Oi, oi!
Boa leitura e bjs :)
Maria Cecília
Os dias tinham passado bem rápido, só que conseguimos aproveitar bastante.
Depois da morte da minha mãe, o clima pesou um pouco, mas decidimos que não seria uma boa forma de lidar com aquilo, então tentamos nos manter alegres o máximo possível.
Fizemos festa do pijama, Mafe e Kayane amaram a ideia, ainda mais por conta dos diversos tipos de doces que Layana decidiu levar.
Levávamos a Mafe ao cinema, já que ela nunca tinha ido antes. O sorriso estampado no rosto dela me mostrou como coisas simples podem mudar nossas vidas.
Também fizemos um almoço em família, com minha família e a família da Lay, foi um dia incrível, tantas risadas e memórias sendo colecionadas. No fim do dia, Mafe veio comentar comigo que nunca se sentiu tão amada e bem em toda sua vida, o que me arrancou algumas lágrimas e um sentimento de gratidão por dar a chance de ela ter uma adolescência tranquila. Sei que era isso que minha mãe queria, talvez soubesse que seria uma forma de reparar os seus erros com todas nós, já que Maria Fernanda vem sendo uma das coisas mais importante que tenho na vida. Ela tem me ajudado demais em entender diversas coisas, e talvez nem saiba disso, o que deixa o ato mais bonito. Eu venho tentando ser a irmã mais agradável do mundo, temos algumas brigas, mas somos bem unidas, assim como ela e a Lua também são, somos um trio bem formado e eu sou grata por isso.
Mas enfim, tive bastante tempo com a Layana, já que seus dias em Petrópolis estavam contados nos dedos, o que me deixava triste toda vez que pensava.
Fomos ao parque, fizemos piquenique, passamos no shopping, assistimos diversos filmes e séries juntas, fizemos receitas estranhas, enquanto dona Cassandra ria das nossas habilidades na cozinha. E no fim, era sempre a mesma coisa; Arrumar jeito de nos mantermos perto, mesmo estando longe.
E depois de dias imaginando esse dia terrível, infelizmente chegou, trazendo uma dor e um vazio horrível em meu peito.
- Você precisa ir? - Pergunto novamente e Lay suspira.
- Infelizmente, vida! - Coloca as malas no carro. - Eu volto no sábado, não vai faltar muito. - Explica e eu sorrio fraco.
Apesar de tudo, não quero estragar a chance dela de descobrir novas coisas.
- Vou sentir tantas saudades! - Abro meus braços e ela me abraça. - Tanta... - Aperto ela.
- Eu também vou, vida! - Me aperta também. - Mas passa rápido, eu prometo! - Desfaz o abraço. - Lembra dos nossos diversos planos, ok? Vai dar certo! - Sorri angelical.
- Tudo bem.. - Passo meu olhar por todo seu rosto, gravando os mínimos detalhes. - Nos vemos daqui alguns dias. - Sorrio.
- Nós vamos daqui alguns. - Deposita um beijo na ponta do meu nariz. - MÃE, ESTOU INDO! - Seu corpo se afasta, indo em direção a porta da casa.
- Eu não estou pronta para isso! - Dona Caetana aparece na porta. - Me acostumei com você pertinho. - Choraminga.
- Mãe, eu volto daqui uns dias. - Afirma calmamente. - Não vou sumir como antes, eu prometo. - Dona Caetana envolve ela em um abraço.
- Minha pequena já está de partida. - Tio Carlos surge. - Como está crescidinha, está até indo para o primeiro emprego. - Se junta ao abraço.
- Pois é, a vida adulta infelizmente chega para todos! - Eles riem. - Cadê a Kay?? - Ela se solta do abraço. - Eu preciso ir, antes que a estrada fique um caos! - Comenta.
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Por obra do destino
Romance"Quando o destino decide juntar duas pessoas, não existe algo que possa impedir isso, nem mesmo elas." Maria Cecília, com seus 16 anos, tenta viver sua vida da forma mais calma possível. Encontrar um amor é a sua última intenção no momento, isso até...