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-- Você não deveria ter acordado as patroas, homem teimoso. -- Rosália disse negando com a cabeça.

-- Ele fez certo em nos avisar. Se o doutor dissesse que você precisava ir ao hospital eu precisaria mandar alguém preparar a carroceria para levá-la. -- Priscilla disse. Natalie apenas assentiu, estava abraçando sua esposa por trás, com a cabeça apoiada em seu ombro.

-- Mandei levar seu sangue para análise e, por se tratar de alguém daqui da casa principal, em algumas horas já saberemos o que houve, mas aparentemente foi algum estresse que sofreu. Dores no peito não são um bom sinal. -- O doutor Harding disse.

-- Eu estou bem. -- Rosália disse. -- Me levantei apenas para tomar um copo de água e me senti mal, mas foi algo passageiro.

-- Se você não tivesse caído na frente de meu quarto eu não teria ouvido. -- Jerry disse, acariciando o braço da mulher.

-- Enquanto isso precisa de repouso. São algumas horas só até termos o resultado, mas mesmo assim. É sempre bom prevenir.

-- Ótimo. Então já podem voltar a dormir. Eu ficarei bem. -- Rosália disse, mas ninguém se moveu. -- Ouviram o homem. Preciso descansar. -- Falou firme, elevando a voz e todos riram, assentindo.

-- Não pretendo sair daqui. -- Priscilla disse se desvencilhando de Natalie, se aproximou e segurando a mão da mulher. Rosália lhe olhou com ternura.

-- Oh, minha menina. -- Disse enquanto uma de suas mãos seguravam o rosto de Priscilla. -- Sempre tão preocupada. -- Sorriu. -- Mas eu ficarei bem, foi só um susto, não se preocupe. No momento eu só preciso que me faça um favor.

-- Qualquer um.

-- Volte para seu quarto, para o aconchego de sua esposa. Pela manhã nos vemos. -- Priscilla a olhou e entortou a boca, fazendo Rosália rir alto. -- Não seja desobediente.

-- Tudo bem. -- Se rendeu. -- Volto logo pela manhã ou assim que o doutor tiver os resultados. -- Priscilla disse dando um beijo na testa de Rosália. -- Se cuida. -- Acariciou a mão da mulher uma última vez. O doutor saiu, junto com os outros empregados.

-- Boa noite, meninas! -- Rosália disse e Priscilla segurou os dedos de sua esposa.

-- Vai na frente, quero trocar uma palavrinha com Rosália antes. Já te alcanço. -- Natalie disse e Priscilla assentiu, se inclinando e fazendo Natalie segurar seu rosto enquanto suas bocas se encontravam em um terno encostar de lábios.

-- Boa noite, Rosália. -- Priscilla disse, saindo do quarto logo em seguida. Natalie caminhou até a beira da cama da mulher, que sorria.

-- Você é mais esperta do que pensei, criança. -- Ela disse e Natalie sorriu compreensiva. -- Como descobriu?

-- Bem, primeiro desconfiei porque sempre que Priscilla menciona a mãe dela você fica pálida. Segundo porque você a olha de uma forma única. Terceiro porque comecei a reparar bem e os olhos são os mesmos, alguns traços também, não precisa ser muito gênio para descobrir depois de se estar desconfiada e, bem, por último... você esqueceu de fechar a caixa de lembranças dela, que está em cima de sua cômoda. -- Disse apontando para a cômoda marrom escura do lugar. Rosália arregalou os olhos e Natalie logo segurou sua mão. -- Ela não reparou, não se preocupe.

-- Sou uma covarde. -- A mulher disse segurando as lágrimas.
-- Por que nunca a contou? Por que diz se chamar Rosália quando na verdade se chama Clara?

-- O pai dela aceitou me deixar perto de Priscilla depois de tanto que insisti, mas somente sob essas condições.

-- Mas depois que ele se foi...

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆✓ EL ARCO-ÍRIS Onde histórias criam vida. Descubra agora