capi. 7 (3 dias depois)

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Esse vai ser só um capítulo bem simples, apenas para distrair.

Boa leitura! :)

1• Dia

Layana

Chegamos em casa, e graças a todos os deuses existentes, Cecília se manteve calada o resto do caminho, o que evitou a minha perca de paciência.

- Por pouco não me jogo do carro! - Ela fala ironicamente, e desce do carro.

Continuo dentro, e a observo ir em direção a porta de casa, e entrar.

Eu posso até ter sido idiota e, talvez, um pouco controlada, mas foi apenas pra tentar manter ela na linha, e evitar que ela fizesse qualquer tipo besteira e depois colocasse toda a culpa nas minhas costas.
Confesso que ver ela quase beijando aquele idiota do Mateus, fez tudo de mim revirar e me senti desconfortável, insegura e ameaçada, mas obviamente eu não quero assumir isso para mim mesma.
3 Dias. Em 3 dias essa garota me fez sentir e pensar coisas que eu não pensei durante 3 anos, em 3 dias essa garota já revirou minha vida e meu jeito de ser, e eu odeio admitir isso, mas ela mexe comigo.
É visível para qualquer um que me conhece, perceber que a Maria Cecília tem um certo poder comigo, digo, eu nunca fui de ser simpática ou fazer bondade por aí, muito menos suportar abusos ou ofensas, sempre conhecida como ter pavio curto, paciência esgotada e odiar brincandeirinhas, mas depois do dia da festa, quando aquele pingo de pessoa quase me deu um tapa, eu venho tendo toda a paciência do mundo, e não é como se eu fosse obrigada a isso, eu simplesmente não consigo explodir com ela, o que me deixa puta e confusa pra caralho.
De qualquer forma, ficar pensando nisso não vai adiantar nada. Até porque eu suponho, espero, que seja somente uma quedinha, meu ego ofendido por não ter ficado com ela ainda, algo assim.

Saio do carro e entro em casa.

- O que você fez com ela? - Dona Caetana está quase na entrada, e seu olhar é bem bravo.

- Oi, mãe! Sim, foi ótima a festa, e sim estou bem, obrigada por ser uma ótima mãe e perguntar! - Desvio dela, vou para sala, e me jogo no sofá.

- Anda, Layana! - Ela vem e fica na minha frente. - Maria Cecília chegou aqui emburrada, e nunca fez isso. Alguma coisa aconteceu, e te envolve.

- Nossa, você já esta achando que eu sou a culpada? - Falo meio ofendida, de verdade.

- Sim. Você é a dona encrenca, conheço minha filha! - Ela cruza os braços.

- Obrigada pela confiança. - Ela parece estar impaciente. - Oh deus, ela quis da o primeiro beijo um menino que nem conhecia, e eu impedi trazendo ela pra casa. - Encurtou a história.

- E por que bom fez isso? Ela pode beijar quem ela quiser ué! - Não é possível que só eu veja problema nela perdendo o bvl bêbada com um estranho.

- Mãe, pelo amor de deus! Ela nem conhecia ele! Não mesmo, estava bêbada ainda, eu fiz certo, ela que é pirracenta.

- Não, Layana! É coisa de adolescente, eles fazem isso, você já fez isso! Não tinha esse direito.

- Mãe, já fiz. Amanhã ela me agradece. - Levanto do sofá, cansada dessa conversa. - Eu vou subir e dormir!

- Presta atenção, toda vez que Cecília estiver com você, saiba que não tem direito de impedir dela fazer as coisas somente porque é mais nova e também por, algum motivo desconhecido pra você, sentir vontade de proteger ela. - Ela me olha séria.

Por obra do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora