. quinquagésimo segundo ▼ .

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. « as strange as it seems , she is endless to me / she is just like paperwork but harder to read » - She .

Deus poderia ser considerado obnubilado .
Obnubilado por tanto ter torturado a bela morena que de Ninfa poderia ser intitulada .  

Com toda a sua beleza digna de uma rosa – tal como uma dita Ninfa – representava esse ser vivo que hectares decorava de forma harmoniosa ; Bárbara não se fixava em jardins , é claro , mas sim na minha vida e eu não poderia estar mais feliz por tal . 

Após todo um relaxante banho, e já embutido num novo terno, eu iniciei toda uma jornada com fim no meu quarto onde encontraria a morena . Eu não cheguei a bater os meus nós contra a madeira assim que toda a sua figura esbelta entrou no meu radar . Todo o meu corpo arrebatado, por tamanha beleza, deixou se encostar contra a moldura da porta .

Lá estava ela .

No vestido azul que tal como imaginara lhe assentava terrivelmente bem, Bárbara mantinha - se de costas para a minha presença com toda uma altura fascinante conseguida através dos altos dos seus saltos ; eu próprio me deslocara até ao seu aparamente para consegui los . 
O seu cabelo estava solto e num breve movimento eu fui captado pelos reflexo . 

Toda ela guardava embaraço enquanto a sua face descia e as suas bochechas coravam, talvez pelo meu sorriso torto ou então, por toda a minha presença mesmo . 
Passos poucos foram necessários para alcança - la e uma vez reposicionado bem atrás do seu corpo , eu rodei a sua cintura com os meus braços colando os nossos corpos . 

Eu sorri maliciosamente " eu disse o quão bem o vestido te iria ficar " sussurrei correndo o seu corpo com o meu olhar através do nosso reflexo . 

" obrigada " murmurou escondendo o seu cabelo atrás da sua orelha . Os seus fios de cabelo não estavam encaracolados enquanto quase nenhuma maquilhagem se mantinha na sua face ; apenas os seus olhos estavam pintados . Algo extraordinário , devo admitir , uma vez que todas as mulheres que sempre me rodearam utilizavam quantidades abusivas de base e outra maquilhagem que tal como a mencionada tinha por objetivo esconder defeitos mesmo que por vezes apenas os intensificasse . 

" certo " eu gargalhei com a sua falta de jeito soltando o seu corpo do aperto . Bárbara rodou o seu corpo para o meu , as suas sobrancelhas juntaram - se . " eu sei " bufei atrapalhado . 

A bubé gargalhou . " eu ajudo " garantiu no seu tom doce achando toda uma piada face à minha atrapalhação . " eu pensei que estivesses habituado a fazê - los " encolheu os seus ombros enquanto remexia na tira desfeita envolvida nos colarinhos da minha branca camisa .

" na realidade , eu não estou " carranquei sustentando o meu foco contra a sua figura claramente mais baixa . " A Liliane faz todos os nós "

" oh , então , para além de arrumar toda a casa ela trata de deixar todos os laços prontos para ti ? " a sua sobrancelha ergueu - se , um sorriso brincalhão percorreu o seu rosto e como resposta , eu sorri de volta prendendo o seu corpo contra o meu .

" é tipo isso " eu mordi o meu lábio .

Bárbara gargalhou . " tu és apenas uma criança não é mesmo ? " interrogou com humor concluindo o aperto da gravata, os seus olhos confrontaram os meus de seguida . 

" é " eu balbuciei focando me no seu castanho deslumbrante . " eu sou apenas uma criança " concordei . " uma criança que não quer ficar sozinha " abanei a minha cabeça numa negação medrosa , Bárbara sorriu com doçura passando os seus braços pelos meus ombros . 
As suas mãos acomodaram - se contra a minha nuca enquanto os seus dedos se afundavam no meu couro cabeludo e eu me deixava levar acabando com a minha cabeça afundada no seu pescoço cheiroso . Um murmúrio escapuliu dos meus lábios em contentamento puro assim que os seus dedos forneceram toda uma massagem . " hum " eu ronronei roçando o meu nariz no seu pescoço . 

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