Capítulo 23 - Parte II

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― Há alguém que queira chamar? ― o tom gentil da doutora Walters capta minha atenção

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― Há alguém que queira chamar? ― o tom gentil da doutora Walters capta minha atenção. As lágrimas silenciosas rolam disparadamente pela minha face. Em meio a a ausência de resposta, a mulher de cabelos pretos num corte chanel se aproxima e segura minha mão afetuosamente. ― Seu marido?

― Ele está viajando. ― minhas palavras saem fracas.

Não posso atrapalhar os planos de Nicholas neste momento, tendo em vista que a situação com os McKay envolve a guarda de Samantha.

Ademais, este filho nunca foi dele mesmo. O pensamento amargo não me escapa.

A doutora Walters solta um suspiro compadecida.

― Olivia, não podemos libera-la sem um acompanhante. Há alguém da sua família ou alguma amiga? Qualquer pessoa próxima, para quem possamos telefonar?

Penso durante longos segundos. 

Infelizmente, não possuo uma família amorosa e acolhedora. De maneira em que a sugestão da minha médica está fora de cogitação. Abby esta grávida e não pretendo assusta-la com a infelicidade da minha situação. Treena, assim como Trevor, estarão na empresa e, uma vez que não quero que a notícia se espalhe pelo Grupo Stone, nenhum dos dois poderá vir em meu auxílio no meio de um expediente de trabalho. Ollie está viajando, ao lado do irmão. Assim, o único contato de emergência que posso contar é Mandy.

― Uma amiga. ― respondo e a médica assente.

― Qual o número para telefonarmos?

― Tudo bem se eu mesma fizer isso? Não quero que ela se assuste com a ligação da clínica.

― É claro.

A recepcionista que me socorreu em meio ao aborto, pega minha bolsa na mesa de cabeceira ao lado da maca onde estou acomodada, meio sentada e meio deitada.

Saco o aparelho celular e disco o número da minha amiga.

Na segunda tentativa, Mandy atende a ligação ofegante.

Oi, Liv! Desculpe a demora, estava no banho e vim correndo te atender.

Volta aqui, gostosa! ― uma voz masculina ressoa ao fundo.

― Não tem problema. ― tento camuflar a tristeza. ― Desculpe, não sabia que você estava acompanhada.

Não se preocupe! Você apareceu na minha vida bem antes. ELE QUE ME ESPERE! ― com um sorriso na voz, ela grita no telefone. Certamente, para o seu parceiro ouvir. Eu teria sorrido, se não estivesse me sentindo desolada. ― Mas você está bem? Precisa de alguma coisa?

― Não, não. Estou sim. Só queria saber se você estava livre para almoçar. ― minto.

A médica ao meu lado me fita confusa.

Uma Esposa para o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora