Capítulo 2 - Primeiro Dia

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Eu quero deixar um aviso antes de continuarem:

Peço a você, leitor novato, que tenha paciência, pois os uchihas irão demorar a aparecer, precisa-se de um contexto bem amplo pra que esse encontro aconteça então agradeço já de antemão a sua compreensão.

Só vai.

...

— Vamos lá... Vamos lá... — dizia Sakura, ofegante, com sua mão direita dolorida e coberta de arranhões. — Só mais uma vez, eu posso fazer isso.

Ela deu um suspiro e balançou a mão, na tentativa de aliviar a dor dos machucados. Preparou-se mais uma vez para o que ia fazer. À sua frente, uma simples pedrinha em cima de um tronco cortado ao meio.

— Tá, deixa-me ver... — ela pegou o papel que estava em sua mochila e desdobrou, vendo ali uma série de instruções avançadas, mas o que ela focou era algo bem simples: duplicar um objeto. — Não é difícil, é a primeira magia que as crianças novatas aprendem, isso não é impossível de conseguir, ainda mais no patamar que já estou — tentou se convencer.

Ajoelhou-se e deixou o papel no chão, colocando uma pedra em cima para não voar.

— É só focar... Focar. Concentração.

Ela olhou fixamente para a pedra e apontou com o dedo indicador.

— Dipan — ela citou a palavra. Uma fagulha surgiu em seu dedo, conectando-se à pedra e criando uma espécie de corrente elétrica.

— Isso! — ela prendeu a respiração e tentou duplicar a pedra.

Em seu interior, conseguia sentir a conexão com a pedra, fechou os olhos e conseguiu ver essas conexões. Eram fios, fios que se estendiam para além da escuridão.

Sakura seguiu um único fio que tinha à sua frente, tudo estava bem por um momento. Até que outros fios apareceram e se enroscaram uns nos outros, formando um nó. Ela ficou confusa. Não pense nisso, pedra em dois, pedra em dois!

Apesar do esforço, assim que chegou perto do seu objetivo, a corrente começou a falhar.

— Não... Por favor, de novo n-

Sua linha de pensamento foi cortada quando a corrente explodiu e a arremessou para longe. Sentiu suas costas colidirem com uma árvore e caiu sentada.

Ela tossiu com a fumaça, abanando com a mão.

— Mas que merda, viu... — pensou enquanto abria os olhos. A pequena fumaça se dissipou, mas o cheiro ainda estava presente. Sakura viu a pequena pedra pegar fogo, que acabou se estendendo para o tronco.

— Ah não, não, não! — se levantou rápido e bateu com a mão consecutivamente na tentativa de parar o fogo, mas ele só aumentava. Aquilo poderia incendiar o campo em que ela estava agora. — Ai meus deuses, ai meus deuses!

Olhou para os lados e só viu a página rasgada do livro que roubou do Colégio. Sem pensar duas vezes, ela o pegou e tentou abafar o fogo com o próprio papel, o que, surpreendentemente, deu certo.

Estava prestes a se aliviar quando sentiu o cheiro de algo a mais queimando. Ela olhou para o papel e o jogou no chão, vendo que o fogo quase iria queimá-la. Pisou várias vezes até a chama se extinguir.

Apoiou-se nos joelhos, meio ofegante e sentindo-se mais aliviada, antes de pensar na besteira que fez.

— Ah merda, minha mãe vai me matar — ela colocou as mãos no rosto e sentou bruscamente, balançando a cabeça. O papel tinha queimado até a metade, instruções importantíssimas de gerações evaporadas em segundos.

Rainha do HarémOnde histórias criam vida. Descubra agora