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BOAAA MAADRUGADA .... UFAAAAAA TERMINEI DE  POSTA

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-- Sim? -- Natalie respondeu abrindo a porta já vestida. O garoto percorreu os olhos por seus trajes bagunçados, cabelos molhados desgrenhados e parou no sorriso que brincava no rosto de Natalie.

-- Se quiser eu posso matá-la. -- Ele disse com o maxilar rígido. -- Ela não deveria te obrigar a...

-- Cala a boca. -- Ela disse abaixando o tom de voz, porém irritada, encostando a porta do quarto. -- Ela não me obrigou a nada.

-- Onde ela está? -- Ele perguntou.

-- No banho. -- Esclareceu. -- Deixa que ela já sabe que tem que ir ao trabalho, obrigada mesmo assim. -- Ia entrando no quarto, mas sentiu a mão forte segurar seu pulso. Suspirou e se virou para ele novamente.

-- Por favor, Roh. -- Sussurrou. -- Agora não.

-- Naty, eu...sinto sua falta. -- Disse acariciando com o polegar a mão da garota.

-- Nunca mais ameace matar a minha esposa. -- Ela disse convicta, lhe olhando apenada. -- Eu queria dizer que sinto muito por tudo o que houve, mas não sinto. -- Ela disse se soltando do toque do rapaz. -- Você é um cara incrível, de bom coração, Roh, mas...

-- Naty? -- A voz de Priscilla soou dentro do quarto e ela lembrou que Priscilla iria tomar um banho bem rápido mesmo, afinal só tiraria o cheiro de sexo, já que havia tomado banho nem uma hora atrás.

-- Já vou, amor. -- Ela gritou encarando o rapaz. -- Me enganaram para eu me casar, não pense que sou desse tipo, mas coisas aconteceram nesse tempo. Agora não posso conversar, te procuro mais tarde. -- O homem assentiu contrariado, mas sentiu alívio ao ouvir que Natalie fora enganada para casar-se. Não havia lhe abandonado a toa, afinal.

-- Sim, Senhora. -- Voltou para seu papel e ia se retirando, mas viu a porta se abrir atrás de Natalie.

-- Olá, Peter. -- O homem queria muito odiá-la, achar algo que o fizesse detestá-la, mas até agora só havia encontrado doçura e gentileza. -- Quer tomar café conosco?

-- Não obrigado, senhora. Só vim avisá-la sobre seu compromisso.

-- Certo. Decerto, Natalie lhe informou sobre o trabalho dela?

-- Oh não, decidi que adoro ficar em casa mesmo. -- Natalie falou prontamente, sentindo-se nervosa por ter ambos em sua frente. Priscilla abraçou-lhe pela cintura e lhe deu um beijo no pescoço.

-- Mas amor...

-- É sério. Posso ajudar Clar...digo, Rosália na cozinha. -- Não sabia se poderia revelar o segredo para todos, então preferiu esconder por enquanto até Priscilla decidir o que fazer. -- Adoro cozinhar e, ah! Também posso dar aulas de equitação. Adoro montar a cavalo.

-- Tudo bem então, princesa. -- Priscilla disse, fazendo Natalie suspirar aliviada. -- Não vou tomar café então, já me atrasei demais, hm? Como algo por lá. Me acompanha até a saída, Peter?

-- Claro, senhora.

-- Te vejo a noite, vida. -- Priscilla disse se inclinando e selando os lábios de Natalie. -- Eu te amo.

-- Também te amo. -- Natalie sussurrou, percebendo o desconforto do homem ali parado.

-- Então... -- Roh começou, limpando a garganta. -- A garota ali parece ser boa no que faz, hm? Aposto que se divertiram por completo. -- Roh não era o tipo de homem que se refería assim às mulheres, era um homem correto, mas precisava saber se Natalie e Priscilla haviam consumado o casamento. Se minutos antes estavam rolando entre os lençóis.

-- Jamais lhe dei intimidade para se referir com tamanha falta de respeito à minha mulher, senhor Leroy. Peço que se limite a fazer comentários construtivos, caso contrário, cale a boca, pois não tolero isso. -- Priscilla tinha princípios, não era esse tipo de mulher que saía por aí falando da intimidade com a esposa e Roh achou isso digno, apesar de ainda procurar defeito na mulher ali.

-- Desculpe, Senhora. Pelo que vejo você a ama muito, hm?

-- Sim. Aquela mulher ali significa tudo para mim. -- Priscilla disse enquanto caminhavam. -- A prometi que lhe faria feliz e trato de tentar cumprir isso todos os dias. -- Bem, se John fosse perder Natalie para alguém, pelo menos esse alguém tratava Natalie bem.

-- Admiro isso na senhora. Há pessoas que se casam focando apenas na própria felicidade. Isso não costuma funcionar se você pensa só em si.

-- Tem toda a razão. Você namora? Parece ter princípios, rapaz. -- Roh trincou o maxilar.

-- Namorava, senhora.

-- Oh, o que houve?

-- Ela me trocou por outra pessoa.

-- Sinto muito. -- Priscilla disse verdadeiramente. -- Espero que um dia encontre alguém que lhe retribua o amor. -- Seria cômico se não fosse trágico. O quão irônico poderia ser a mulher que roubara sua namorada lhe confortando?

-- Ela gostava de mim, tenho certeza. -- Ele disse se contendo para não soar ríspido. -- Acontece que pessoas ricas podem comprar casamentos. -- Priscilla lhe fitou seriamente.

-- Tem toda a razão. Acho ridículo esse meio de tratar as mulheres como meros objetos. Elas deveriam escolher com quem querem ficar. -- Disse despreocupada.

-- Infelizmente a mulher pobre não tem direito de escolha. Por exemplo, se sua esposa alegasse ser apaixonada por outra pessoa, a deixaria livre? -- Perguntou debochado.

-- Já ofereci comprar uma casa para minha esposa e seu ex, dar o divórcio. -- Falou. -- Então o que acha? -- Roh a olhou surpreso.

-- Sua esposa... é apaixonada por outra pessoa? -- Priscilla sorriu aliviada.

-- Não. Ela negou minha oferta e já disse que me ama, por sorte. -- Confessou. -- Não sei por que te contei essas coisas, sinto muito. Não gosto de molestar. -- Roh se conteve para não chorar e apenas negou com a cabeça.

-- Sem problemas, senhora. É bom fazer amizades ao longo da vida.

-- Me chame de Priscilla. -- Ela pediu, chegando ao seu cavalo, finalmente. -- E tem razão. Amizade é essencial. Tenha um bom dia, senhor Leroy.

-- Para a senhora também, senhora Smith- Pugliese..

-- Já disse para chamar-me de Priscilla. -- Priscilla disse ao montar.

-- Então pode me chamar de Peter.

-- Certo, Peter. Até logo.

-- Até, Priscilla. -- Disse, vendo o cavalo se distanciar de sua visão. Propôs assassinar uma mulher boa, que aparentemente amava sua esposa. E o pior, propôs isso a alguém que a amava de volta. Precisava ouvir Natalie lhe dizer isso. Se Natalie negasse, ele faria qualquer coisa para tê-la de volta, inclusive matar Priscilla caso Natalie dissesse que ela lhe forçara a algo e fugir com sua paixão, mas se Natalie assumisse amar Priscilla ele deixaria o caminho livre para a felicidade da moça. Amava Natalie, mas não se prestaria ao papel de se converter em alguém sombrio por ela. O amor era sobre a liberdade, e se Natalie amava Priscilla, ele a deixaria livre para voar para onde quisesse e seguiria seu próprio caminho.

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆✓ EL ARCO-ÍRIS Onde histórias criam vida. Descubra agora