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Natalie saiu do banho, se enxugou, passou creme, se vestiu e por fim se abaixou, envolvendo a toalha em seus cabelos molhados. Vestia sua camisola cor salmão e suas pantufas brancas. Havia acordado sozinha na cama e deduziu que Priscilla tivesse ido trabalhar, mas quando abriu a porta do banheiro e adentrou o quarto ficou boquiaberta. Havia duas bandejas lotadas de coisas para o café da manhã sobre a cama, um pequeno buquê de rosas brancas na jarra ao lado de sua cama e uma única rosa vermelha na mão de Priscilla. Sorriu ao reparar que havia de tudo ali, waffles, torradas, frutas, leite, suco, café, alguns pãesinhos, entre outras coisas.

-- Como trouxe tudo isso? -- Natalie perguntou, sentindo seu estômago roncar.

-- Recebi uma ajuda extra da minha mãe. -- Os olhos de Natalie se arregalaram e ela se aproximou, se abaixando para deixar um casto beijo nos lábios de Priscilla, já que a mesma estava sentada na beira da cama.

-- Bom dia. -- Natalie sussurrou sorrindo após o beijo e Priscilla suspirou.

-- Bom dia, Naty. -- Respondeu. -- Para você. -- Disse, estendendo-lhe a rosa.

-- Obrigada. -- Natalie respondeu docemente, inalando a fragrância das pétalas.

-- Está com fome? Espero que sim, porque não foi fácil trazer tudo isso. -- Priscilla disse rindo.

-- Sim. -- Natalie respondeu. -- Por que não me acordou? É muito ruim acordar e você não estar na cama. -- Natalie disse colocando a rosa sobre a bandeja, retirando a toalha dos cabelos e a pendurando por ali, antes de se sentar no colo de Priscilla, pegando ela de surpresa. Ainda mantinha o pé atrás em relação ao que fazer, não queria assustar Natalie justo agora que a estava conquistando.

-- Fui falar com a Rosál...Digo, com a Clara. -- Se retratou, fazendo Natalie lhe olhar atentamente.

-- Se acertaram? Diz que ouviu toda a história, por favor... -- Natalie disse fechando os olhos em uma torcida silenciosa e Priscilla riu.

-- Sim, nos acertamos. Eu escutaria toda a história, só precisava de um tempo. -- Priscilla disse sentindo o aroma do shampoo de Natalie se propagar no ar.

-- Eu sei. -- Natalie disse -- E como se sente agora? -- Perguntou deitando sua cabeça no ombro de Priscilla.

-- É estranho chamá-la de mãe, sabe? Mas eu acho que posso me acostumar e, bem, eu a amo. Sendo Rosália ou minha mãe, então sinto-me bem mais leve agora que estamos bem de novo.

-- Ótimo. -- Natalie disse aplicando um beijo manso no pescoço de Priscilla. -- Eu me acostumei a te chamar de esposa sem nem te conhecer direito, então chamá-la de mãe vai ser mais fácil com certeza. -- Natalie disse rindo.

-- Você não me chama de esposa. -- Priscilla protestou.

-- Não para você, mas para os outros, quando me refiro a você. -- Natalie falou. Priscilla riu.

-- Certo. Então coma algo, esposa. Vou te acompanhar no café da manhã, mas preciso ir trabalhar.

-- Pri, quero trabalhar em algo também. -- Natalie disse desencostando sua cabeça do ombro de sua esposa e se inclinando, capturando um morango e o levou até sua boca.

-- Por quê? -- Priscilla perguntou acompanhando o movimento de Natalie. Sexy, pensou.

-- Me sinto uma incapaz estando aqui todo o dia sem fazer nada.

-- Mas você não precisa fazer nada, baby, e se eu pudesse também não faria. -- Priscilla disse rindo.

-- Mas eu queria. -- Natalie disse pegando outro morango. Priscilla suspirou e assentiu.

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆✓ EL ARCO-ÍRIS Onde histórias criam vida. Descubra agora