. Septuagésimo segundo ▼ . 2

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▼ .  «Though the pressure is hard to take it is the only way I can escape »

Mais quatro quarteirões, tu consegues Bárbara .

Três ? 

Ou seriam cinco ?

Ah, não pares !

O meu subconsciente repetia vezes sem conta enquanto retinha consigo toda a adrenalina que o meu corpo produzia pela situação . O meu corpo parecia disposto a hiperventilar em todos os sentidos literais e possíveis . O sistema teria sobreaquecido e portanto imitira um shut down geral . 

Mesmo assim, eu não suspendi ou abrandei o ritmo da minha corrida . Não teria nada comigo, a minha bomba estava na mala, a minha mala na posse de Niall e eu senti me estupida por não conseguir entrar no carro do advogado do meu encaracolado . 

E se eu não conseguir chegar a tempo ? 

Ah ! Eu vou conseguir, porra, são só mais uns quartei- Oh, lá estava ele, o supremo tribular . 

O meu esforço físico finalmente acabara, pensara eu . Por todos os Santos, eu nunca tinha corrido mais de cem metros e mesmo fazendo-o, necessitava da minha bomba aos cinquenta . Por que é que pensei que conseguiria fazer isto sem que me reduzisse a uma estupida e insignificante menininha com um ataque de asma ? 

Mas eu não tive o meu descanso ao vê-lo no mesmo traje desta manha, de horas atrás . Tinham passado horas ? Eu não sabia, sequer . 
Ele assentiu, puxando o seu gorro para baixo pronto para seguir Doutor Flin que o guiava e talvez se questionasse se eu viria, ou não . 

Eu simplesmente desapareci depois do seu pedido . Eu não tinha tempo a perder, ele iria de carro, eu viria a correr depois de comprovar a confusão instalada no parque de estacionamento da universidade . A cara de receio de Niall fez a sua aparição quando voltei para perto da sua figura agora abandonada da companhia de um de nós . Ele não entendeu o que fiz e certamente tentou deter-me, contudo, eu entreguei-lhe o que me atrapalharia, nomeadamente a minha carteira, com a minha bomba de asma e o telefone . 

Merda, ele estava a afastar-se, eles estavam a entrar . 

Voltei a correr, mesmo entendendo a revolta dos meus pulmões fracos, mesmo entendendo o falhanço das minhas pernas que me fizeram cair de cara no ultimo degrau . Um pequeno grupo de engravatados aproximou-se, perguntando-me se estaria bem . 

Eu assenti, mentindo ou omitindo a verdade . Agradeci também, contudo não creio que me tenha tornado percetível com a falta de ar que em segundos derrubaria o meu organismo e o desligaria de vez . 

Só um pouco, só mais um pouco, por favor 

Eu supliquei a mim mesma enquanto percorria cada corredor que se outrora estava embebido de silêncio, se tornou todo ele num antro onde a minha respiração seria o infortuno do local judicial .

A minha boca estava seca e entreaberta rogando oxigênio que não fosse, de alguma forma, negado pelos meus brônquios . No entanto, eu só precisei de o ver, diante das portas pesadas que o iria transportar para a prisão . 

Eu esqueci o cansaço, o ataque de asma e de ansiedade extrema para correr para ele . Era a segunda vez que correria por estes corredores, contudo desta eu corria para ele, não dele . 

" Harry " não gritei, eu não tinha forças para tal, então foi um sussurro medroso que se propagou assim que choquei contra o seu corpo . 
Eu estava a chorar sem fim, mas só me apercebera assim que os seus lábios se sobrepuseram às maças do meu rosto, afastando cada lagrima do mesmo . 

" o que estás aqui a fazer ? " o seu timbre foi nasal e choroso . Não, ele não estava a chorar . Ele só me apertava nos seus braços e deixava que o meu choro lhe dissesse algo .

" porque é que me mentiste Harry ? " sufocada no meu choro e ansia de querer um pouco mais de oxigênio disparatei . Ele soltou-me dos seus braços, erguendo a minha face com o seu indicador sob o meu queixo . " ey.. ey, Bu, amor ! Eu não te menti " 

" s-sim, tu fizeste-o, disseste me que estava tudo ok e não está, tu podes ser preso por oito anos, vais me deixar como todos os outros mas não me ias dizer nada ! " exasperei ao passo que remexia as minhas mãos no ar que marcavam uma sufocação de palavras e atos . Eu queria chorar e chorar . Apenas isso, mas nos seus braços . " Ia embora, como eles foram não me ias avisar, Harry " reforcei encontrando o seu olhar . " eu pensei que me amasses, mas tu não o fazes, tu ias me deixar sozinha e tu sabes como eu tenho medo de ficar sozinha, comigo mesma ! Eu não quero que vás, não quero te prendam longe de mim, não quero ficar sem ti " as palavras saltavam da minha boca seca como gotas de água num penhasco sem fim . As suas mãos seguraram a minha face perto da sua . Eu coloquei me sobre a ponta dos meus pés ." tu não podes ir embora porque eu amo-te, eu também te amo, mais do que me amo a mim, mesmo que nunca o tenha feito de verdade " Os seus olhos piscaram, tal como eu piscava o meu depois de alguma das suas revelações ou bonitas palavras . A sua boca abriu-se mas eu não deixei que se prenuncia-se " o que eu quero dizer é que eu quero-te, quero-te muito e se tu me queres de volta, por favor, não hajas como se isto fosse uma brincadeira, não deixes que essa muralhas enormes me deixe sem ti, não deixes que sejam mais altas que tu, meu metro e oitentas " a minha cabeça tombou, eu respirei fundo . 

" nunca ninguém me disse que me amava " murmurou, esfregando a sua enorme mão nas minhas costas . " eu amo-te, mais do que a qualquer pessoa ou coisa ! É incrivelmente aterrador " suspirou . " nunca senti isto por ninguém "Eu solucei, não conseguindo impedir que ataque de ansiedade atacasse agora . 

Então, soluços desabrocharam da minha boca atrás de outros tantos ao passo que afastava o autoritário empresário em busca de algum ar fresco .  " Bu ? Bu, o qu-que se passa " os seus enormes dedos envolveram os meus pulsos afastando-os para que pudesse observar-me com atenção . 

" ey, ey " sussurrou encostando o meu corpo contra a parede, bem ao lado das gigantes e pesadas portas por onde quase entrou . " respira, bebé " murmurou no seu tom doce, sobrepondo o seu corpo no meu, arrastando mechas do meu cabelo para longe . 

Os seus olhos focaram os meus e eu perguntei-me como me conseguiria ele entender com tantos poucos sinais . Ele fazia-o, e ele sabia sempre controlar as diversas situações . 

" Nã-não, olha para mim, Bu " pediu quando tentei, de alguma forma que não se apercebesse do meu estado lastimável . " sim, agora respira eu estou aqui, não vou a lado algum sem ti, estamos juntos nisto " assegurou procurando a minha mão . Os nossos dedos entrelaçaram-se, os seus lábios chocaram contra os meus por segundos, deixando-me desesperada por mais dele, de nós . 

Ele sorriu, gesticulando um não com a sua cabeça assim que, de olhos cerrado segui o seu afastamento para que me beijasse . " Só quando te acalmares, amor " gracejou mordiscando o seu lábio inferior, eu podia sentir cada pedaço do seu corpo contra o meu . Ele estava a dispersar-me, como é que ele sabia o que fazer em situações como estas ?  

" Harry " sussurrei . " eu vou dar o meu depoimento " os seus olhos abriram-se num ápice, tal como o seu sorriso despereceu num menor .

" o que ? não, eu disse que não te queria nisto ! Tu não vais Bárbara eu n- " 

Eu segurei os seus colarinhos, estiquei os meus pés e pressionei os meus lábios nos seus . " deixa-me fazê-lo, tu sabes que não há nada que me vá deter, nem mesmo tu " 

" eu não vou deixar que tu vás " 

* bOMMM, e então ? 
uhmm.............
a B vai depor ............................ omds, ela vai ter que responder tanto a perguntas do Flin como a perguntas do advogado da TayTay-ovelha ............ God ! 

Aw, a B ali a desabrochar tudo o que pensava e n ; Oww, o Harry soube como acalma-la :3

Queria agradecer muito pelos votos no capitulo anterior :3
Por favor, votem se gostaram, deixem me saber o que acham que vai acontecer, se gostaram ou n nos comentarios *beicinhodacansadaqueficouawakeatéagoraporvocês*

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