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-- Natalie... -- Priscilla murmurou sentindo Natalie caminhar entre os beijos, fazendo Priscilla chegar na cama. Não conseguia ter controle sobre si quando Natalie lhe beijava daquele jeito e lhe fazia esquecer até o próprio nome. -- Você precisa parar de me beijar agora... -- Ela disse com a voz vacilando, entre o beijo, assim que Natalie a fez sentar no colchão e depois a guiou para um lugar mais confortável na cama.

-- Não preciso não. -- Sussurrou na boca de Priscilla, mordendo o lábio inferior de Priscilla.

-- Podemos... -- Priscilla começou, dando um último selinho em Natalie e rindo. -- Podemos conversar?

-- Sobre? -- Natalie perguntou deslizando a extremidade do nariz sobre a pele do rosto de Priscilla, fazendo a mais velha suspirar e fechar os olhos para apreciar a carícia.

-- Bem, você sente que precisa de algo a mais na relação?

-- Algo tipo... -- Priscilla corou e mordeu seu lábio inferior.

-- Ontem, hm, você teve...

-- Oh meu Deus, Priscilla. Não precisamos de um pênis, tudo bem? -- Natalie disse assim que percebeu ao que sua esposa se referia.

-- É que... Você nunca tinha... -- Natalie riu diante da timidez súbita de sua esposa e suspirou.

-- Você me levou ao limite. Me impediu de gozar quatro vezes e sim, eu contei. Tem noção do quão doloroso fica conforme você segura? -- Priscilla riu e entortou a boca.

-- Desculpe. -- Natalie se inclinou e deu um selinho em Priscilla.

-- Não foi porque tinha um pênis, vida. -- Natalie Esclareceu. -- Foi porque era com você; eram os seus toques, seus gemidos, sua respiração contra a minha pele, a sua mão me tocando e bem, você me provocou demais.

-- Então não precisamos usar sempre? -- Natalie riu e negou com a cabeça.

-- Por mim eu nem usaria mais. Achei bastante incômodo e não temos tato.

-- Ontem você não pareceu achar incômodo. -- Priscilla disse rindo, fazendo Natalie franzir os olhos.

-- Ontem eu estava excitada e você me chupou... -- Natalie disse roçando seus lábios nos de Priscilla, usando seu tom de voz que era capaz de enlouquecer a mais velha. -- Bem gostoso, antes de usar ele. E depois... -- Natalie disse mordiscando a boca de sua esposa. -- Me masturbou deliciosamente enquanto o usava. -- Priscilla prendeu a respiração conforme as palavras saíam da boca de sua mulher.

-- Nós costumávamos ser mais fofas. -- Priscilla disse rindo, mas sentindo um súbito calor ao mesmo tempo após o que Natalie havia dito. Desde o começo Natalie sempre fora assim, desprovida de vergonha quando se tratava do que viviam no íntimo de quatro paredes.

-- Nós costumávamos não transar. -- Natalie disse rindo, deslizando a vértice de seu nariz sobre a pele desnuda do pescoço de Priscilla, fazendo a maior sentir arrepios por toda a espinha.

-- Natalie... -- Sua voz foi abafada pelos lábios da mais nova sobre os seus, enquanto sentia Natalie se debruçar sobre ela. -- Natalie... -- Tentou de novo, sentindo Natalie adentrar sua camisa com uma de suas mãos. A língua da menor massageava a sua própria e a cada segundo ficava mais difícil sair dali. -- Espera! -- Priscilla disse de supetão, interrompendo beijo. -- Como a Lucy  sabia que você supostamente tinha me traído?

-- A Lucy me atrapalha até quando não está. -- Natalie sussurrou, sentindo-se levemente excitada. -- Porque claramente foi ela que fez essa palhaçada toda. -- Natalie disse.

-- Não temos provas, não vamos julgar ainda.

-- Ah, qual é, Priscilla? -- Natalie disse indignada. -- Ela mentiu dizendo que você me chamou lá em cima e depois aparece seminua se oferecendo, sabendo de coisas que não deveria saber e quando perguntei para ela se havia sido ela, bem, ela piscou para mim. Quer algo mais óbvio? Pois bem, ela é apaixonada por você, aliás, obcecada, porque paixão não costuma ser doida desse jeito.

-- Ela disse que eu te chamei? -- Natalie assentiu e Priscilla franziu os olhos, ameaçando levantar da cama.

-- Espera... -- Natalie disse, abraçando Priscilla para que ela não saísse dali. -- Obrigada por acreditar em mim. -- Murmurou sentindo o coração satisfeito.

-- Sinto vergonha por ter duvidado. -- Alegou. -- Me perdoa?

-- Bem, eu já duvidei de você e olha que eu nem estava bêbada, então digamos que descobri a dor de não ser levada a sério. -- Natalie proferiu.

-- Eu só... fiquei cega de raiva. Imaginar você transando com... -- Priscilla trincou o maxilar, mas relaxou ou sentir Natalie lhe beijar o rosto.

-- Já passou. -- Natalie sussurrou, tratando de amansar sua esposa. -- Ninguém além de você me tocou, Priscilla. -- Reafirmou, segurando a mão de Priscilla e dando beijinhos pela mesma. -- Sou só sua de corpo e alma. -- Priscilla sorriu ao ouvir aquilo.

-- Bem, então que sorte a minha. -- Respondeu em meio à um riso genuíno.

-- Que sorte a nossa. -- Natalie sussurrou beijando o rosto de Priscilla novamente. -- Será que podemos ficar aqui e namorar mais um pouquinho? -- Pediu colocando um biquinho em sua expressão, fazendo Priscilla rir.

-- Só um pouquinho, "tá" bom? -- Natalie assentiu, roçando seus lábios nos de Priscilla. Sentiu a maior se inclinar e voltaram a se beijar. Natalie, sem perder tempo voltou a introduzir sua mão por dentro da camisa de Priscilla, arfando em sua boca ao sentir a pele macia sob seu toque. -- Natalie, você anda muito tarada. -- Priscilla assumiu rindo entre o beijo.

-- Eu nunca disse o contrário. -- Confessou rindo, sentindo Priscilla retirar sua mão de dentro de sua blusa. Bufou com o fato. -- Qual o problema em querer te tocar? Você é a minha esposa. -- Natalie disse distribuindo beijos pelo pescoço da maior. -- Linda e gostosa... -- Mais beijos. -- E acabamos de descobrir o lado sexual da vida. É normal parecer um coelho. -- Disse rindo, fazendo Priscilla rir junto.

-- Você teve orgasmos múltiplos ontem. -- Priscilla disse.

-- Exato. Ontem. -- Disse como se fosse óbvio. -- Hoje pretendo gozar de novo. -- Falou mordiscando o lóbulo da orelha da mais velha. -- Além do mais estamos sob muito estresse, precisamos aliviar nossas tensões. -- Priscilla tornou a gargalhar com a voz de criança que Natalie usara, lhe dando um beijinho rápido.

-- Primeiro precisamos resolver isso, depois, se quiser, poderemos ficar uma semana seguida trancadas no quarto fazendo amor, parando só para dormir e comer, porque no banho provavelmente vai ter sexo também.

-- Sabe que eu vou querer, não sabe? -- Priscilla voltou a rir, acariciando o rosto da mais nova.

-- Eu sei. Por que acha que propus isso? -- Natalie mordeu seu lábio inferior e lhe olhou sapeca.

-- Nem uma rapidinha então? -- Priscilla franziu os olhos segurando o riso. -- Só por via das dúvidas pergunto.

-- Não. -- Natalie bufou e assentiu resignada.

-- Tudo bem, mas então o que eu faço com a minha calcinha molhada? -- Perguntou arqueando uma sobrancelha.

-- Troca. Agora licença, preciso ir fazer uma visitinha para seu ex namoradinho. -- Falou se levantando. -- Fiquei sabendo que ele ainda está por aqui.

-- Não acredito que está me recusando. -- Natalie disse fingindo estar magoada, mas logo se levantou e assumiu a postura séria, livre de brincadeiras. -- Vou com você, amor.

-- Tem certeza? -- Priscilla perguntou.

-- Quem não deve não teme e por isso, sim, tenho certeza. -- Natalie disse solenemente.

-- Mas já aviso... Se ele seguir com a mentira eu não serei tão boazinha. -- Priscilla disse, se lembrando de todas as vezes que Natalie temia por Rodrigo.

-- Bem, se ele seguir com a mentira, tampouco serei.

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆✓ EL ARCO-ÍRIS Onde histórias criam vida. Descubra agora