Sold Soul

. octogésimo ▼ .

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▼ .  «  I believe there's love in you, grid locked on the dusty avenues »-I know you.

Envolvi-a com os meus braços enquanto pacientemente esperávamos que o filme começasse. As suas pernas cobertas estavam sobre as minhas nuas e a sua cabeça caía no meu ombro quando a estrondosa apresentação da Disney Picture soou. 

Eu podia sentir o seu entusiasmo. Finalmente tinha cedido e nós íamos ver o Big Hero 6, como ela tanto queria.

A sua cabeça esfregou-se contra o topo do meu corpo para que se pudesse acomodar mas eu não podia deixar de beijar a sua testa. " queres pipocas? " perguntou-me ao inclinar o seu rosto de encontro ao meu. O balde estava à minha esquerda antes de ser passado para o seu colo. A minha mão esquerda estava enterrada entre as suas pernas numa procura de calor. 

" não, bebé " com uma risada mínima neguei. Os seus olhos brilharam de uma forma cativante.

" tu vais gostar, eu posso apostar nisso " disse. O seu nariz roçou o meu pescoço propositadamente e este era um pequeno agradecimento pelo filme. Eu apertei a sua coxa quase caindo na tentação de ronronar. 

" isto vai ser uma enorme perda de tempo " eu estava a ser sincero, era a minha opinião. Os seus olhos piscaram para mim antes de rolarem com o comentário. 

" qual é o teu filme animado preferido? " questionou-me.

O filme estava a ser esquecido, ou pelo menos os primeiros minutos dele. 

Estava entretida enquanto devorava as pipocas e mesmo não sendo saudável, eu estava satisfeito com o aparecimento do seu apetite. Depois, eu tomei uns meros segundos para pensar sobre a sua pergunta. Eu não me lembrava de alguma vez ter visto algum, honestamente. " eu nunca vi nenhum " comentei conseguindo algumas das pipocas que levava de encontro à sua boca. 

Mastiguei-as ruidosamente antes de a encontrar perplexa. " nenhum? " as suas sobrancelhas estavam erguidas em descrença. 

" tu sabes, Bárbara. A minha infância não tem um selo positivo " disse e encolhi os meus ombros.

" oh, sei " A sua cara imergiu no meu peito, a sua mão direita deixou o balde de pipocas para se sobrepor contra a lateral do meu tórax nu enquanto o seu nariz tropeçava a clavícula.

A palma da minha mão traçou a sua coxa resguardada pelo algodão. Os seus lábios traçavam o meu peito com uma rapidez nula. A sua boca correu a base do meu pescoço emergindo de forma provocatória no sentido do maxilar. Eu empurrei a face côncava da minha mão de encontro ao seu traseiro contornando-o deliciosamente. 

Murmurei em agrado quando ascendeu gradualmente sobre a minha cintura. O balde das pipocas rolou pelo sofá com as suas rapidez ações. " não, esquece.. " balbuciei ofegante. Eu queria-a para caralho. Nós estávamos ligados como a porra mas senti-la de outra forma parecia fortalecer qualquer merda que nos rodeava incluindo nós mesmos. 

Os seus olhos brilharam ansiosamente. O castanho bonito da sua iris confundiu-se com a pupila negra, parecia vidrada em algo para além da minha compreensão. As mulheres apreciavam-me, eu sabia-o e vangloriava-me por isso. Eu tinha qualquer uma em qualquer local desde num quarto de hotel até ao beco de uma rua coberta de merda aleatória ou até literal. Mas ela era diferente. Não me queria para uma boa noite, uma foda ou o caralho que fosse. Ela queria-me por algo imensamente profundo que eu não entendia que tinha. 

Vi-a tudo de mim, mesmo aquilo que eu nunca tinha mostrado ou confirmado existência. 

A minha mão segurou a lateral do seu rosto bonito. Os seus olhos estavam cansados mas o seu sorriso inebriava qualquer ser pensante. O meu res cogita* deteriorou-se com o seu sabor tóxico assim que as nossas bocas se agregaram.