Visitando meus pais

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Oii gente, enfim depois de tanto tempo, trago a vocês mais um capítulo dessa história, espero que gostem...♡♡
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Olho para ela de cima a baixo, por um momento penso em me levar pela emoção e surrar a cara linda dela, mas isso não adiantaria de nada, então apenas olho fixamente seus olhos e digo.

_Como sempre tão certa de suas palavras _Digo em deboche do seu ego tão inflado que nunca admite estar errada. Antes de sair dali, me aproximo de seu ouvido e sussurro para que só ela ouça _Espero que você tenha a mesma frieza para lidar quando se tornar uma _Digo me referindo ao fato dela ter me esnobado por ser órfã.

Saio do quarto e Lua vem em seguida, deixando Geiza lá sozinha com suas convicções.

Entro no meu quarto certa de arrumar minha mala para ir embora daqui, não posso ficar num lugar onde sou vigiada. Pego ela e coloco na cama aberta.

_O que está fazendo? _Pergunta Lua entrando desentendida

_Não está vendo, arrumando minhas coisas para sair dessa casa _Digo abrindo o guarda roupa e tirando várias peças de uma vez.

_E me diga, para onde você vai? _Diz ficando de frente da cama

_Não sei Lua, eu me viro, só preciso sair daqui.

_Então vamos sair para você se acalmar, não faça nada precipitado. _ Diz me encarando

Fecho os olhos e bufo, sentando na cama...Eu literalmente não tenho para onde ir.. Até agora estava sendo sustentada por Geiza e sua mesada... Tenho orgulho disso? Claro que não mas estava acomodada com o acolhimento delas...

Olho para a mala e algo dentro do bolso interno me chama atenção, tiro de lá uma fotografia de meus pais, comigo entre eles..Lembro que guardei as pressas meses atrás quando me preparava para sair daquela casa do Agenor.

Acaricio com o polegar a foto, o sorriso pateta de meu pai faz um pequeno sorriso brotar nos meus lábios. Percebo de relance Lua afastar a mala e sentar ao meu lado.

_Sua mãe era tão linda, e que cabelo mais hidratado hein_ Sorrio mais largamente ao lembrar da vaidade e cuidado que ela tinha consigo mesma apesar da correria do dia a dia.

_Ela era bem vaidosa, principalmente com seu cabelo..

_Sente muita falta dela ainda né?..._Confirmo com a cabeça._ E o que você acha de visitarmos sua antiga casa? Quem sabe voltar as raízes te ajude.._ Isso não seria possível pois o terreno fora vendido a anos e agora nem sei o que se tornou, mas essa ideia me fez pensar em outra que sim é possível.

_Tenho uma ideia melhor, me empresta a chave do carro ?

_Onde que é? Vamos juntas

_Não sei se é o tipo de lugar que você gostaria de ir

_Eu insisto.

Depois de algumas horas de viagem, chegamos em fim ao cemitério que meus pais foram enterrados.

_Agora entendi porquê você disse que eu não ia gostar... _ Fala Lua desacelerando o carro e manobrando para estacionar.

_Vai ser rápido, eu acho.. Bom se prefirir pode ficar aqui no carro_ Digo abrindo a porta, ela engole em seco e diz

_Claro que não...Eu te acompanho, o que tem de mais em gente morta...Já morreu né, não vai fazer mal para gente que ta viva _ Diz tentando se convencer, Lua meio que tem medo de cemitérios, sempre disse para ela parar de assistir à filmes de terror mas essa aí me ouve...

O Cravo e a RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora