-- Hey... -- Natalie disse adentrando a cozinha. Fazia pouco mais de uma semana do ocorrido. -- Como está?-- Surpresa por ela ainda não ter me despedido. -- Clara disse. Natalie fazia questão de dar seu total apoio a ela. Sabia que a mulher amava sua filha incondicionalmente e a maior prova disso foi ter contado a verdade apenas porque entendeu que Natalie queria um relacionamento consistente com sua esposa e esconder coisas poderia afetar isso. Natalie também se sentia culpada, por culpa dela Priscilla fingia não ver Clara ali.
-- Ela não irá fazer isso. -- Tentou confortá-la.
-- Se fizer eu entenderei. -- Disse sincera.
-- Naty... -- A voz vinda jardim fez Natalie olhar para Clara como se estivesse se desculpando.
-- Ela só precisa de mais um tempo. -- Falou, logo pedindo licença e indo ver o que sua esposa queria.
-- Oi. -- Natalie disse sorrindo.
-- Olá, olhos castanhos. -- Priscilla disse sorrindo, fazendo sua esposa não resistir e se inclinar, tomando os lábios de Priscilla em um beijo manso. Depois de muito chorar, dias atrás, Priscilla voltou a agir como se tudo estivesse normal. Isso preocupava Natalie, mas pelo menos a garota não estava um caco.
-- Não acredito que vai sair, Pri. -- Natalie reclamou entre o beijo assim que viu sua esposa arrumada.
-- Não vou. Só vou ali na biblioteca resolver umas coisas sobre o trabalho.
-- Hoje não. -- Natalie disse enquanto tinha seus braços envoltos no pescoço de Priscilla. Suas bocas praticamente encostadas uma na outra e Priscilla caminhava lentamente, fazendo Natalie caminhar para trás. -- Hoje é domingo, então está proibida de sair de perto de mim. -- Disse se inclinando e sentindo o gosto dos lábios de Priscilla novamente.
-- É coisa rápida, Naty. -- Disse rindo. Não podia deixar de sorrir diante das reações de Natalie. Cada dia mais atenciosa e carinhosa. Não falavam sobre isso, mas era inevitável a troca de carícias e a ação sempre partia de Natalie.
-- Não quero saber. -- Natalie disse mordendo o lábio inferior de sua esposa. Aquele gosto era mais do que viciante. -- Fica aqui comigo. -- Pediu fazendo cara de cachorro pidão e Priscilla suspirou.
-- Te chamei para avisar caso você fosse me procurar. Volto em um segundo, prometo. -- Insistiu. Natalie assentiu bufando, resignada a isso e deixou um leve beijo no pescoço de Priscilla, fazendo sua esposa quase desistir de ir para qualquer lugar que fosse longe de seus beijos.
-- Depois promete ir passear a cavalo comigo? -- Natalie perguntou e Priscilla sorriu assentindo. Não tocavam no tema de Clara, Natalie preferia dar um tempo à Priscilla.
-- Prometo, vida. -- Natalie quase se desmanchou diante do apelido que ganhara.
-- Ótimo. -- Disse sorrindo, enquanto voltava a ficar na ponta dos pés, colando seus lábios nos de Priscilla. A língua macia percorria sua boca livremente enquanto sentia Priscilla agarrar com mais força sua cintura. Sorriu entre o beijo ao saber que Priscilla provavelmente estava ficando excitada. Ótimo, porque ela também estava.
Natalie riu baixinho ao perceber a reação da pele de Priscilla se arrepiando inteira ao ouvir Natalie gemer baixinho entre o beijo. Foi quando Priscilla aprofundou ainda mais o beijo ao sentir Natalie arranhar as unhas de leve em sua nuca, deslizando sua língua deliciosamente pela de Natalie, que escutaram um pigarro, fazendo ambas olharem para o local.
Natalie quase se engasgou ao ver quem estava ali parado diante delas. Ficou pálida e sem reação ao ver ninguém menos que John ao lado de Dinah. Não imaginava que veria o rapaz tão cedo, aliás, não imaginava que voltaria a vê-lo algum dia. Sentiu suas pernas fraquejarem e se soltou de Priscilla. O rapaz lhe fitava sério, com olhos magoados. Natalie sorria entre o beijo com Priscilla e isso ele presenciara, não havia sido dito por alguém, ele vira com os próprios olhos. Enquanto ele havia passado meses de infelicidade, Natalie havia compartido a cama com outra pessoa, caído nos gracejos de outro alguém, beijado outros lábios. Ela não poderia negar que estava gostando.-- Desculpem atrapalhar. -- Dinah disse segurando o riso.
-- Tudo bem, Dinah. -- Priscilla disse calma, agarrando a mão de sua esposa da maneira que sempre fazia.
-- Esse aqui é Peter Leroy, o novo administrador. -- Dinah disse. Natalie piscou lentamente tentando entender o que acabara de ouvir. Ele estava se passando por outra pessoa. Com qual intuito?
-- Muito prazer, Peter. -- Priscilla disse estendendo a mão livre para o homem, quem trincou o maxilar antes de segurá-la e sorrir falsamente. -- Será um prazer trabalhar com o senhor. Esta é minha esposa. Natalie Smith- Pugliese. -- Falou e o homem a olhou antes de se aproximar.
-- Com todo o respeito. -- Ele disse à Priscilla antes de agarrar a mão de sua amada e deixar um beijo na mesma. A pele macia de Natalie não havia mudado, o que havia mudado era o jeito que percebeu que Natalie queria contrair a mão ao sentir seu toque. -- É um prazer, Senhora. -- Natalie estava atordoada. Não sabia o que pensar.
-- Eu... Eu preciso ir. Priscilla... Eu tenho... lembrei de algo... -- Priscilla a olhou confusa.-- Está bem, Naty? -- Priscilla perguntou acariciando sua mão. Natalie prendeu a respiração e assentiu.
-- Sim. Só... Vá resolver suas coisas. Mais tarde nos vemos. -- E ia saindo. Priscilla segurou levemente seu pulso e se inclinou, tocando seus lábios no rosto de Natalie. Havia percebido que sua esposa havia ficado tensa e mesmo sem entender decidiu não forçar a barra.
-- Até mais tarde, então. -- Ela disse, acompanhando com os olhos Natalie sair dali visivelmente alterada.
Natalie não sabia o que fazer. Não esperava ver Roh. Não esperava que ele fosse ali, com um nome falso. Por que razão faria isso? Talvez não soubesse que Priscilla havia liberado sua entrada na cidade.
Os olhos preto do homem lhe fizeram sentir o estômago revirar e o coração acelerar, mas não por algum sentimento bom, senão por medo. E se Priscilla achasse que ela combinou com ele sobre mentir? E se ela contasse a verdade à Priscilla e a mesma decidisse que, pela mentira, Roh deveria ser castigado? Não amava o homem, mas não queria o mal para ele. Era um bom homem. Tampouco queria perder Priscilla. Nos últimos meses se viu caindo profundamente de amores por sua esposa. A queria, a desejava, era totalmente apaixonada por ela. Havia pedido à Deus para ter algo bom além do arco-íris e o que encontrara era muito mais do que bom. Nenhuma riqueza e nem nada poderia se comparar ao que sentia por Priscilla. Era algo puro, sincero, que crescia a cada dia. Mas quem poderia julgá-la? Priscilla era a mulher mais doce, paciente e compreensiva que conhecia em toda a sua vida. Qualquer pessoa se apaixonaria.
-- E agora? O que faço? -- Sussurrou para si mesma.
Por semanas havia desejado Roh de volta, mas agora só queria que o homem fosse embora para ser feliz longe dali. Tentou, mas não conseguiu decifrar o que o rapaz estava fazendo ali. O que ele pretendia se passando por outra pessoa? Precisava descobrir.
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☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆✓ EL ARCO-ÍRIS
Fanfiction17 •𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚• √ ɴãᴏ ᴘᴇʀᴍɪᴛo ᴀᴅᴀᴘᴛᴀcᴀo √ ● ADAPTAÇÃO ● ➪ ᴄʀᴇ́ᴅɪᴛᴏs ᴘᴀʀᴀ ᴀᴜᴛᴏʀᴀ ➪ JulieteBs ➪ ᴄʀᴇ́ᴅɪᴛᴏs ᴘᴀʀᴀ ᴄᴀᴘɪsᴛᴀ ➪ FairyCabello SINOPSE Over the Rainbow ( el arcoiris). É uma história romântica que se passa no século XX. A protagon...