Solteira aos trinta e três anos, Olivia Cooper está vivendo a famosa "crise dos trinta". Graduada e bem sucedida, Liv é a verdadeira personificação da mulher ativa e independente, embora carregue em seu coração o peso das decepções do passado e nenh...
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Dobro a manga da minha camisa cinza claro até os cotovelos e coloco meu relógio de pulso. A calça jeans desbotada e o tênis branco dão um toque casual ao visual. Jogo o cabelo castanho-claro para trás, deixando aparecer o corte mais curto na lateral. Borrifo um pouco do meu perfume importado e checo minha imagem no espelho.
Estou bonito para caralho!
Pode até parecer arrogância, mas é apenas sinceridade. Reconheço o quanto sou privilegiado, com meus quase 1,90 de altura, meu rosto esculpido pelos deuses e meu corpo definido pelos longos anos de prática em atividade física. Também não sou hipócrita em descartar tudo o que minha condição financeira elevada me proporciona, tanto no que diz respeito às oportunidades quando ao autocuidado.
Apesar das brigas constantes entre meu pai e eu sobre assumir a presidência do Grupo Stone, nunca dependi financeiramente do mesmo, pois ao completar vinte e um anos, tive acesso a fortuna que meus avós maternos me deixaram de herança. Aprendi como investir na bolsa de valores e tripliquei a quantia, que já era elevada.
Então o que estou fazendo como CEO do conglomerado do meu pai, se não dependo disso financeiramente? Antes se tratava apenas de uma disputa de egos, para esfregar na cara de Joseph e do imbecil do meu primo que eu posso ser o melhor presidente que este grupo já viu. Entretanto, após o surgimento de Samantha na minha vida, eu preciso provar isso ao mundo.
― Papai! Já estou pronta! ― Sam entra no meu quarto feito um rompante, interrompendo minha linha de raciocínio.
Noto seu vestido branco com estampa florida e a tiara de pérolas em seus cabelos loiros.
― Uau! Você está linda! ― agacho para ficar na sua altura e aperto sua bochecha corada, arrancando um sorriso satisfeito dos seus lábios. ― A Senhora Barnes te ajudou a escolher? ― menciono a babá recém-contratada.
― Não... Ela me ajudou a vestir. Fui eu mesma que escolhi esse vestido e essa tiara. ― responde orgulhosa.
― Você tem bom gosto. ― pisco para ela, voltando a me levantar. Samantha tem uma personalidade única. Duvido que a babá tivesse qualquer chance de convencê-la a usar algo que ela não quisesse. ― Querida, preciso falar com você. Vem cá.
Seguro sua mãozinha e sento com ela no divã disposto ao pé da cama king-size.
― O que foi, papai? ― Sam me olha com seus curiosos olhos cor de âmbar, os mesmos que eu vi há poucos instantes, enquanto me observava no espelho.
― Você gosta da Olivia, não é verdade? ― começo, tomando demasiado cuidado com as palavras.
― Mas que pergunta! Eu adoro a Olivia! ― ela me repreende e eu sorrio.
― E você vai continuar gostando dela se eu disser que a Olivia e eu vamos nos casar?
Sam arregala os olhos perplexa e meu sorriso se desfaz. Fico inseguro sobre a sua reação, mas antes que eu possa pensar em algo a dizer, um gritinho agudo me pega de surpresa. Ao mesmo tempo em que sou jogado de costas na beirada da cama, com uma Samantha eufórica caindo em cima de mim.