. nonagésimo sétimo .

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                                « you can hear that waful sound » banshee

      Eu tinha aquela sensação dormente proporcional a um sono arrastado por uma eternidade. Era um sentimento completamente digno do que reconhecia, de eventos anteriores, como preguiça. Porém eu recordava-me também que com ela viria uma frustração que eu não sentia de momento. Eu não sentia nada, de facto. E, essa sensação de vazio que não poderia descrever de outra forma, alastrou-se pelo meu corpo como um formigueiro horripilante. Eu finalmente consegui movimentar os meus dedos frios e, seguidamente, a minha mão.

      A minha própria respiração cortava os meus pulmões. Cada inspiração era um golpe forte e temível sobre os meus pulmões que aparentavam, agora mais que nunca, ter uma pequena área de superfície. A acontecimento que me fez acreditar que estava viva foi o surto de tosse poderoso. Eu tive o meu corpo reduzido e colocado sobre a lateral esquerda. Eu tinha conseguido ativar um ruído mecânico infernal com os meus bruscos movimentos, todavia, eu própria reproduzi angustiantes gritos que rasgavam a minha garganta e mente. Os meus olhos pequenos não encontravam a luz mesmo não abrindo por ela estar presente. A minha mente estava possuída por uma névoa pouco amigável e sufocante. Um grupo de braços e mãos trespassaram o meu corpo e eu sentia-os mas não os via mesmo de pálpebras abertas. Os sintomas eram tão básicos e cortantes quanto me recordava. Eu não tinha um ataque de pânico aquando a minha estadia no que os sãos denominam de manicómio, eu estava num?! Eu tinha aquelas imagens a correr a minha mente, as minhas unhas a raspar o cimento da cela que deveria ser um quarto, a minha mente a vaguear por obscuros locais que nenhuma pequena rapariga deveria descobrir. Eu desejava que fosse apenas isso mas eu encontrei-me com imagens traumatizantes, enjoos sucessivos e réplicas do sofrimento que senti quando a roda do outro carro raspou a minha cara e a minha família para longe.

      Eu gritei e gritei pela única pessoa que eu sabia que viria.

» Harry «

      Eu gritei.

      E desta vez ninguém me barrou a passagem. Eu podia ouvir o seu grito e ele era mais que um de dor. Ele era um grito mergulhado nas profundezas de um oceano escuro de natureza e recheado de medo mas também tristeza. Ninguém poderia entrar neste quarto e eu agora compreendia as diferenças entre ele e todos os outros. Existia um enorme e forte vidro a tomar o lugar de uma possível parede que separaria a divisão em duas zonas e uma porta que daria passagem entre elas. Este quarto tinha um cheiro diferente, talvez por ser esterilizado de hora a hora, como o médico frisou.

      Eu pus a minha cabeça junta antes de a perder de novo ao encontra-la entre os braços de um enfermeiro. Ela tinha a sua cara afogada em lágrimas e o seu corpo mole. Eles estavam a seda-la mas eu duvidava que fosse pela primeira vez.

      " Ei ! "Exigi enquanto os meus dedos forçavam o puxador da porta.

      " Esta tem problemas mentais. " Eu ouvi-os murmurar.

      " Ei ! " Eu repeti enfurecido desde o meu profundo. O meu punho bateu contra a porta e ela estremeceu.

      " Você não pode estar aqui, Senhor " A enfermeira esticou o seu pescoço para me observar através do espelho e, entretanto, o caralho do enfermeiro que a acompanhava tinha deitado o corpo da minha morena na cama. A minha boca estava ligeiramente aberta e os meus olhos choravam doces lágrimas salgadas que assim eram, doces e desejadas, por abalarem a personalidade apática que tomava conta de mim. Eu encontrei a sua cabeça mal posicionada, o seu rosto aparentemente adormecido mas, os tanto os seus lábios como os seus olhos, entreabertos. E a morena observava-me até gotas transtornarem o seu rosto. Eu pude ver! Eu não estava louco! Os seus lábios movimentaram-se e ela disse, murmurou, o meu nome.

      Eu tinha a minha cabeça contra o vidro em desespero e eu sabia que não me podia ouvir, que a minha voz estava demasiado rasgada e o poder do meu tom tinha evaporado, mas mesmo assim eu sussurrei-lhe: " Não chores, eu estou aqui.. bebé "

      Mas então eu elevei o meu olhar novamente e vi-os com uma nova seringa nas mãos. Essa era a forma como eles tratavam das merdas aqui e eu estava farto disso. Eu tinha a minha merda toda junta para eles e eu estava a despeja-la enquanto soqueava o vidro. Eu não ia fica mais três dias de merda sentado, à espera que ela acordasse depois de eles a colocarem a dormir pelos seus ataques de pânico ou confusão que sentia ao acordar. Eles estavam a levar-me ao limite, eles estavam a brincar com ela!

    N/a: Eu vou reler isto amanha e talvez apagar pq eu n sei se é realmente a partir daqui que eu quero levar o resto...

But hey, eu estou viva, não morri xD

mas vou ter a segunda fase dos exames E NÃO ESTOU A DiZER QE N PUBLiCO MAis.. estou apenas a dizer que ando meia atarantada.. eu já nem sei como vou terminar isto.. tinha uma ideia em mente e nela ela morria mas eu gosto tanto desta personalidade da B.. e deste Harry apaixonado.. mas uhn, se calhar a morte dela é única saída..

DE qUALQUER fORMA !!! EU iNSCREVi A FiC PARA OS WATTYS2015 E.. UHM DONT KNOW WHATS gONNA HAPPEN.. AHAH

Queria agradecer-vos por passarem a fic, eu sei que o fazem já que ontem eu estava no #25 mas de repente consegui #1 lugar o que me deixou lakdjedsajkdeujdaeudhe, obrigada, mais uma vez <3

Muito amooor, com todo o meu coração...

Bárbara

Sold Soul Onde histórias criam vida. Descubra agora