Por obra do destino

capi. 33

Dando fim a um assunto, por isso tão pequeno!

Boa leitura e bjs :)

Maria Cecilia

Terça feira

- Está pronta? - Pergunto para Mafe.

- Não. - Sussurra. - Como eu disse antes, eu não vejo ela já deve ter algumas semanas.

- Mas estamos juntas, vai dar certo. - Seguro sua mão.

- Isso, estamos juntas. - Lua segura sua outra mão.

- Tudo bem, podemos entrar. - Ela olha para Layana, que abre a porta da sala.

- Vamos! - Entro primeiro, e as três seguem meus passos.

Se antes a cena era ruim, agora é pior. É notável a palidez em seu rosto, está mais magra, seus olhos estão fundos, pulsos finos e a aparência é de alguém que tem pouquíssimo dias de vida, ou horas..

- Ei, mãe.. - Mafe solta nossas mãos e chega perto da maca.

- Mafe?? - Fala com a voz anasalada. - Ceci, e Lua.. - sorri bem fraco. - E mais uma convida. - Lay acena com a mão.

- Viemos visitar a senhora. - Lua chega perto. - Contar as novidades. - Fala calmamente.

- Temos bastante coisas para contar. - Me aproximo, ficando atrás da Mafe.

- Eu só vim acompanhar, mas posso fofocar também, eu gosto bastante disso. - Lay acrescenta descontraída fazendo minha mãe rir.

Esse é o jeitinho dela.

- Eu vou amar alguns minutos de conversa. - Fala. - Mas antes, preciso pedir desculpas para as três. - Seus olhos percorrem pelo quarto. - Eu não tenho muito tempo, estou perto de deixar tudo isso, e sinto. - Meu coração aperta. - Eu sei que fui uma péssima mãe, para as três. - Sua voz é baixa, mas não sei se é por conta da fraqueza ou tristeza. - Mas me arrependo, mesmo sendo tarde.

- Tá tudo bem, mãe. - Lua fala, olhando para nós duas, mostrando opinião global.

- Já passou, e eu perdôo a senhora por tudo. - Falo sincera.

Eu realmente a perdoo. uau.. esse momento finalmente chegou..

- Eu não entendo muito bem, mas sei que a senhora tentou mudar todos os dias, então eu te desculpo. - Mafe fala inocentemente, e nossa mãe suspira.

- Eu precisava tanto disso, para ter uma paz interior, e deixar claro que eu amo vocês, apesar de não mostrar. - As lágrimas caem.

- Sabemos disso. - Falo por todas. - Tá tudo bem, mãe. Já passou, não tem porque relembrarmos disso agora, não nesse momento. Tudo está resolvido, a senhora pode descansar em paz e com a certeza de que não temos nenhum ódio. - Lua e Mafe concordam com a cabeça.

- Vou acreditar em vocês.. - Sua voz soa embargada. - Mas, eu quero saber as novidades. - Muda de assunto.

- Bem, a Maria Fernanda chegou lá em casa, de repente, e deu muita confusão. - Rio.

- Verdade, ela quase jogou uma cadeira! - Mafe assegura.

- Ei, isso não é verdade! - Me defendo.

- Ela parecia um cãozinho raivoso! - Layana comenta, fazendo todas rirem.

- Mas no final, as duas se deram muito bem, até mais rápido que imaginei! - Lua explica.

- Eu fico tão feliz por isso, tinha medo que não tivessem essa ligação de irmã. - Fala triste.

- Mas temos, e bastante. - Garanto. - Brigas é coisa normal irmãs, mas pode ter certeza que ela vai ser bem cuidada e vai ter todo amor do mundo! - Toco na ponta do nariz da mafe, e minha mãe sorri.