7. Lago

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Após as horas exaustivas de exame, Draco poderia finalmente retornar para Hogwarts, Lucius havia insistido para que o garoto ficasse em casa naquela noite, mas o mesmo tinha uma coisa, ou melhor, uma pessoa mais interessante o esperando.
- Potter!- Malfoy gritou ofegante acelerando o passo.
- Malfoy, achei que tinha me dado um bolo.
- Jamais- o loiro disse apoiando-se em seus joelhos para descansar.
- Tá tudo bem?- Harry disse aproximando-se do loiro- Você parece mal.
- Estou ótimo! Saudável como um touro, só estou resfriado.
Potter nao pareceu acreditar numa palavra sequer do garoto a sua frente, mas no momento, aquilo não importa. Ele precisava contar para Draco como se sentia, e esperava não ser rejeitado pelo mesmo.
- Preciso conversar com você, Draco, por favor sente-se.
Malfoy obedeceu sem hesitar, não é como se ele já não fosse fazer isso, afinal, ele jurava que cairia duro a qualquer momento.
- O que foi Harry?
- Eu gosto de você- o moreno disse envergonhado- Gosto mesmo, de querer beijar sua boca novamente, de querer arrancar sua roupa e transar com você até não aguentar mais, de querer observar o céu estrelado com você. Gosto de você da forma como eu jamais gostei de alguém antes.
Draco fitou Harry, analisando cada expressão e cada batimento do mesmo.
- Me desculpa- começou Malfoy- Eu realmente gosto de você, Harry, mas... Não sei se posso me comprometer com alguém no momento.
- Por que?- o moreno perguntou tristemente.
- Porque sim.
- Isso não é resposta Malfoy! Eu abri meu coração pra você e você me rejeita "porque sim"?
- É, Harry Potter, eu te rejeitei porque deu vontade. Porque sim.
Um barulho estalado foi ouvido, Potter havia dado um tapa no rosto pálido de Malfoy.
- Pare de ser covarde- cuspiu o garoto.
- Voce me bate e eu que sou covarde?- o loiro respondeu de forma sarcástica.
- Pare de agir assim, Draco, eu só quero amar você!
- Me desculpa, Harry, de verdade eu sinto muito! Eu só não posso...
- É seu pai? Ele não sabe que você gosta de garotos?
- Não é isso... Quer dizer, também, mas não é só isso.
Harry aproximou-se de Draco, os rostos deles a poucos centímetros de distância.
- Me desculpa por ter te batido, pode confiar em mim Dray- Potter disse acariciando a bochecha de Malfoy.
- Tudo bem, eu precisava daquele tapa... Harry nós não temos tempo, eu não tenho tempo.
O rapaz olhou confuso para Malfoy enquanto processava as informações.
- Estou morrendo, Harry.
E então, tudo fez sentido. O fato de Malfoy estar mal a semanas, a falta de disposição para mexer com Potter, o olhar exausto.
- O que você tem?- o moreno disse tentando conter a emoção.
Malfoy deu de ombros, ele tinha uma vaga ideia do que poderia ser mas não poderia afirmar sem que os exames fossem confirmados.
- Só entenda, Hazz, que eu não tenho tempo. Você e eu não temos tempo.
Sem mais espera, Potter colou seus lábios com o do loiro, envoltos num beijo apaixonado e ardente esqueceram-se dos problemas e do que havia acabado de ser confessado. Mesmo sem tempo, Malfoy sabia que precisava tentar, ele amava Harry e o sentimento era mútuo.
- Sei que não temos tempo, Malfoy, mas me deixe fazer os últimos segundos valerem a pena!
- Não posso te fazer sofrer, Harry, jamais me perdoaria se te fizesse chorar.
- É uma pena porque eu não vou desistir de você, mesmo que so duremos uma semana, mesmo que só tenhamos cinco minutos, é você que irá fazer eles valerem a pena!
Um sorriso se fez presente no semblante cadavérico de Malfoy e o mesmo voltou a beijar o moreno a sua frente, Harry tinha razão, nunca foi questão de tempo. Draco conheceu vários garotos, passou meses flertando com eles mas nunca chegou a sentir algo por eles, mas ali estava Potter, o menino que ele conhecia a somente quatro meses e que o fazia esquecer todos os problemas e preocupações, o rapaz por quem ele se apaixonou. Tempo era tudo que menos o importava desde que ele estivesse com Potter.

INFINITY- drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora