Capítulo 11 - O Despertar

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Sakura saiu debaixo dele e recuou, sentando-se de costas.

Mas que merda era aquela? Ele estava vivo?

Sakura esfregou os olhos, estava enlouquecendo. Lentamente, a cabeça daquele homem se moveu para cima, olhando-a, mas abaixou novamente em um movimento rápido, incomodado pela claridade. Nenhum grito saia da sua garganta, pois estava travada pelo medo; ele era uma estátua. Estátua!

Agora tinha cor, estava em carne e osso!

Ela olhou em volta. A bola estava no centro do lugar e não foi só ele. Os outros dois também pareceram "acordar". O de cabelo curto estava se debatendo e evitando a claridade, já o outro nem se mexia.

Sakura correu de volta para a entrada, espantada. Passou a mão pelos cabelos e se agachou, balançando a cabeça. Não era possível o que acabara de ver, estava sonhando, não, tendo delírios para ser mais exata. Deve ter comido alguma fruta estranha no caminho para cá.

Ela respirou e fez a contagem para se acalmar. Deu uma espiada por trás para ver se não era realmente um delírio.

Eles ainda estavam lá.

— Puta merda... Por que eles estão aqui? No meio do nada, trancados?

Melhor... O símbolo da sua família era a chave para abrir. Qual era o envolvimento de sua família? Sua mãe sabia desse lugar? Por que nunca soube de nada disso?

Eram tantas perguntas que se fazia. Tobi sabia disso? Merda, por que teve que a abandonar assim? Estava com medo.

Olhou para trás novamente; fazia sentido todo sangue em volta das supostas estátuas. Era deles, era de verdade. Céus, o que estava acontecendo? Não conseguia nem olhá-los direito, o estado estava lamentável.

Sakura foi até a entrada da caverna, precisava de ar. Assim que passou pela estreita passagem da cachoeira, se jogou na grama de cabeça para cima, ofegante. Aquilo foi muito louco, ainda não acreditava no que tinha acontecido. Do nada, de pedra para carne; não sabia que esse tipo de coisa poderia acontecer.

Aquilo estava confuso, confuso até demais.

Ouviu passos em sua direção. Instintivamente, se agachou e se colocou em modo de defesa, mas era só Tobi com uma sacola enorme nas costas, três vezes maior que o próprio corpo.

— Gostou do que viu, nee-chan?

Sakura se deixou cair novamente na grama e balançou a cabeça, negando.

— Você sabia de tudo isso? — queria sacudi-lo até arrancar todas as respostas.

Ele deu de ombros, menino desgraçado.

— Diz que minha família não fez esse tipo de coisa, por favor.

— Está bem, não irei dizer — ele passou por ela.

— É verdade então?! — Sakura se sentou, fitando-o. Queria respostas. — Por que eles fariam esse tipo de coisa? Aquele é realmente Madara Uchiha? E quem são aqueles outros dois? Estão machucados, não... machucados não definem o estado deles.

— Por que não entramos, hm? — Tobi sorriu. — Trouxe comida de verdade.

Tobi basicamente a ignorou, assim como todos faziam, mas Sakura tinha a esperança de que ele desse respostas. O acompanhou de volta ao portão de entrada. O cheiro ainda era bem forte.

— Gostei do que fez com a luz. Iluminou tudo, bem mais sensato — comentou Tobi.

— Como sabia disso? — perguntou mais uma vez. Tobi apenas colocou a sacola enorme no chão e a abriu. Tudo ficou esparramado no meio do chão, entre eles: comida, bolsas com água limpa, dois sacos espremidos de dormir, um caldeirão com alça e uma sacola com itens médicos. — Precisamos ajudá-los agora. Ainda tem aquela poção de cura?

Rainha do HarémOnde histórias criam vida. Descubra agora