. Septuagésimo quarto ▼ .

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▼ .  « Only you can set my heart on fire, on fire »-Love me like you do.

Eu não estava tão inquieto, ou tão preocupado, ou tão assustado como ela . Os seus pés não se detinham e então, ela continuava a caminhar em círculos manhosos que atrofiariam qualquer pessoa . 
Eu ainda estava sentado enquanto esperávamos pacientemente pelo veredito final . Flin tinha-se retirado por momentos com o intuito de, através da opinião do público, conseguir algum feed-back .

Os meus olhos miraram-na uma vez mais . 
Como iria ela ficar se eu fosse, efetivamente preso ? 
Eu não receava ficar então enclausurado, eu receava deixa-la . 

O meu telefone vibrou e eu pensei se estaria interessado em qualquer negócio que fosse, contudo, o número não seria do escritório . « Styles » ronquei esfregando a minha testa vagarosamente .

« Senhor Styles, estamos a telefonar do Hospital St. Mary's . Os exames da Senhora Adams estão prontos e, creio que não possamos adiar uma consulta » Eu ergui o meu corpo de imediato . 

« o que há de errado ? » questionei sob o cortante olhar da minha morena . Eu mantive uma certa distância entre nós, aliada a um tom de voz franzino e cuidado . Era sobre a morena, claro, mas eu continuava a querer protege-la de tudo . Tanto que o seu contacto de emergência seria eu mesmo, daqui em diante .

« Lamento, não poderei adiantar muito mais Senhor . Receio que seja grave » Merda . Eu esfreguei a minha cara, aturdido com esta maldição que sobre nós pairavam . 

Eu tome uma respiração pesada . « A consulta, eu quero marca-la ainda hoje » 

« Lamento, as horas estão preenchidas para todo o dia, podemos marcar para amanha na primeira hora, senhor » 

« por que não hoje ? Eu posso pagar, o que for possível » E salientei . 

« Sim, compreendo . Contudo apenas amanha conseguimos uma vaga para a consulta, às nove da manha »

Eu exasperei . « amanha, às nove » Suspirei de alguma forma derrotado . 

« Fica então agendada para amanha, Senhor, tenha o resto de um bom dia » Eu não retribui à saudação . Seria abusar de uma ironia extrema . 
O que poderia ser agora ? O que poderia acontecer nos mais e mais ? 
Agora sim, eu estava assustado, incrivelmente assustado .

" estás bem ? " a sua mão descansou sobre o meu peito e eu fragmentei-me na fraqueja transcrita no seu tom de voz rouco e ténue . 

Eu tentei sorrir para ela mas não o consegui fazer, então, eu agarrei o seu corpo contra o meu num abraço forte contudo, triste . 
Ela sentia que era uma despedida e eu estava magoado por, eventualmente, deixa-la contra a minha vontade . 

" ei, está tudo bem eu só quero ficar assim, contigo " murmurei-lhe quando, dentro da sua preocupação habitual, se preparou para afastar os nossos corpos . 

" tu também tens medo ? " o seu sussurro estava enlaçado com os seus soluços . 

Eu neguei . " eu não tenho medo de ser preso, de maneira alguma " respondi, ela soqueou o meu peito com a sua força pouca, portanto nós balançamos sobre os nossos pés apenas porque sim . 

" tu devias de ter " chorou . 

" mas eu não tenho, amor " afirmei . " eu só tenho medo de não te ter comigo, medo que não fiques bem sem mim " a minha mão afagou os seus fios de cabelo . " e tu ? " eu sussurrei enquanto oscilávamos sobre nós mesmos . " tens medo de quê ? " 

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