Capítulo 18

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Sasuke:

- Sasuke, pelo amor de Deus, para de andar de um lado para o outro antes que abra um buraco no chão.

Paro encarando meu irmão, bagunço meus cabelos e me sento ao seu lado me jogando de costas em sua cama.

- Você está aqui a 20 minutos, nervoso como se o céu estivesse prestes a cair na sua cabeça e ainda não me disse nada.

- Eu fiz amor com a Sakura!

Solto tudo num fôlego só e vejo meu irmão arregalar os olhos. Solto um gemido e cubro o rosto com as mãos.

- Ok, me explica do início.

Me sento e olho para ele perdido, confuso sobre minhas emoções.

- Eu não sei o que aconteceu direito, eu acordei de madrugada com batidas na porta do meu quarto, quando abri ela estava lá, pensei que tivesse acontecido alguma coisa, mas não tive tempo de perguntar. Sakura simplesmente me puxou para um beijo e aconteceu.

Itachi estava em silencio, provavelmente raciocinando o que acabei de contar a ele.

- Fala alguma coisa pelo amor de Deus!

- Irmãozinho eu não tenho muito o que falar, você precisa conversar com ela, e dar um jeito nessa situação.

Ele põe uma mão na testa.

- Meu Deus, vocês não estão noivos, não tem chance de ela ter engravidado, certo?

- Por Deus Itachi! Eu não sou burro!

- As vezes parece.

Fecho a cara para ele que ri.

- Olhe, está cedo, a maioria das pessoas ainda está dormindo. Volte para o seu quarto e tente dormir um pouco, depois do café chame Sakura para conversar a sós. Eu vou pensar em um plano.

Suspiro derrotado e faço como ele sugeriu. Deitado na minha cama sinto o cheiro dela nos lençóis, minha cabeça gira com as lembranças e sinto que vou enlouquecer. Sakura não tem noção do poder que tem sobre mim. A coisa que mais quero é tê-la em meus braços novamente. Adormeço com nossas lembranças e acordo algumas horas depois com minha mãe me chamando para comer do outro lado da porta.

Me levanto, tomo meu banho e me visto, sigo para a sala de jantar e vejo que ela está conversando baixo com Naruto ao seu lado. Uma pontada de ciúmes se faz presente, mas tento espanta-la, me sentando do outro lado junto com minha família. O café da manhã passou rápido e eu e Sakura trocávamos breves olhares, quando terminamos eu vou até ela e seguro sua mão.

- Podemos conversar?

Seu rosto enrubesce e ela concorda. Seguimos em silêncio para o lado de fora do castelo, indo em direção aos estábulos.

- Sakura, pode me explicar o que aconteceu nessa madrugada?

Ela permanece calada e corada, não olhando diretamente para mim. Suspiro e me aproximo dela, cubro sua bochecha com minha mão direita e vejo ela fechar os olhos e suspirar, levanto um pouco seu rosto e a beijo. É um beijo delicado e gentil, paramos e sorrimos um para o outro, acaricio seu rosto.

- Não consegui dormir a noite toda pensando em você, com medo de que tivesse se arrependido.

- Não me arrependi.

Ela suspira pondo a mão em meu peito e olhando para o local.

- Eu tive uma conversa com minha tia antes de ir para o seu quarto. Ela sabe sobre nós.

Sinto um aperto na boca do estômago.

- Como?

- Sua mãe informou.

Lembrando de dias atrás quando enfim confessei tudo ao meu irmão, não tinha notado em meu desespero de por tudo para fora, que minha mãe poderia estar escutando sua conversa. Suspiro, mas Sakura tem um sorriso e olhar tranquilizador para mim.

- Isso não é ruim, Sasuke. Elas estão dispostas a nos ajudar.

- Então por que você parece tão estranha?

Seu olhar se entristece mas ela não perde o sorriso.

- Estou com medo.

Posso ver as lágrimas se formando em baixo de suas esmeraldas.

- Estou com medo da guerra, de meus pais estarem realmente mortos, de perder, de morrer. Estou com medo de não poder desfrutar de mais dias ao seu lado.

- Ei, está tudo bem.

Eu a envolvo em meus braços, como se isso pudesse a protejer de tudo.

- Tudo bem ter medo Sakura, eu também sinto o mesmo. Não quero perder você por nada nesse mundo. Mas sei que não vai desistir, então ficarei ao seu lado, serei seu apoio, serei sua espada e o seu escudo, serei o que quiser que eu seja, não vou abandoná-la, nunca.

Levanto sua cabeça e a beijo de uma forma mais profunda, em seguida olho dentro de seus olhos.

- Não sairei do seu lado nem que me prendam em barras de ferro. Farei tudo isso porque te amo.

- Também amo você.

Depois de trocar mais beijos e carícias, antes que nossos desejos falassem mais alto, voltamos ao castelo, de braços dados. Um plano se formando em minha mente, mas que precisaria de ajuda, ainda bem que tenho fortes aliados, irei precisar de cada um deles para isso.

Durante o dia ficamos todo o tempo que pudemos juntos. Treinamos, conversamos no gramado, tocamos piano juntos. Após o jantar mandei um recado para meu irmão, minha mãe e a rainha Kushina, pedindo que me encontrassem na biblioteca. Quando todos chegaram comecei de forma sincera.

- Creio que ja imaginem porquê chamei. Eu quero pedir Sakura em casamento formalmente.

Nenhum deles pareceu surpreso, e Kushina foi a primeira a falar.

- Bem, e em quê podemos ajudar?

- Sei que vossas majestades não deram prosseguimento aos planos de noivado para Sakura e Gaara pela vontade de Sakura, e eu entendo. Mas sei que a senhora se inclina ao nosso favor, por isso quero pedir humildemente que me ajude a convencer Jiraya, Tsunade e tio Minato de que sou a escolha certa como marido.

- E você é?

A ruiva fala séria.

- Sakura no momento não tem terras ou um reino, e está prestes a entrar em uma guerra, ela precisa de alguém que a apoie, que seja firme em suas convicções, que a ampare se precisar. Ela estará na linha de frente da batalha, e pode morrer antes de alcançar seu objetivo.

- Sei disso, e estou disposto a dar minha vida por ela se for necessário. Eu a amo, mais do que a mim mesmo, não posso suportar a ideia de perdê-la.

Sou sincero em minha fala, o que causa um sorriso no rosto da mãe do meu melhor amigo.

- Tudo bem principe Uchiha, eu o ajudarei.

- Obrigada.

- Quanto a nós, irmãozinho?

Olho para minha mãe e Itachi, que sorriem já dispostos a me fazer qualquer coisa que eu pedir.

- Preciso de ajuda para convencer nosso pai de que o certo será eu me casar com Sakura. E, preciso de um anel.

- Ja tenho as ideias perfeitas para isso.

Minha fala juntando as mãos no peito e sorrindo. A primeira parte do meu plano estava começando. Eu irei para uma  guerra, e casarei com a mulher que amo, está decidido.

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⏰ Última atualização: May 26 ⏰

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