Bons e maus encontros

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Pov'Pedro

Chego em casa ansioso por um banho e o dia da casa, conhecido para muitos como dia da faxina. É um modo de ocupação que tenho, que hoje precisamente vai me ajudar em duas coisas: 1° organizar a casa e ter a sensação de satisfação ao terminar e 2°Me distrair do estresse e até mesmo estravasar dependendo da tarefa.

Seria mais fácil contratar uma diarista, sim mas por enquanto não pretendo.

abro o portão automático da garagem e adentro com meu carro, pois hoje não tenho pretensão de sair de casa.

Saio do carro e abro a porta principal, antes mesmo de entrar, sinto um cheiro muito bom de comida, mas não qualquer comida.. o prato que amo e conheci graças a Val, cozinheira da família a anos

moqueca de peixe

Sou seduzido pelo cheiro e vou indo para a cozinha, encontrando a própria preparando a moqueca e minha mãe Beatrice sentada no banquinho com as mãos apoiadas na ilha se deliciando com o cheiro igual a mim.

_Filho, até que enfim você chegou_ diz se levantando para me comprimentar com seu típico abraço mas recua _ Que odor de álcool horrível é esse Pedro Vernevez! Vai já para o banho!

_Para conhecimento da senhora eu já pretendia fazer isso_ Digo sem esconder o sorriso de saudade que estava dela, faz um bom tempo que nos comunicamos apenas por ligação devido a compromissos de ambos.

_Ah jura? Então se apresse _ Diz me empurrando até sair da cozinha.

Olho para sua feição emburrecida antes de subir para o segundo andar da casa.

De banho tomado, vestindo uma bermuda cinza e uma camiseta branca simples de gola redonda, calço meu chinelo e desço as escadas as pressas para cumprimentar direito aquelas mulheres maravilhosas.

Encontro minha mãe na sala

_Por que veio para sala?

_A Val que disse se incomodar com alguém em cima dela a vigiando, e eu não estava de olho nela, apenas ansiando pela moqueca..

_Mãe, por acaso a senhora gosta de pessoas te olhando quando você esta concentrada em algo?

_Claro que não, mas não fiz por mal oras, não me dê bronca também

Sorrio me divertindo com a presença dela, me aproximo dela a abraçando e dando um beijo terno em sua bochecha.

_Agora sim, cheirosin _Diz dando enfim um sorriso largo. Como aquela mulher tão linda, morena com seu cabelo pouco ondulado solto vindo até o ombro, de pele pálida por quase não tomar sol e seus olhos tão azuis como o céu. Com a fama de séria, fria e rígida para com os empresários e muitas outras pessoas, se mostrava mais terna e bondosa a pessoas intimas dela. Difícil crer que ela sendo tão maravilhosa possa ser minha mãe, minha verdadeira mãe, que me ama e demonstra esse amor de diversas maneiras.

_Eu te amo muito mãe_ Digo dando-lhe outro abraço, só que dessa vez mais apertado.

_Eu também te amo filho _ Diz me abraçando de volta.

_O almoço está pronto _ Fala Val me fazendo desvencilhar dos braços e de minha mãe e ir abraçar a Val

_Aah Val que saudade que senti de você_ Digo e ela me abraça.

O Cravo e a RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora