Denis Roberts
一 Mabel? 一Flint chamou pela milésima vez一 Mabel, responda por favor 一repetia Flint descontroladamente.
一 Que merda aconteceu? 一Levei as mãos à testa, que formava gotas de suor de repente.
Meu coração batia fortemente, de uma forma tão rápida que tinha certeza que estava prestes a ter um infarto. O cheiro avassalador de fumaça chegou aos nossos narizes queimando nosso sistema respiratório, nos causando até mesmo uma tontura.
Flint olhou pra mim instantaneamente, voltando a digitar mais rápido do que nunca em seu teclado do computador.
Chutei a porta da van a abrindo imediatamente. Assim que saí, encarei o clarão alaranjado e a poeira negra tomar conta dos céus enquanto os dois últimos andares iam diretamente para os ares, se dividindo em pedacinhos.
Mabel ainda estava lá dentro o que estranhamente me deixou ainda mais preocupado.
Ouvimos tiros vindos lá de dentro, o que significava que a catástrofe não tinha atingido tanto assim do andar do térreo e alguns ainda estavam em conflito. Um nó se formou na minha garganta, poderia ter sido a última vez que a vi.
Seus olhos cravados nos meus, me olhando daquela forma... Eu deveria tê-la beijado quando tive tempo, deveria ter pedido seu número quando tinha tido chances. Nunca me perdoaria se não houvesse outra vez.
Senti meu sangue ferver e em um passe de mágica, minha visão periférica havia sumido. Era a adrenalina correndo pelas minhas veias, me instigando a lutar. A raiva me dava uma energia que estimulava todo o meu corpo, passando por cada células as acordando e atiçando-me a acabar com qualquer um que ameaçasse minha família.
É por isso que eu era tão bom sendo o punidor... E sim, eu tinha aceitado aquele nome ridículo por falta de algum melhor.
Entrei dentro da van novamente, encontrando Flint no mesmo lugar onde havia o deixado e do seu lado o garoto que Mabel havia salvo.
一 Onde está ela? 一questionei.
一 quem? 一respondeu sem tirar os olhos da sua tela.
一 A Mabel, porra! Onde ela tá? 一esbraveci.
一 Eu não sei, eu perdi o sinal 一Ele disse digitando o mais rápido o possível.
Tomado pela repulsa, comecei a pegar todas as armas que pudesse carregar. Se alguém ia morrer, com certeza não ia ser alguém da minha equipe. E se no final também estivesse morto, mandaria o máximo de filhos da puta pro inferno.
Que Deus me perdoasse, mas eu iria pecar contra a vida de outros. Era uma guerra, não era assassinato, não é?
Não me importava se não era o melhor método a ser seguido.
Esse era o certo para a ocasião, se tivéssemos feito isso desde o início, todos estariam aqui, sãos e salvos.
Vesti o capacete do FBI que cobria completamente meu rosto e coloquei o óculos de proteção.
一 Ela caiu, acessei a câmera dela. Só um segundo... espera um pouco... e... 一ele levantou o indicador一 ... Consegui! Está um caos. Vão acabar com todos os agentes, Denis. O fogo tá consumindo cada parte do prédio e a Mab está desacordada. Não tem como ela sair de lá.
Puxei a luva de couro preto para cima abrindo e fechando o punho duas vezes para que tivesse a melhor mobilidade e eles não tivessem minhas digitais compatíveis às do punidor.
Andei até o prédio passando entre o amontoado de gente do lado de fora, todos abutres que desejavam capturar o medo dos outros para cobrirem a matéria. Odiava jornalistas.
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A Missão - Mabel Austin
Roman d'amourApós o divórcio, Mabel Austin, policial de Manchester - UK, recebe uma incrível proposta de trabalho em Paris. a jovem com uma carreira incrível na polícia chamou a atenção do comandante Harold Hargrove, líder da base do FBI em Paris, que a chamou p...