Solteira aos trinta e três anos, Olivia Cooper está vivendo a famosa "crise dos trinta". Graduada e bem sucedida, Liv é a verdadeira personificação da mulher ativa e independente, embora carregue em seu coração o peso das decepções do passado e nenh...
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Assim que me acomodo na minha cadeira de couro, Olivia Cooper entra na minha sala e fecha a porta atrás de si. Ela para em frente à minha mesa com as mãos na frente do corpo e me fita com seus enormes olhos escuros.
― Gostaria de falar comigo, Senhor Stone? ― apesar de dizer as palavras com uma calma irritante, noto uma certa provocação em sua pergunta desnecessária.
― Sente-se, Senhorita Cooper. ― aponto para a poltrona em frente à mesa. ― Receio que esta conversa será um pouco longa.
A mesma obedece e se ajeita no assento, cruzando as pernas grossas com elegância e depositando as mãos sobre os joelhos. Seu vestido preto sobe um pouco, mas eu desvio o olhar tão rapidamente que duvido que ela tenha notado alguma coisa.
Minha assistente é uma mulher de baixa estatura que está bem acima do peso ideal ditado pela sociedade gordofóbica. Completamente diferente das mulheres magras e altas que costumo me envolver. No entanto, não posso negar que, além de possuir um rosto bonito, na maior parte do tempo eu preciso me esforçar e muito para não babar nos seus peitos enormes e empinados. O que acontece neste exato momento, enquanto ela usa esse vestido com o decote em v que, apesar de discreto e apropriado para o trabalho, molda perfeitamente as curvas de ambos os seios.
― O senhor não pode me impedir de me demitir. ― sua voz assertiva interrompe minha linha de raciocínio e eu me pergunto quantos segundos passei devaneando a respeito do que está embaixo daquele decote tentador.
Eu limpo a garganta antes de responder.
― Não, não posso. E não pretendo tentar, caso a senhorita decida de fato deixar o Grupo Stone. ― posso notar que seus lábios carnudos se abrem parcialmente, devido a surpresa que minhas palavras lhe causam. ― Entretanto, eu tenho uma proposta irrecusável para fazer à senhorita.
― Uma proposta? ― pergunta desconfiada, arqueando uma sobrancelha. ― Para alguém que queria me demitir até outro dia, isso parece uma reviravolta e tanto.
Exalo o ar num sinônimo óbvio de cansaço.
― A senhorita realmente não pretende esquecer o que eu disse naquele dia infeliz, quando entornei quase uma garrafa inteira de Whisky, não é mesmo?
A Senhorita Cooper abre um pequeno sorriso vitorioso e seus dentes brancos e bem alinhados captam momentaneamente minha atenção.
― Não mesmo.
Tomo uma respiração profunda e me aproximo da mesa, cruzando as mãos sobre o tampo de madeira. Porém, antes que eu diga alguma coisa, a porta da minha sala se abre e um furação de vestido vermelho adentra o escritório.
― Eu espero que você não tenha dito nada antes disso aqui! ― a mulher de cabelos loiros balança uma pasta branca, ao mesmo tempo em que joga sua bolsa de grife no sofá ao canto da sala e se aproxima da minha mesa.
