Sold Soul

. décimo segundo ▼ .

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| barbara |

Estou deitada na minha cama enquanto um filme sobre o e.t's e essas coisas todas estranhas passa na teelvisão que no mesmo tenho . Para a pagar, tive realmente de deixar de consumir durante uns 3 meses eu acho ; claro que há sempre aquele descuido , nada de mais , um cigarro , dois .. É . 

Às vezes as pessoas perguntam - me à quanto tempo deixei de viver realmente . Eu simplesmente encolho os ombros e pergunto me silênciosamente se eu realmente não vivo . É claro que existe sempre um sorriso nos meus lábios , mas a verdade é que sou apenas uma menina morta , eu morri no dia 11/11/2010 , ironia ? gosto de pensar que é castigo . 11 , número dirigido ao Diábo ; dizem os crentes . 10 de 2010 , número de Déus ; cómico , estava presente em um terço . Boa ; talvez seja por isso que sobrevivi .

Tudo o que me lembro do acindente está bem bem guardado no profundo do meu ser . O ultimo número que vi , estranhamente , foi o 11 ao passarmos pela rua da gelataria perferida do meu irmão . Nada de promenores não consigo , para já pensar demasiado nisso . Perfiro manter tudo guardado numa pequena caixa que cada vez menos espaço tem .

Estamos em 2014 , estive num hospicio durante 2 anos e quando fiz 18 anos finalmente saí . Lembro me de entrar lá com uma mulher bem arranjada da segurança social . Ela usava batom vermelho e foi ela que decidiu que eu lá ficaria . Ah . Ela era fria e não se importava realmente com quem eu iria ficar , com quem ou onde .

O primeiro dia . O primeiro dia em que lá estive , foi estranho . Sentia me perdida ; é um facto , mas não ao ponto de parar num manicomio . Adolescentes terrivelmente perturbadoras falavam e interagiam comigo . A dona do batom mais vermelho de sempre alegou que eu estava maluca ; não digo que fosse sã mas daí a maluca , para mim , vai uma enorme distância .Um ano passou e ai sim poderiam alegar que eu estava louca . « não é dificil tornar alguem insano , basta coloca-lo meio de outros tantos » . Estava realmente tudo fora do controle.

Um knock na porta consituida por madeira faz me acordar do meu pseudo pensamento e assim recompor-me por cima da cama . 

" vou a casa ou preferes que fique ? " é o encaracolado . 

" é tarde ? " eu pergunto tentando encontrar luz pela janela .

" são 6 : 45 " ele fala olhando para o seu pulso .

" a que horas disseste que era ? " eu questiono e ele ri .

" não disse " ele aponta entrnado no quarto .

" penso não te ter dado premissão " eu falo levantando - me da cama .

" ainda á pouca estavamos a dar nos bem , estava deitado na tua cama e tu não disseste nada !" ele aponta e eu rolo os olhos . 

Relembrar o passado sempre mexe comigo , sei que não sou a única a olhar para trás e depois não conseguir seguir em frente . É estranho para mim porque acabei por perder a alma mas não a vida naquele dia . 

" yeah .. " eu falo mesmo fora do contexto enquanto ele se senta na cama . 

" então , eu vou entender esta divagação como um 'fica' " ele comenta deixando - se cair para trás .

" tu ficas se quiseres mas a Lanna não pode saber que vou sair contigo " eu aponto " onde é que ela está ? " questiono enquanto procuro pelas minhas calças pretas .

" ela está a dormir no quarto dela " ele dá de ombros .

" o filme acabou ? " eu pergunto .

" qual deles " ele ri e eu rolo os olhos .