desde a noite em que trouxemos você. Só sabemos que o general Unagi governa agora, e o reino de Hanami que era lindo como um conto de fadas, caiu em decadência.

- Pelo que sabemos, ninguém entra ou sai pelos muros, falta comida e água, e o general está lucrando com o sofrimento do povo.

Respiro fundo. Isso é muita coisa.

- Eu preciso de um tempo para digerir tudo isso. Com sua licença, vou para o quarto.

- É claro querida.

Pego o baú de vou para o meu quarto. Fecho a porta e passo o resto do dia sentada na minha varanda observando o jardim. Na hora do jantar, pedi para Sara trazer o meu ao meu quarto e comi aqui. A noite tomo o banho mais relaxante que consigo e vou dormir. Acabo adormecendo olhando para o baú de madeira em cima da minha penteadeira.

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