" Tu achas que é isso? bebé? " Eu tinha aquele sorriso pateta por sua causa. O seu corpo estava encaixado no meu, as suas pernas envolviam o meu torço mas era a sua personalidade que me circundava e fascinava. Reajustei a fita sobre a sua testa esperando, entretanto, pela confirmação.
" Yeah, bu, tu és uma banana.. " As suas mãos estavam no meu rosto e os seus dedos mimaram o meu rosto.
" Estás a dizê-lo pelo sorriso de banana que aguento? Bebé, isto é outro assunto.. A culpa da atitude banana é tua "
O seu sorriso iluminou a divisão mas não tanto como o resto da minha vida.
" Ok, mas eu adivinhei?! " As minhas mãos rolaram até às suas coxas, rodeando-as. O seu corpo balançou contra o meu.
" uhmm... não. Eu sou, uh, uma cereja " Disse-o enquanto retirava a carta da sua testa, mostrando-a com uma risada.
A sua risada transbordou. " Oh meu Deus, eu sou horrível nisto " Depois ela formou o seu beicinho apetitoso e eu mordi-o voluntariamente. A mulata deu o seu melhor para esconder o seu rosto no meu pescoço e, durante esses instantes, onde as nossas gargalhadas eram o único som audível, o nosso equilíbrio vazou e eu cai com o seu corpo sobre o meu. As suas mãos tentaram sustentar o seu corpo enquanto as nossas risadas se propagavam.
" Mas então e eu? O que é que eu sou? " Perguntou-me, deliciosamente.
Eu embrulhei os meus braços à volta do seu corpo antes de me pronunciar. " Tu és a minha vida, és tudo o que eu quero, sempre quis, que sempre vou querer. Amo-te e tu és a minha paz, isso é o que tu és " Ergui o meu tronco do chão enquanto o dizia. Os seus braços rodearam o meu pescoço e o seu risinho preencheu-me. Quando estávamos, de novo, sentados, Bárbara beijocou o meu rosto e, entretanto, já tinha retirado a carta da minha testa.
Mostrou-ma, como anteriormente eu próprio o tinha feito. " Eu sou um morango " Mordiscou o seu lábio inferior não escondendo um sorriso. " mas a tua resposta era perfeitamente aceitável.. " Os seus dedos giraram no ar, dramaticamente.
" Oh, sim? " A sua cabeça abanou num assentimento frenético e amoroso.
" Harry?! "
" Mãe?! " Coloquei tudo de mim nos seus braços. O meu sofrimento, que outrora esteve sedado pelas nossas recordações, retomou e liderou juntamente com o medo.
" Oh, meu filho.. " Os seus dedos arrastaram o meu cabelo para longe, tal como as pequenas gotas salgadas. Eu mal conseguia vê-la com o meu choro.
" Onde esteve, mãe? " perguntei-lhe caindo no seu peito como um pequeno miúdo. A pergunta era tão abrangente porque eu na realidade perguntava-lhe onde esteve de cada vez que eu sofri.
As suas gélidas mãos desfaleceram sobre o meu corpo e eu estava a ter um abraço que não me recordava de alguma vez ter recebido pela minha progenitora. O meu choro progrediu projetando-se com ele uma ínfima de soluços macabros e dolorosos para a minha garganta inflamada. Por entre o aperto dos meus dedos, eu segurava parte da sua camisa. Contudo, não conseguia libertar a minha dor, porque é que eu não conseguia libertar-me de tudo isto?
" Eu precisei de me afastar, querido.. Eu não consegui, ver a tua irmã foi demasiado para mim! Mas eu estou aqui agora, querido. E eu lamento por tudo mas eu vou conservar. "
" A mãe pagou-- Foi a mãe.. " Eu, eventualmente, conclui ainda nos seus braços. Com uma pequena e mórbida palavra confirmou o meu raciocínio e eu queria, ansiava aliás, por agradecer-lhe.
" A mãe vai resolver querido.. As tuas contas estão operacionais de novo e eu vou reaver o teu império, tudo aquilo que sempre tiveste, eu vou-- "
" Eu só a quero a ela, mãe " Não o disse, eu chorei-o, profunda e debilmente. " Eu só a quero, só a quero mãe.. " Era uma dor indescritível porque eu tinha-me tornado no homem que a amava, no homem que lhe daria cada segundo de felicidade. Eu tinha me tornado no homem que não conseguiria viver sem ela e ela.. ela era a mulher que tinha preenchido cada lacuna do meu antes desabitado coração e pensamento profundo. Era uma dor indescritível porque, a partir de um certo momento, eu já não a sentia porque eu estava, de facto, a perder a minha alma, a minha única razão.
Quatro horas depois, os meus batimentos cardíacos estavam, para além de cíclicos, lentos. Eu tinha acordado de um pequeno sono ou despertado de recordações fascinantes mas não poderia ter a certeza. Tinha, no pensamento, aquela imagem bonita da minha morena encolhida contra o meu corpo durante o seu sono e era deslumbrante observa-la. Esfreguei o meu rosto, algo que tenho feito demasiado nos últimos tempos, aliás.
Não encontrei a minha mãe, ou o Niall, ou o Liam.. apenas cadeiras de plástico e o cinzento que cobria as paredes e solo. Respirei profundamente como se a vida da minha bubé dependesse disso mesmo. O relógio continuava a trabalhar, os murmúrios dignos de um hospital soavam e havia vida em qualquer lugar, assim como havia morte ao virar da esquina. Eu forcei as minha pálpebras com o pensamento. Eu só esperava que ela não estivesse ao virar desta.
Consegui o telefone do bolso das minhas calças desbloqueando-o com a simples passagem do meu polegar sobre o ecrã. Acedi aos ficheiros multimédia varrendo o ecrã com o olhar embaciado. Era um ficheiro áudio que eu procurava. Um ficheiro áudio, seu, que me gravara aquando a nossa ultima e desastrosa separação. Eu pus o volume no mínimo recostando-me na cadeira de plástico. Enviei a coluna do telefone de encontro ao meu ouvido encerrando as minhas pálpebras com saudade que me atingiu. A sua voz soava tão suave, apesar do momento. Eu não prestei tanta atenção assim à gravação recordando-me da séria conversa que tivemos sobre as minha atitudes.
" Existe uma carrada de coisas que tu não sabes sobre mim e eu acredito que existe uma maior carrada de coisas que eu não sei sobre ti. Eu acredito ainda que tu tens um passado escuro mas eu não vou pôr as minhas mãos no fogo e dizer que te perdoo ou consigo ajudar. Eu gostava, juro que gostava mas é mais complicado que isso. Tu és mais complicado que isso " Houve uma pequena risada sua, uma que tentava cortar o ambiente. Eu realojei uma das suas mechas de cabelo atrás da sua pequena orelha. As suas bochechas avermelharam quando acariciei as suas bochechas, perdido na sua imensidão. As suas mãos sequestraram a minha porém, proibindo-me de continuar. " Harry.. tu estás a ouvir-me? "
" Harry.. tu estás a ouvir-me? "
" Liam " respirei, atordoado. Eu não poderia evitar e eu iria continuar a recordar se a realidade continuasse tão medonha e infeliz.
Ele soltou um sorriso. " Meu, estou a chamar-te por décadas, han?! " Disse e, entretanto, tinha ocupado um lugar ao meu lado. A sua mão bateu contra as minhas costas numas palmadas amigáveis.
" Onde é que estão todos? " perguntei, cauteloso. " Quanto tempo falta para a operação acabar? "
" Os médicos dizem que falta uma hora, temos que esperar " Assenti desfrutando de um belo suspirar.
N/a: Eu estou com muita dificuldade em terminar esta fic, ahaha..
Nem sei como isto está mas pronto.. aqui têm mais um capitulo, yo !
MANDEM-ME FiCS PARA LER, EU VOU COMEÇAR HJ A LER AS QUE ME MANDAM OU MANDARAM (:
Obrigada pelos comentários, bebés :3
Muito obrigada pelos votos e mensagens ^^Beijooooooooos !
PS : ALgUÉM SABE OND EPOSSO VER O EPiSÓDiO DO TEEN WOLF ? O LiNK DA ESTREiA?
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Sold Soul
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